<p>Objetivo: analisar o perfil epidemiológico da mortalidade materna no estado do Amazonas, Brasil. Método: estudo epidemiológico, descritivo e ecológico, baseado em dados secundários do Sistema de Informação Sobre Mortalidade e Sistema de Informação Sobre Nascidos Vivos do Ministério da Saúde, gerados pelo Departamento de Análise e Tabulação de Dados do Sistema Único de Saúde. Utilizou-se os dados dos óbitos maternos e suas causas, além dos dados dos nascidos vivos do Amazonas, Brasil, do período de 2006-2015, sendo estes coletados em 2017. Resultados: ocorreram 564 óbitos maternos, sendo 329 na capital e 235 no interior, resultando um coeficiente de mortalidade materna de 73,45 óbitos/100.000 nascidos vivos. As principais causas de óbitos maternos foram: infecção puerperal, eclâmpsia e hemorragia pós-parto. Conclusão: as mulheres solteiras, entre 20-29 anos, pardas e baixa escolaridade apresentaram maior prevalência de óbito materno. Entre os óbitos, a infecção puerperal foi a mais evidenciada entre as causas obstétricas diretas.</p><p><br />Descritores: Mortalidade Materna. Perfil de Saúde. Infecção Puerperal. Eclâmpsia. Hemorragia Pós-parto.</p>
Objetivo: descrever a percepção da gestante sobre a assistência ao pré-natal. Métodos: trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, realizada com 15 gestantes em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada na cidade de Manaus/AM. Resultados: após análise dos dados obtidos, foram construídas cinco categorias temáticas que descrevem a compreensão da gestante sobre a importância do pré-natal, a atuação da equipe multiprofissional na consulta de pré-natal, a acessibilidade aos preconizados pelo MS, a educação na promoção do autocuidado e o atendimento adequado na perspectiva da gestante. Conclusão: o estudo revelou que diante da assistência que recebem no pré-natal, as gestantes têm a compreensão que está sendo bem assistidas, destacando a cordialidade, escuta ativa e a facilidade de acesso como fatores relevantes para esse entendimento. No entanto, os dados extraídos dos questionários sugerem o quão elas estão sendo negligenciadas nos serviços de saúde.
Objetivo: relatar a experiência de vacinação contra H1N1 durante pandemia de COVID-19 no Amazonas. Métodos: Trata-se de uma pesquisa histórica com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência. Foi realizada por meio de três ações de vacinação nas dependências de uma Universidade Pública do Amazonas para docentes e técnicos administrativos da Instituição. Resultados: A ação realizada em 3 dias, resultou na administração de 425 doses de vacina Influenza Tetravalente para docentes e discentes dos cursos de Enfermagem, Odontologia e Medicina da UEA. Foram utilizados dois métodos de vacinação em diferentes locais e formatos (Drive-Thru e Salas de Imunização tradicionais) para ampliar os meios de imunização. Conclusão: Para além da descrição da ação de vacinação, para proteção e mitigação de outras síndromes respiratórias que possam vir a atrapalhar o diagnóstico de COVID-19, a ação descrita no estudo também pode contribuir e socializar o desenvolvimento de práticas de prevenção a saúde dos profissionais que estão atuando diretamente na pandemia.
Objetivo: Avaliar o perfil nutricional pré-gestacional e gestacional materno a partir do acompanhamento pré-natal. Método: Trata-se de um estudo transversal, desenvolvido em uma maternidade de referência em gestação de alto risco do estado do Amazonas, no período de maio a novembro de 2019, com uma amostra não probabilística de 108 puérperas. A coleta de dados deu-se por meio da aplicação de um instrumento pré-elaborado e consulta às informações dos cartões de pré-natal. Resultados: Foram avaliadas 108 puérperas, sendo mais frequente mulheres de 20 a 34 anos (70,4%), ensino médio completo (37,0%), união consensual (50,9%), cor parda (85,2%), renda familiar até três salários-mínimos (98,1%), não fumantes (94,4%) e não etilistas (84,3%). Referente aos registros no cartão de pré-natal, observou-se a ausência da avaliação nutricional (curva de Atalah), nos três trimestres de gestação (90,4%, 91,8% e 89,1%), respectivamente. A avaliação realizada pela equipe da pesquisa, identificou maior frequência para o perfil eutrófico tanto no período pré-gestacional (51,9%), como no primeiro (43,2%), segundo (39,6%) e terceiro trimestres de gestação (36,7%). Porém, também foi observado variações para baixo peso, sobrepeso e obesidade, evidenciando alterações no comportamento do perfil nutricional durante o período gestacional, e não identificado na assistência pré-natal. Conclusão: Apesar da maioria apresentar perfil eutrófico, nos períodos pré e gestacional, a ausência de registros e avaliações nos cartões de pré-natal, consistem em um obstáculo para a detecção precoce de alterações do perfil nutricional, resultando em desfechos desfavoráveis relacionados a morbidades maternas.
Este trabalho teve como objetivo compreender a assistência ao parto durante a pandemia da Covid-19, a partir da experiência das mulheres. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, com abordagem fenomenológica. A amostra foi definida por saturação e composta por nove mulheres que vivenciaram o pré-natal, trabalho de parto e parto durante a pandemia da Covid-19 em Manaus-AM, entre março e dezembro de 2021. A coleta de dados ocorreu no período de novembro de 2021 a fevereiro de 2022, por meio de entrevista guiada por roteiro semiestruturado, cujo foco foi direcionado à assistência obstétrica recebida durante a pandemia da Covid-19. Os dados foram analisados pelo método fenomenológico de Giorgi. Como resultados foram encontradas três unidades de significados: 1) Emoção básica - medo; 2) Dificuldades declaradas e não declaradas - a falta de orientação e comunicação; 3) Avaliação da assistência obstétrica na maternidade - boa receptividade da equipe de saúde. As conclusões indicam déficit na comunicação entre profissional e parturiente, havendo uma lacuna de informações da assistência obstétrica durante a pandemia, coadunando com a falta de orientações para a prevenção da violência obstétrica. Os resultados da pesquisa ajudam a entender os problemas enfrentados na assistência obstétrica brasileira durante a pandemia da Covid-19. PALAVRAS-CHAVE: Humanização da assistência; Covid-19; Violência obstétrica; Saúde da mulher
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