Introdução: O adenoma pleomórfico (AP) é o mais comum dos tumores das glândulas salivares. Transformação maligna pode ocorrer após recorrências ou em casos com longo tempo de evolução. Objetivo: Analisar os aspectos clinicoepidemiológicos e anatomopatológicos do AP de glândula salivar maior, principalmente os considerados indício de transformação maligna. Material e método: Foram avaliados 106 casos de AP pela pesquisa retrospectiva nos prontuários clínicos e revisão das preparações histológicas. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 39,51 anos, houve predomínio do sexo feminino (69,5%), a glândula parótida foi a mais acometida (86,8%) e o tempo de evolução foi superior a um ano em 76,74% dos casos, com tamanho tumoral de 3,48 cm em média. A avaliação histopatológica demonstrou cápsula tumoral incompleta e delgada em 49% dos casos. Protrusões para a cápsula ou extensão extracapsular foram infreqüentes, 11,32% e 8,49%, respectivamente. A matriz extracelular variou entre mixocondróide (41,5%), mixóide (36,8%), condróide (3,8%) e fibrótica (1,9%), tendo sido observadas associações entre os diversos tipos. O componente epitelial/mioepitelial constituiu 50% ou mais do tumor em 65,1% dos casos e estava disposto em arranjos cordonal (86,8%), ductal (81,1%), sólido (40,6%), cístico (20,7%) e em "paliçada" (8,49%). Metaplasia escamosa ocorreu em 16,04% dos casos. Alterações histopatológicas relacionadas com transformação maligna foram incomuns: hialinização extensa (4,7%) e necrose (0,9%
; Maria do Carmo Abreu e Lima 3 Introdução e objetivo: O adenoma pleomórfico (AP) é o tumor das glândulas salivares mais comum. A parótida é o sítio anatômico mais frequente. Características clínicas e microscópicas são bem conhecidas, entretanto sua patogênese ainda é incerta, como a expressão de oncogenes e fatores que influenciam a transformação maligna. O objetivo deste estudo foi analisar e correlacionar os aspectos histopatológicos indicativos de transformação maligna de AP de glândula salivar maior, com a expressão da proteína p53 nesses tumores. Material e método: Foram avaliados 106 casos de AP por pesquisa retrospectiva nos prontuários clínicos, revisão das preparações histológicas em hematoxilina e eosina (HE) e realização de técnica imuno-histoquímica, pelo método da estreptoavidina-biotina, utilizando o anticorpo primário anti-p53. Resultados: Alterações histopatológicas relacionadas com a transformação maligna foram incomuns: hialinização extensa (5; 4,7%) e necrose (1; 0,9%). Houve positividade para a proteína p53 em 25 dos 106 casos estudados (23,58%). O arranjo histológico das células dos tumores considerados positivos para p53 foi principalmente dos tipos ductal (92%; 23) e cordonal (88%; 22). Não houve associação estatisticamente significante entre a positividade para o p53 e as variáveis histopatológicas, em comparação com os casos negativos: quantidade e tipo de matriz extracelular; alterações teciduais sugestivas de transformação maligna e metaplasia. Conclusão: Poucos casos que exibiram expressão para p53 apresentaram algum tipo de alteração morfológica sugestiva de malignidade, e a correlação entre a imunoexpressão da proteína p53 e a presença de alteração sugestiva de transformação maligna não foi estatisticamente significante, sugerindo que a expressão dessa proteína nesses tumores independe dessas características.
Introdução e objetivos: Acredita-se que a exposição solar possa alterar número, distribuição e morfologia dos melanócitos na pele humana, muitas vezes dificultando a interpretação de biópsias de pele, principalmente para o diagnóstico de lesões melanocíticas iniciais e para a avaliação precisa de margens de ressecção. O objetivo deste trabalho foi avaliar os melanócitos da pele humana em área exposta e não exposta ao sol. Métodos: Realizada análise histológica de 60 fragmentos de biópsias de pele obtidas do antebraço (área fotoexposta) e região glútea (área coberta) de cadáveres do Serviço de Verificação de Óbitos de Recife-PE. A estatística foi realizada com o SPSS Windows versão 12.0. Resultados: Observou-se um número bastante variável de melanócitos nos fragmentos de pele, com maior concentração destes na região do antebraço (área de maior fotoexposição) (p < 0,001). Notou-se também uma distribuição irregular dos melanócitos ao longo da camada basal da epiderme, por vezes com células dispostas lado a lado. Essa confluência foi identificada com maior frequência na área fotoexposta (p = 0,035), não se observando mais que quatro melanócitos adjacentes. A atipia citológica foi encontrada em 40% das amostras de pele da área fotoexposta, estando ausente na área fotoprotegida. Não se verificou em nenhuma das amostras a formação de ninhos ou a presença de disseminação pagetoide. Conclusão: Há grande variabilidade de densidade, morfologia e distribuição dos melanócitos na pele humana, principalmente em área fotoexposta. Comentário: A presença de atipia citológica e confluência celular não devem ser usadas como critério isolado para a definição de uma lesão neoplásica.
Objectives: The objective of the study was to compare the postoperative staging and clinical development outcomes in a period of three years with the histopathological and immunohistochemical characteristics considered prognostic and/or predictive factors in patients being treated for triple negative type of breast cancer in the Barão Lucena Hospital, Recife, Pernambuco. Method: The study was conducted with 125 female patients suffering from triple negative breast cancer who underwent surgical treatment in the mastology service of Barão Lucena Hospital from 2009 to 2012. The clinical and pathological features of the tumors were studied and correlated with basal and non-basal subtypes. A descriptive data analysis was carried out using tables and/or graphs for qualitative variables. Association analysis was performed using χ 2 test for independence. In tables that showed expected frequency lower than 5, in more than 20% of cells, we used the Fisher's exact test. In addition, the odds ratio (OR) and the confidence interval (CI) for OR were calculated. In the entire analysis, a 5% significance level was considered. Results: Mean age was 49 years; regarding race, black was present in 83 (66.4%). The most common histological type was ductal, in 111 (88.8%). The pathological stage I/II was the most common, in 87 (69.6%) patients. A total of 71 patients (56.8%) showed no axillary metastasis. Regarding the type of surgery, the conservative one was performed in 57 (45.6%), including sectorectomy and oncoplastic surgery. The recurrence was present in 30 patients, basal in 16 (53.3%) patients and 14 (46.7%) in the non-basal, and bone metastasis was the most frequent. Conclusion: In this triple-negative tumor sample, the most important facts related to survival were: being aged less than 40 years, histological type, cytokeratin CK5/6 and higher significance level of the factors EGFR and KI-67.
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