Recently, some scholars inside the English language teaching (ELT) community have started to question the absence of a critical view in the teaching and role of English internationally. More specifically, they have attempted to encourage ESL/EFL teachers to address such sociopolitical issues as the alleged neutrality of English as an international language. They argue for a critical pedagogy that would encourage pedagogical practices aiming to empower teachers and learners, and consequently to change the nature of schooling and transform society. Considering that critical pedagogy has its roots in the work of Brazilian educator Paulo Freire, we investigated what 40 Brazilian English teachers knew about and thought of critical pedagogy in ELT. Our findings showed that they were unaware of it. Attached to the strong appeal of a dominant integrative discourse, the English teachers saw themselves as agents of good in that they prepared students to be successful in the world. In view of the fact that Brazil's new National Curriculum Parameter is based on critical pedagogical assumptions, we wonder how such a pedagogy might operate in this particular context.
Este dossiê (re)inaugura a possibilidade de compreender os estudos da linguagem, produzidos em solo brasílico, não mais a partir de uma relação dicotômica: de um lado, os estudos científicos, pertinentes, relevantes e, de outro, os saberes populares, profanos, equivocados acerca da língua. Trata-se de pensar na esteira da pesquisadora francesa Marie-Anne Paveau (2008) para quem as abordagens científica e popular são antieliminativas. Como sabiamente afirma essa autora “os enunciados populares não são necessariamente crenças falsas, equivocadas a serem eliminadas da ciência. Constituem ao contrário saberes perceptivos, subjetivos e incompletos a serem integrados aos dados científicos da linguística”.
Neste artigo estuda-se, na perspectiva da análise de discurso, a polêmica em torno do livro didático de língua portuguesa Por uma vida melhor que teve lugar na mídia no primeiro semestre de 2011, gerando um numeroso arquivo de matérias jornalísticas sobre o tema. A polêmica se instaurou a partir de um conjunto de enunciados destacados do capítulo do livro, modificados segundo a ideologia do português único das Organizações Globo. O corpus discursivo, constituído de enunciados recortados de matérias sobre o tema que circularam de modo impresso e/ou pela internet, foi examinado com base nos conceitos de destacabilidade e aforização (MAINGUENEAU, 2010, 2008), bem como nos conceitos de polêmica, interincompreensão, tradução e simulacro (MAINGUENEAU, 2005). Verifica-se se o destaque e a aforização potencializam a produção e a circulação de simulacros na esfera midiática.
RESUMO -O uso do inglês gramaticalmente incorreto por falantes estrangeiros, em sala de aula ou fora dela, é comumente visto como reprovável. Muitos professores de inglês têm no falante americano ou britânico culto o modelo a que seus alunos devem aspirar. A crença na propriedade gramatical pode se manifestar de diferentes modos na sociedade, e equívocos no uso do inglês padrão podem desencadear escárnio público ou serem vistos como índice de baixa escolaridade. Analisando um evento de fala recente no Brasil -uma entrevista midiática pelo técnico Joel Santana na qual suas respostas em "portinglês" a um jornalista estrangeiro se tornaram alvo de derrisão -, nosso artigo indaga se o "inglês padrão" é, de fato, o melhor modelo a ser perseguido em sala da aula. Inicialmente, examinamos as limitações da tese do imperialismo para explicar a ubiquidade da língua inglesa; então passamos para as teses da mundialização e glocalização. Argumentamos que o uso criativo do inglês (ou impróprio, na opinião de seus críticos) por Joel Santana é um caso de "glocalidade". Finalmente, concluímos sugerindo que padrões menos rígidos de aprendizagem de língua poderiam evitar sufocar as capacidades dos alunos, e deixá-las fl orescer em um ambiente a que possam se relacionar. Palavras-chave: Ensino e aprendizagem de inglês, Standard English e World English, repertórios superdiversos.ABSTRACT -The use of grammatically incorrect English by foreign speakers, either in the classroom or out of it, is often seen as reproachable. Most teachers of English have the American or British speaker as the model to which their students should aspire. This belief in grammatical propriety can manifest itself in many ways throughout society, and mistakes in the use of Standard English can often trigger public mockery, or else be taken as a sign of a person's poor education. By analyzing a recent speech event in Brazil -a media interview by soccer coach Joel Santana in which his "Portenglish" answers to a foreign journalist became the target of public derision -our article questions whether Standard English is indeed the best model to apply in the classroom. The article begins by examining the limitations of the thesis of imperialism to explain the ubiquity of the English language today; then we go on to apply the theses of Worldliness and Glocalization to our case study. We argue that Santana's creative (or improper, in his critics' opinion) use of English is a case of "Glocality". Finally, we conclude by suggesting that less rigid standards of language learning would avoid stifl ing students' learning capacities, and let them fl ourish in an environment to which they can relate.
Neste ensaio, revisito as noções de "práticas de educação não-formal" e "práticas de educação formal", tomadas em sentido genérico. Rememorados os sentidos comumente atribuídos aos dois termos do binômio "práticas de educação não-formal" e "práticas de educação formal", passo a refletir sobre elas especificamente como fulcros de aprendizagem da língua materna. Participando, direta ou indiretamente, das práticas sociais cotidianas, aprendemos os gêneros discursivos a elas associados. Nelas, aprendemos as fôrmas, mas aprendemos também a potência de diferenciação das línguas vivas que não se deixam imobilizar por sistemas. Contudo, quando a língua materna vira matéria escolar, sua potência de diferenciação vira uma anomalia a ser corrigida, curada. Tem sido assim ao longo de toda a história do ensino formal de língua portuguesa na instituição escolar.
Este artigo, alinhado com a tendência enunciativa dos estudos discursivos, recorre à noção tricotômica de cenas de enunciação, com ênfase na cenografia (MAINGUENEAU, 1998; 2006; 2008; 2013), para ler um conjunto de três "iconotextos"¹, dados a circular no suporte outdoors em 2009, na cidade de Cuiabá. Expostos nas principais avenidas cuiabanas, os "iconotextos" evocam o legado político de Dante de Oliveira. Realizando uma análise cenográfica, baseada no exame da materialidade verbal e icônica dos textos, o estudo identifica uma sobreposição de enunciadores - o Instituto Dante de Oliveira, o político Dante de Oliveira e o PSDB, esse último simbolizado cromaticamente. Além dos enunciadores, o exame cenográfico dos três iconotextos indicia também a topografia e a cronografia ativadas na narrativa do acontecimento discursivo Dante de Oliveira. O estudo mostra, ainda, a pertinência e a produtividade epistemológica de se colocar a cenografia como ferramenta discursiva que busca dar conta de aspectos importantes da análise da comunicação política.
Neste artigo, perscrutamos a “língua” engendrada e posta em circulação pela Internet nas interações pelo MSN e Orkut. Não focalizamos o internetês como discurso, gênero, evento de comunicação, texto ou intertexto, interatividade, mas sim como um sistema grafolinguístico. Temos por objetivo apreender e descrever as singularidades desse sistema, visualizar seu comportamento em relação às modalidades oral e escrita da linguagem verbal e discutir a apropriação das formas de representação do oral construídas ao longo da história da escrita. PALAVRAS-CHAVE: internetês, sistema grafolinguístico, socioleto, escrita complexa.
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