A gravidez faz parte do ciclo vital feminino e é caracterizada por mudanças fisiológicas, físicas e psicológicas. Vários fatores de risco podem influenciar negativamente a gestação, como ganho de peso inadequado, distúrbios hipertensivos e diabetes mellitus gestacional. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi verificar existência de relação entre o estado nutricional e o risco gestacional. Tratase de estudo transversal realizado em um hospital municipal do Ceará com 67 gestantes diagnosticadas com Síndrome Hipertensiva Específica da Gravidez (SHEG) ou Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). O estado nutricional foi avaliado segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) para a idade gestacional. Para análise estatística, foram usados Teste T e Qui-quadrado. Houve correlação positiva entre a SHEG e o alto IMC pré-gravídico (p=0,001) e gravídico (p<0,001). O alto IMC mostrou-se associado ao SHEG (pré-gravídico p=0,021; gravídico p=0,024). Não houve correlação com o DMG em ambos os testes. Os resultados mostraram uma relação significativa entre o estado nutricional pré-gestacional e gravídico com as síndromes hipertensivas, reforçando a importância da intervenção nutricional precoce no pré-natal, a fim de potencializar o tratamento e o controle dessa morbidade.
Objetivo: Avaliar a relação entre distúrbios hidroeletrolíticos e o consumo de cálcio, potássio e fósforo em pacientes renais crônicos durante tratamento hemodialítico. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, de corte transversal, composto por 33 participantes realizado em uma clínica de nefrologia em Fortaleza, executado entre setembro e outubro de 2018. Os dados dos hábitos alimentares foram coletados por meio da aplicação de Questionário de Frequência Alimentar e os valores obtidos em gramatura foram divididos de acordo com a periodicidade do consumo a fim da obtenção de valores diários. Os níveis séricos de cálcio, potássio e fósforo foram obtidos por meio de consulta aos prontuários. Resultados: Média do consumo de cálcio de 641,8mg, potássio 2652,9mg, fósforo 1429,0mg onde o consumo de cálcio e potássio obtiveram maior adequação e fósforo menor adequação aos padrões de referência. Já os níveis séricos encontrados foi de 8,8mg/dL para cálcio, 5,5mg/dL para o potássio e fósforo de 5,1mg/dL. Não houve suficiência na correlação estatística entre consumo e níveis séricos Conclusão: O consumo inadequado de fósforo, além da concentração sérica desajustada deste, conferiram achados relevantes na atual pesquisa. O uso de quelantes e a metodologia empregada para mensuração do consumo de nutrientes parece interferir em resultados relatados de consumo alimentar, associado a isso, o controle da ingestão deve ser rigorosamente monitorado.
O selênio é essencial para a saúde humana. Dentre os alimentos considerados fonte de selênio, estão as castanhas brasileiras, carnes, ovos, leites e outros, variando conforme a área geográfica de plantio ou criação do animal. Dados de Se em alimentos cultivados, industrializados e comercializados no Brasil são ausentes em tabelas de composição de alimentos brasileiras. O objetivo do estudo foi determinar a concentração de selênio em leite bovino in natura produzido no Ceará, região Nordeste do Brasil. Trata-se de uma pesquisa experimental, onde as amostras foram coletadas em municípios das principais bacias leiteiras do Ceará. As concentrações de selênio foram determinadas por Espectrofotometria de Absorção Atômica por Geração de Hidretos acoplado a cela de quartzo. Os teores de umidade, cinzas e proteína foram analisados segundo a metodologia da Association of Official Analytical Chemists (1980), o teor de lipídios por método de Soxhlet e a quantidade de carboidratos foi calculada por diferença. A média das concentrações de selênio, umidade, cinza, proteína, lipídio e carboidrato do leite bovino in natura foi de 2.9 µg/100mL, 89.0 mg/100 mL, 0.6 mg/100mL, 2.9 mg/100mL, 3.6 mg/100mL e 4.0 mg/100mL, respectivamente. A concentração de selênio no leite bovino in natura variou de 0.1-9.0 µg/100ml, sendo em algumas localidades superior em relação a outras localidades do Brasil e do mundo, podendo contribuir para o consumo deste mineral pela população do estado.
