Neste artigo apresentam-se os fundamentos teórico-metodológicos da Atividade Orientadora de Ensino, sustentados na tese leontieviana de que a atividade é o agente da materialidade da vida de qualquer sujeito. Inicialmente aborda-se a educação escolar na perspectiva de uma criação humana, em resposta à necessidade de preservação e socialização da cultura. Ao analisar os elementos constitutivos da Atividade Orientadora de Ensino, com base na Teoria histórico-cultural, busca-se demonstrar como ela se configura em um modo de organização do ensino para que a escola possa promover o desenvolvimento humano em sua máxima potencialidade.
APRESENTAÇÃO"Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis". (Bertold Brecht)Ao Edmundo Fernandes Dias, companheiro imprescindível de luta e vida, sempre presente. O título geral escolhido para o V EBEM foi "Marxismo, Educação e Emancipação humana". A emancipação humana é uma construção histórica, assim como é o próprio homem. Para produção social de sua existência, os seres humanos têm de satisfazer um conjunto de necessidades humanas, que vão do estômago à fantasia, ou seja, da alimentação à arte, passando pela vestimenta, moradia, educação etc 1 . Para tanto, os homens têm de produzir os elementos que possam propiciar a satisfação de suas necessidades humanas, tais como comida, roupa, casa, ônibus, escola, teatro etc. Esses elementos podem ser chamados de meios de subsistência e são produzidos pelos homens por intermédio do trabalho 2 . Por sua vez, para que haja a produção dos meios de subsistência, os homens têm de produzir, por intermédio de seu trabalho, os meios de produção, como o trator, a colheitadeira, os sistemas de irrigação e de transporte, as ferramentas, máquinas e equipamentos etc. Os meios de subsistência e os meios de produção formam, em seu conjunto, os valores de uso, ou seja, tudo aquilo que serve para satisfazer necessidades humanas, seja Educação e emancipação humana: elementos introdutórios
his work and his topicality Este texto constitui-se na segunda parte da entrevista concedida com o Professor Pablo Del Rio, professor da Universidade Carlos III de Madri, na Espanha. A primeira parte foi publicada no volume 14, Número 1, de Janeiro/Junho de 2010, desta revista. Lá o autor explica como foi o processo de compilação e organização das Obras Escogidas de Vigotski, analisa a atualidade da obra do autor e reflete sobre continuidade de seus aportes e a existência da Troika. Nesta segunda parte, Pablo Del Rio discute as implicações educacionais da obra vigotskiana, ao destacar a vinculação entre escola e desenvolvimento psíquico da criança, e apresenta os desafios enfrentados pela educação na contemporaneidade e quais são as possíveis contribuições da teoria histórico-cultural para superá-los.Pablo del Rio Pereda, doutor em Psicologia, é professor da Faculdade de Humanidades, Comunicação e Documentação da Universidade Carlos III de Madri, Espanha. Junto com Amelia Alvarez, organizou, editou e revisou a tradução das Obras Escolhidas de Lev S. Vygotski em castelhano. É presidente da Fundación Infancia y Aprendizaje (FIA), instituição responsável pela publicação dos periódicos "Infancia y aprendizaje" e "Cultura y Educación", dos quais já foi editor, além de outras importantes publicações na área. Entrevistadoras: ¿Cree usted que hay una continuidad del pensamiento de Vygotski?Pablo: Sí que la hay y eso es una gran noticia. Muchos años después en Occidente, donde no conocimos su obra en su día, ésta se ha rescatado para la ciencia, pero como estamos comentando, esa recuperación es parcial. Hay que celebrar que la obra de Vygotski haya llegado a nosotros y que haya, por decirlo así, reentrado de nuevo en la historia. Pero hay que ser conscientes de que buena parte de la recuperación se ha dado en el nivel de la divulgación, de que la divulgación História Entrevistadoras:
histórico-cultural, particularmente da Atividade Orientadora de Ensino, como modo geral de organização do ensino para o desenvolvimento humano. A sociedade capitalista impõe muitos limites para a formação das melhores qualidades humanas, mas a escola pode ser o lugar privilegiado para a educação como humanização da criança, especialmente a da classe trabalhadora. A partir de estudos e reflexão sobre documentação pedagógica, muitos desafios se apresentam: a professora ou o professor necessita prementemente compreender como a criança aprende, suas reais condições de vida, o movimento lógico e histórico dos conceitos, a importância da apropriação do conhecimento teórico e suas implicações pedagógicas para a organização do ensino que promove o desenvolvimento humano.
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