A construção de relações de gênero nos territórios de luta pela terra (assentamentos e acampamentos), dos trabalhadores e trabalhadoras rurais no Brasil, só pode ser compreendida a partir da processualidade social que os define. As funções sociais das trabalhadoras acampadas mudam uma vez que se transformam em assentadas, o que repercute diretamente na redução do seu espaço político e social. A preocupação que permeia esta interlocução radica na necessidade de desvendar processos estruturais e locais da divisão social e sexual do trabalho, que criam e reproduzem a ideologia hegemônica que por sua vez, direcionam as relações de gênero, com o objetivo de manter o status quo do controle social.
O objetivo deste trabalho é analisar a proposta educativa do MST e a sua relação com a formação territorial do Assentamento Zumbi dos Palmares, localizado no município de Mari na região da Mata Paraibana. Nosso ponto de partida foi a escola, porém algumas questões prévias nos pareceram importantes como: contextualizar histórica e espacialmente os movimentos sociais no campo, com ênfase no MST; a proposta educativa do paradigma da Educação do Campo e; as leis e diretrizes operacionais que crescem juntamente com essa proposta. A Escola Zumbi dos Palmares, do assentamento estudado, vem tentando contribuir na formação do aluno trabalhador do/no campo. Desde a luta pela sua construção até os desafios assumidos para a implementação de uma educação voltada para a realidade dos seus alunos. O ensino de geografia nesta escola pode contribuir com o fortalecimento de uma educação propositiva, afincada no paradigma de uma educação do/no campo.
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Dedicamos este editorial às vitimas da COVID-19 no Brasil, à suas familias e entes queridos.O novo número da Revista da ANPEGE que aqui apresentamos é a última das edições de 2020. No final de 2020, no Brasil, segundo os dados do Ministerio de Saúde, o número de óbitos pela COVID-19, decorrente do coronavirus, chegou a quase 200 mil vítimas e o número de casos de contágio confirmados em 7 milhões e meio.De alguma maneira, essa dura realidade atingiu a todas e todos: dentro das nossas famílias, nossos vizinhos, nossos amigos e colegas de trabalho. Professores, alunas, pesquisadores, técnicas, administrativos e demais membros da comunidade acadêmica, com quem convivemos cotidianamente, viram suas vidas mudadas.Alguns dos nossos pares infelizmente não estão mais entre nós, por isso, esta pequena e necessária homenagem à sua dedicação e as suas vidas.O ano pandêmico levou parte das nossas vidas e modificou nossos hábitos. O dia a dia viu-se condicionado, não apenas pelas restrições decorrentes das medidas de prevenção ao contágio assumidas pela comunidade acadêmica, da mesma forma que foram assumidas por uma parte significativa da cidadania brasileira. Senão também, mudamos a forma de nos relacionarmos com a docência e a pesquisa.Continuamos ensinando, apreendendo e pesquisando, tudo isso agora muito mais suportado pela tecnología que o período anterior a pandemia. O modelo de educação on-line, "remoto" e "virtual", demandou um sobre-esforço por parte de todos/as, para garantir que novas metodologias permitissem estabelecer os procedimentos mais apropriados para a transmissão de conhecimentos. Da noite para o dia, docentes de todo o país foram compelidos a dominar essa outra didática on-line, mesmo quando nem todos/as estavam preparados para tal realidade. A relação professor-aluno virtual aconteceu por "mediação", ou seja, utilizamos os nossos computadores ou outros dispositivos para nos comunicar e intercambiar conteúdos, dúvidas, exercícios ou questões. Significou para muitos/as de nós um esforço excessivo em um contexto de fadiga derivada da conjuntura pandémica. Significou também, para muitos/as das nossos alunos/as, a sensação de permanente solidão e certa dispersão. Contudo, as aulas aconteceram e nós fomos nos adaptando e mudando. Construindo caminhos para dar sequência às nossas vidas e responsabilidades em tempos do COVID-19.De praxe, a vida universitária demanda combinar as aulas com a pesquisa. Esta, também viu-se afetada pelas mudanças que aconteceram dentro e fora das nossas vidas acadêmicas, contudo, não parou. A crise do coronavirus afetou a investigação e programas de pós-graduação, assim como os grupos de pesquisa os quais somos vinculados Desacelerarem-se muitos dos procedimentos convencionais e adiaram-se outros tantos projetos de investigação, principalmente os experimentais.O coronavirus reduziu ao mínimo o trabalho de pesquisa presencial, impossibilitando que muitos projetos atingissem seus objetivos científicos e cronogramas previstos. Somado a isso, a perda de financiamento pela ausência de e...
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