O presente estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de dislipidemia e estimar o risco cardiovascular segundo indicadores bioquímicos mais precisos em adolescentes, de acordo com o estado nutricional. Trata-se de um estudo transversal realizado com 807 adolescentes de escolas públicas, de ambos os sexos, com idade entre 10 a 17 anos. O estado nutricional foi classificado de acordo com o índice de massa corporal. Foi considerada dislipidemia a presença de níveis aumentados em pelo menos um dos parâmetros do perfil lipídico: triglicerídeos (TG), colesterol total e frações de alta (HDL-c) e baixa densidade (LDL-c). O risco cardiovascular foi estimado pelo cálculo do Índice de Castelli I (IC-I) e II (IC-II), TG/HDL-c e não-HDL-c. Os dados foram analisados pela regressão de Poisson com estimativas robustas da variância com nível de significância de 5%. A idade mediana foi de 13 (12-14) anos, dos quais 57,7% eram do sexo feminino. Foi encontrado uma prevalência de 32% de excesso de peso. O excesso de peso esteve associado ao risco cardiovascular em adolescentes, sendo o IC-II (RP: 2,75; IC95%: 1,77-4,27; p<0,001) o marcador que teve maior prevalência no grupo excesso de peso, seguido do IC-I (RP: 1,87; IC95%: 1,56-2,22; p<0,001). Foi possível concluir que, uso dos IC-I e II apresentaram prevalência superior aos marcadores lipídicos analisados isoladamente e, portanto, são preditores mais robustos do risco cardiovascular em adolescentes com excesso de peso.
Aims: This literature review aims to investigate the effect of probiotic supplementation on glucose metabolism and inflammatory biomarkers in pregnant women with gestational diabetes mellitus. Methods: Data were collected using the National Library of Medicine (Medline), Latin American & Caribbean Health Sciences Literature (Lilacs), Virtual Health Library (BVS) and Scientific Electronic Library Online (Scielo) databases. The following descriptors were used: “gestational diabetes”, “probiotic” and “inflammation”. Results: The main findings emphasized the improvement in fasting glucose and insulin resistance and a lesser impact on the improvement of inflammatory markers after probiotic supplementation in pregnant women diagnosed with gestational diabetes mellitus. Conclusions: The use of probiotics in pregnant women with gestational diabetes mellitus has shown positive actions to control glucose metabolism and proinflammatory factors, which may improve serum glucose levels, insulin sensitivity and inflammation.
Objetivo: Compreender a representação de um corpo grávido para a autoimagem da mulher. Métodos: Tratou-se de um estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa. Foram entrevistadas vinte e cinco gestantes entre 20 e 24 semanas de gestação, atendidas em uma Instituição na cidade de Fortaleza (CE). A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas, submetidas à técnica de análise de conteúdo. Foram criadas nuvens de palavras para as categorias, utilizando-se o software Invivo 11. Resultados: Foram organizados em duas categorias: “Mudanças Corporais” e “Reflexo da Gravidez no Espelho”. As palavras mais frequentes na primeira categoria foram: “aumento”, “barriga”, “seio” e “celulite”, demonstrando preocupação com o aumento das partes do corpo, além das consequentes alterações dermatológicas. O segundo núcleo apresentou os termos: “cabelo”, “autoestima”, “barriga”, “péssima” e “momento”, retratando a influência da gravidez na autoestima da gestante, sua vontade de se arrumar, e suas relações sociais. Conclusão: O período gestacional sendo de grandes mudanças, sentimentos e adaptações afeta de forma significativa a ideia de corpo e autoimagem da mulher. A compreensão de tais aspectos poderá favorecer a verbalização de incômodos e sentimentos que estejam conturbando o processo de gestação.
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