Os agroecossistemas de base agroecológica contribuem com a mitigação dos problemas ambientais, ao mesmo tempo que produzem bens e serviços ecossistêmicos. Objetivou-se investigar a composição florística, riqueza e diversidade de plantas em sistemas agroflorestais (SAF) com cafeeiro canéfora (Coffea sp.), como componente principal, estabelecidos no município de Cacoal, Rondônia. Foram inventariados todos os indivíduos com diâmetro a altura do peito maior ou igual a cinco cm, medidos a 130 cm do solo, em sete SAF. Após a identificação das espécies foram calculados os parâmetros de frequência, densidade, dominância, valor de importância, valor de cobertura, similaridade de Jaccard, diversidade de Shannon-Wierner, equabilidade de Pielou e dominância de Simpson. Para a estrutura vertical, os SAF foram estratificados pelo método de Longhi. Foram inventariados 835 indivíduos, distribuídos em 71 espécies, 5 morfoespécies, 54 gêneros e 27 famílias botânicas. As famílias com maior riqueza de espécies foram: Fabaceae, Annonaceae, Myrtaceae, Anacardiaceae e Bignoniaceae. Os SAF apresentaram em sua composição florística gradiente de espécies, com 49% de nativas, 23% exóticas e 28% não foram confirmadas. Os SAF são pouco semelhantes entre si, com nenhuma espécie comum a todos. O índice de diversidade de Shannon-Wierner, variou de 0,54 a 2,79; equabilidade de Pielou 0,42 a 0,87 e dominância de Simpson 0,27 a 0,92. As espécies mais frequentes foram embaúba (Cecropia engleriana Snethl.) e bandarra (Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby), presentes em 86% dos SAF. O valor de importância das espécies que compõem os SAF, mostrou um estoque de indivíduos com potencial madeireiro. Os SAF apresentaram-se multiestratificados, com presença de três estratos para todos os agroecossistemas. Em 43% dos SAF os indivíduos melhor representados estão no estrato dois (E2). Os coeficientes encontrados indicam os SAF com cafeeiro com potencial para a conservação da natureza e da agrobiodiversidade.
Metodologias que se adequem a estimação da densidade do solo para os diversos tipos de solos e sistemas de uso da terra são importantes para gerar parâmetros confiáveis. Porém, muitas vezes a obtenção deste parâmetro é dispendioso, desde aspectos operacionais, financeiros e tempo investido. Equações de pedotransferência podem ser usadas para estimar a densidade do solo e consequentemente o estoque de carbono do solo, pois são de fácil aplicabilidade por utilizar atributos físicos e químicos obtidos com maior facilidade. Este trabalho foi conduzido com o objetivo avaliar e comparar a equação de PTF desenvolvida por Benites et al. (2007), para estimar densidade do solo com o método direto de obtenção da densidade do solo (Anel Volumétrico) em diferentes sistemas agroflorestais aos 28 anos de idade e floresta nativa adjacentes, em três classes de solo: Plintossolo Argilúvico Distrófico argissólico (FTd), Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico plintossólico (PVAd) e Latossolo Vermelho Distrófico típico (LVd), no ramal Baixa Verde, Nova Califórnia (Rondônia). Em cada área foram abertas trincheiras de 1 x 1,5 x 1,5 m para descrição dos perfis e classificação dos solos e para coleta das amostras de solo. Na trincheira o solo foi coletado em seis profundidades de 0-10, 10-20, 20-40, 40-60, 60-80 e 80-100 cm. A densidade do solo foi calculada pelo método do anel volumétrico (MAV) e estimada pela equação de pedotransferência (PTF) proposta por Benites et al. (2007). A densidade estimada do solo por PTF não variou em comparação com a obtida pelo MAV, até 20 cm de profundidade.
Práticas de uso da terra como derrubada e queima estão entre os principais emissores de gás carbônico CO2 na atmosfera. Os sistemas agroflorestais (SAF´s) surgem como alternativas de uso dos recursos naturais, pois além de gerar diversos produtos de origem animal e vegetal são promotores em potencial, de serviços ecossistêmicos. Metodologias que se adequam a medição dos estoques de carbono do solo são dispendiosas e requerem rigor técnico. Equações de pedotransferência podem ser usadas para estimar a densidade do solo e consequentemente o estoque de carbono do solo, pois são de fácil aplicabilidade. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar e comparar o estoque de C obtido por meio de diferentes fórmulas/métodos em sistemas agroflorestais aos 28 anos da implantação e na floresta nativa, em três classes de solo. Foram avaliadas áreas com: Plintossolo Argilúvico Distrófico argissólico (FTd), Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico plintossólico (PVAf), e Latossolo Vermelho Distrófico concrecionário típico (LVd), no ramal Baixa Verde, Nova Califórnia (Rondônia). Em cada tipo de solo foram avaliados SAF’s e áreas de floresta adjacentes. Em cada área foram abertas trincheira de 1 x 1 x 1,5 m para serem coletadas amostras de solo, descrição dos perfis e classificação dos solos. Na trincheira o solo foi coletado em seis profundidades de 0-10, 10-20, 20-40, 40-60, 60-80 e 80-100 cm. Para os cálculos de densidade estimada foi utilizado equação de pedotransferência (BENITES et al., 2007). Utilizou-se dela para estimar os estoques de carbono nas diferentes áreas de uso e foi feita correção do estoque de carbono. A densidade estimada variou de 1,04 a 1,33 g.com-3 para as áreas de SAF’s e 1,03 a 1,33 g.com-3 para as de floresta nativa. Nas estimativas de carbono estocado sem correção a área de Floresta LVd obteve maior valor absoluto de C 120,36 Mg.ha-1, para valores corrigidos de carbono o SAF 2 LVd obteve maior estoque 121,81 Mg.ha-1 em valores absolutos. Porém, não houve diferença estatística entre eles (p<0,05). A classe dos Latossolos Vermelhos foi a que obteve maior média de carbono estocado corrigido até 1 m 115,64 Mg.ha-1, seguido de Plintossolo Argilúvico com 82,21 Mg.ha-1 e Argissolo Vermelho Amarelo com 69,28 Mg.ha-1. Entre as áreas de uso os SAF’s estocaram carbono de forma similar ao de uma floresta nativa, demonstrando seu potencial como captadores e armazenadores de CO2.
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