<p>Objetivo: analisar o perfil epidemiológico da mortalidade materna no estado do Amazonas, Brasil. Método: estudo epidemiológico, descritivo e ecológico, baseado em dados secundários do Sistema de Informação Sobre Mortalidade e Sistema de Informação Sobre Nascidos Vivos do Ministério da Saúde, gerados pelo Departamento de Análise e Tabulação de Dados do Sistema Único de Saúde. Utilizou-se os dados dos óbitos maternos e suas causas, além dos dados dos nascidos vivos do Amazonas, Brasil, do período de 2006-2015, sendo estes coletados em 2017. Resultados: ocorreram 564 óbitos maternos, sendo 329 na capital e 235 no interior, resultando um coeficiente de mortalidade materna de 73,45 óbitos/100.000 nascidos vivos. As principais causas de óbitos maternos foram: infecção puerperal, eclâmpsia e hemorragia pós-parto. Conclusão: as mulheres solteiras, entre 20-29 anos, pardas e baixa escolaridade apresentaram maior prevalência de óbito materno. Entre os óbitos, a infecção puerperal foi a mais evidenciada entre as causas obstétricas diretas.</p><p><br />Descritores: Mortalidade Materna. Perfil de Saúde. Infecção Puerperal. Eclâmpsia. Hemorragia Pós-parto.</p>
Resumo Nas últimas duas décadas, o envelhecimento ativo adquiriu expressão relevante enquanto paradigma de políticas públicas para fazer face aos desafios colocados pelo envelhecimento demográfico. Definido, primeiramente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de forma a enfatizar a responsabilidade da sociedade no seu conjunto relativamente à qualidade de vida ao longo do processo de envelhecimento, o paradigma do envelhecimento ativo, atualmente, tem vindo a concentrar-se, sobretudo, no adiamento da idade da reforma e na redução dos custos com a saúde nos últimos anos de vida, a partir de uma lógica de responsabilização individual. Para a elaboração deste artigo, foram consultados vários sítios on-line de clínicas médicas portuguesas nas quais se praticam consultas/tratamentos de medicina antienvelhecimento, analisando os anúncios publicitários dos serviços prestados, bem como artigos de opinião redigidos pelos próprios médicos dessa especialidade, dirigidos a um público leigo. Conclui-se que, a par da responsabilização individual pela saúde e, de forma mais geral, pela forma como se envelhece, assistimos hoje à expansão de um amplo mercado de produtos e serviços antienvelhecimento que nos permitem argumentar que o ideal de envelhecimento ativo poderá estar ao serviço de uma indústria da perfeição.
Objetivo: identificar o perfil de pressão arterial elevada em servidores públicos. Método: estudo de prevalência, realizado com 223 servidores das Pró-Reitorias de duas universidades públicas de Manaus. A coleta consistiu em entrevista para levantamento das condições sociodemográficas, estilo de vida e medida da pressão arterial sistêmica,durante o período de janeiro a março de 2018. Foi aplicado teste Qui-quadrado e considerada significância de 5%. Resultados: o percentual de participantes com pressão arterial elevada foi de 5,4%. As comorbidades mais autorreferidas foram hipertensão [41,7% (p=0,002)], diabetes mellitus [25% (p=0,001)] e obesidade [58,3% (p=0,0001)]. A maioria dos participantes informou não praticar atividade física regularmente. Considerações finais: os resultados deste estudo poderão contribuir como subsídios para a implementação de ações preventivas, controle de agravos e ações que garantam o tratamento eficaz nos indivíduos com Hipertensão Arterial Sistêmica, sobretudo no âmbito da saúde do trabalhador.
Desde o final do século XIX, as mulheres mobilizaram-se na luta pelos direitos civis, políticos e sociais. Após a conquista dos anticoncepcionais, a taxa de gravidez indesejada e aborto diminuíram, mas não se pode extinguir o oferecimento de cuidados para o abortamento nos centros de saúde (World’s Health Organization, 2013; Governo do Estado, 2017). A presente pesquisa buscou descrever o perfil de mulheres em situação de abortamento, visando compreender suas realidades e quantificar os abortos registrados, classificando-os de acordo com os critérios da OMS (2013). Trata-se de um estudo transversal quanti-qualitativo desenvolvido em uma maternidade de referência da cidade de Manaus. A coleta de dados ocorreu após a assinatura do TCLE, pela técnica de urna. Estatística descritiva foi utilizada para descrever a amostra e as frequências observadas. De acordo com os resultados, a maioria da amostra é parda, com renda até três salários mínimos e no máximo o ensino médio completo, desempregadas, têm entre 20 e 34 anos, em união estável e vivem com o parceiro. Em 58% dos casos, os abortos foram considerados espontâneos, 34% possivelmente induzidos e 8% induzidos. Mais da metade não utilizava método anticoncepcional e o mais comum foi o preservativo. Sobre abortos induzidos, metade afirma ter utilizado Cytotec/Misoprostol e o restante, de chás ou mistura de ervas. Consideram-se satisfatórios os resultados encontrados. Disparidades regionais importantes foram encontradas, com notável influência da medicina empírica. Faz-se necessário a realização de pesquisas mais abrangentes, bem como da preparação dos profissionais de saúde para lidar com as adversidades da região e falta de conhecimento acerca de métodos contraceptivos.
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