RESUMOObjetivo: Os principais objetivos são determinar a associação entre os parâmetros clínicos e demográficos e os diferentes índices de secreção e resistência insulínica em indivíduos aparentemente saudáveis, sem conhecimento prévio de seu grau de tolerância à glicose. Pacientes e Métodos: Submetemos ao teste oral de tolerân-cia à glicose (TOTG), no período de fevereiro a agosto de 2003, 105 indivíduos com média de idade de 33,4 ± 1,4 anos, sendo 57,1% do sexo feminino, subdividindo-os em 4 grupos: grupo 0 (normais): indivíduos com IMC < 25 e metabolismo glicídico normal, grupo 1 (obesos): IMC ≥ 25 e metabolismo glicídico normal, grupo 2 (IFG): glicemia de jejum alterada e grupo 3 (IOG): intolerância oral à glicose. Resultados: Encontramos diferença estatística para todas as variáveis analisadas durante o TOTG dentre os 4 grupos de indivíduos: glicemias de jejum e em 2 horas (p < 0,05; p < 0,05), valor de pico (p < 0,05), delta (p = 0,02), percentual de incremento (p = 0,047), área sob a curva (p ≤ 0,05) e tempo de pico da glicose (p = 0,022). Não encontramos diferença para a velocidade de incremento da glicose, assim como para nenhuma variável da curva de insulina. Em relação aos índices de secreção insulínica, não houve significância estatística para os índices insulinogênico ou delta, porém estes tornaram-se significantes após correção da secreção pela resistência insulíni-ca (p = 0,008). Quanto aos índices de resistência insulínica, os índices HOMA e QUICKI foram estatisticamente significativos (p = 0,005; p = 0,005, respectivamente), assim como a relação glicose/insulina em jejum (p = 0,053). Conclusão: Apesar do tamanho limitado da amostra, podemos inferir que indivíduos com intolerância à glicose em jejum e pós-prandial possivelmente estão em momentos diferentes da história natural da doença. Nossos dados demonstram que os melhores índices para a avaliação de resistência insulínica são o HOMA e o QUICKI, e que os índices de avaliação da secreção pancreática devem ser corrigidos para o grau de resistên-cia insulínica, de modo a refletir melhor a história natural do diabetes mellitus. ABSTRACT Insulin Resistance and Secretion Assessment across a Range of GlucoseTolerance from Normal Individuals through Diabetes. Aim and Methods: Our main aim was to determine the association between clinical, demographical parameters and different insulin resistance and secretion indices in apparently healthy subjects, without previous knowledge of their own level of glucose tolerance. For that purpose, we evaluated 105 individuals from February to August 2003 by means of OGTT, aged 33.4 ± 1.4 years old, 57.1% female. We allocated them in four groups: group 0 (normal): individuals with BMI < 25 Kg/m 2 and normal glucose metabolism, group 1 (obese): BMI ≥ 25 Kg/m 2 and normal glucose metabolism, group 2 (IFG): impaired fasting glucose and group 3 (IGT): impaired glucose tolerance. Results: We have found statistical difference on all variables during OGTT between all groups: fasting glucose (p < 0.05), 2-hour glucose (p < ...
RESUMOObjetivo: Avaliar a presença de microalbuminúria em indivíduos não diabéticos, associando-a à presença de fatores de risco cardiovasculares como hipertensão arterial, tabagismo, dislipidemia e obesidade. A taxa de excreção urinária de albumina (EUA) foi avaliada em relação aos índices de secreção e resistência insulínica (RI). Pacientes e Métodos: 105 indivíduos com idade de 33,4 ± 1,4 anos (57,1% mulheres) foram submetidos ao TOTG com 75 g de dextrose, sendo avaliadas as curvas de glicose e insulina: valores basais e em 2h, valores de pico e áreas sob a curva (ASC). Para a avaliação da secreção e RI, utilizamos os índices: insulinogênico, delta, HOMA, QUICKI, relação glicose/insulina e relação entre os índices insulinogênico e HOMA. As amostras para avaliação da albuminúria foram colhidas overnight. Os indivíduos foram divididos em dois grupos: 1) tolerância normal à glicose e 2) alteração do metabolismo glicídico. Resultados: Houve diferença entre os 2 grupos para idade, IMC, PA, cintura, RCQ, colesterol, triglicerídeos (TG), glicemias (GJ e G2h), ASCg, índices HOMA e QUICKI, e relação entre os índices insulinogênico e HOMA. A EUA foi de 4,28 ± 2,73 µg/mL, apresentando correlação com PAD, GJ, G2h, ASCg, VPG, HOMA, I2h, VPI e ASCi. Após regressão em stepwise, apenas ASCg foi preditora de EUA. Na comparação da amostra estratificada em quartis de EUA, o 1º e o 4º quartis foram estatisticamente diferentes para IMC, PAS, PAD, cintura, quadril, G2h, TG, LDL, ASCg, ASCi, VPG e índices HOMA e QUICKI. Conclusão: Embora não houvesse nenhum indivíduo com microalbuminúria, encontramos diferença entre a EUA em indivíduos com diferentes graus de tolerância à glicose e diferenças entre as variáveis clínicas e laboratoriais entre o 1º e o 4º quartis de EUA. Nossos achados sugerem que em indivíduos não diabéticos o aumento da EUA está relacionado a algumas características da sín-drome metabólica, o que pode conferir uma maior suscetibilidade aterogênica. ABSTRACTEvaluation of Microalbuminuria in Non-diabetic Individuals. Aim: To evaluate the presence of microalbuminuria in non-diabetic subjects, associating it to the presence of cardiovascular risk factors like hypertension, smoking, dislipidemia and obesity. The urinary albumin excretion rate (UAE) was also evaluated regarding to insulin secretion and resistance indices. Design and Methods: 105 subjects aged 33.4 ± 1.4 years (57.1% women), received 75 g dextrose for an OGTT, and the following variables were evaluated for glucose and insulin curves: basal and 2 hours values, peak values (PV) and area under the curves (AUC). To evaluate insulin secretion and resistance, we used the insulinogenic, delta, HOMA, QUICKI, glucose to insulin ratio and the relation between insulinogenic and HOMA indices. A urine sample was collected overnight for albuminuria. Individuals were allocated in two groups: 1) normal, and 2) altered glucose metabolism. Results: The two groups differed in age, BMI, BP, abdominal
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.