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Objetivo: Analisar a situação epidemiológica do HIV/AIDS no Brasil, na região Centro-Oeste (CO) e Distrito Federal (DF) entre 2008 e 2018. Métodos: Estudo de caráter quantitativo, observacional e descritivo com dados do Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 2019, do Ministério da Saúde, referente aos casos e óbitos por HIV/AIDS entre 2008 e 2018. Resultados: Nos últimos dez anos, a taxa de detecção de AIDS declinou no Brasil (17,9%), no CO (4,4%) e no DF (25,8%). Nesse período, o Brasil passou de 6,2 para 5,3 óbitos/100.000 habitantes e, no CO, de 5,3 para 4,7 óbitos/100.000 hab. Em todo o período, o DF apresentou coeficiente de mortalidade inferior ao nacional, com menor taxa em 2018 (3,6/100.000 hab.). Conclusão: Observa-se queda da taxa de detecção de AIDS e do coeficiente de mortalidade no Brasil, CO e DF.
Atualmente a demanda por artroplastia de joelho vem aumentando devido aoenvelhecimento populacional e suas repercussões físicas, mas ainda existe um debatecientífico sobre qual a técnica mais apropriada: Bilateral simultânea ou estadiada. Em virtudedisso, o objetivo desse estudo foi comparar desfechos clínicos e hospitalares em pacientesdiagnosticados com osteoartrite que foram submetidos a um dos procedimentos, operadospor um mesmo cirurgião no Hospital Ortopédico e Medicina Especializada (HOME), na cidadede Brasília/DF-Brasil, a partir de 2010, desde que o tempo transcorrido entre o procedimentocirúrgico e as coletas fosse maior do que um ano. Foram divididos em dois grupos de análise:Artroplastia total de joelho bilateral simultânea (ATJBS) e Artroplastia total de joelho bilateralestadiada (ATJBE). Os dados antropométricos, incluindo gênero, idade, altura, peso ecomorbidades crônicas diagnosticadas antes da primeira artroplastia foram coletados, alémde desfechos clínicos (primários) e hospitalares (secundários). Desfechos primários: avaliaçãode capacidade funcional auto relatada por meio do questionário Western Ontario andMcMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC); saúde funcional e o bem-estar peloquestionário 36-Item Short-Form Health Survey; grau de satisfação com a cirurgia utilizandoum questionário com escala fixa. Secundários: tipos e frequência de complicações póscirúrgicas (cardíacas, respiratórias e infecciosas) e tempo de permanência total no hospital(dias) após o procedimento. A comparação entre os grupos nos valores do WOMAC nãodemonstrou diferença estatística (p=0,25). De forma semelhante, nenhuma diferença foiobservada entre os dois grupos para os valores do SF-36 global (p=0,63) e das subescalasanalisadas: capacidade funcional (p=0,44), aspectos físicos (p=0,44), dor (p=0,56) e saúdegeral (p=0,42). Uma análise das frequências de satisfação dos pacientes evidenciou osresultados: muito ruim (ATJBS: 1/36; ATJBE: 0/14), ruim (ATJBS: 0/36; ATJBE: 0/14), regular(ATJBS: 3/36; ATJBE: 0/14), bom (ATJBS: 2/36; ATJBE: 1/14), muito bom (ATJBS: 10/36; ATJBE:6/14) e ótimo (ATJBS: 20/36; ATJBE: 7/14. A análise das complicações constatou o seguinte:complicações cardíacas (ATJBS: 5/37; ATJBE: 2/14); complicações respiratórias (ATJBS: 1/37;ATJBE: 0/14) e infecções (ATJBS: 0/37; ATJBE: 1/14). Não foi evidenciado diferença estatísticaentre os grupos (p=0,71). A análise da frequência global de complicações demonstrou:complicações/sim (ATJBS: 6/37; ATJBE: 3/14) e sem complicações/não (ATJBS: 31/37; ATJBE:11/14). O tempo de internação foi estatisticamente menor no grupo ATJBS quandocomparado ao grupo ATJBE (p=0,001). Em conclusão, os resultados apontaram que a ATJbilateral simultânea gerou resultados similares na avaliação de capacidade funcionalreportada (WOMAC), saúde funcional e o bem-estar (SF-36) e satisfação do paciente com oresultado cirúrgico, quando comparada à estadiada. Além disso, os dois procedimentos foramsemelhantes no que diz respeito a complicações no pós-operatório. No entanto, houvediferença estatisticamente significativa no tempo total de internação hospitalar, evidenciadopela redução em dias, nos pacientes que realizaram ATJ bilateral simultânea.
Objetivo: Mapear o emprego do reparo transcateter da valva mitral (RTVM) com MitraClip no tratamento de pacientes portadores de doença valvar mitral não elegíveis ao tratamento cirúrgico convencional. Materiais e Métodos: Conduzimos um estudo de revisão de caráter descritivo e analítico cuja seleção foi feita entre março e abril de 2020, tendo sido coletados artigos de revisão, meta-análises e ensaios clínicos randomizados por meio da busca dos termos “MitraClip”; “Disfunção mitral”, “Mitral dysfunction”, “Sobrevida” e “Survival” nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) Brasil, Medline, BRISA/RedTESA, Lilacs e PubMed. Resultados: Ao todo 26 publicações foram contempladas e foi verificado que o RTVM é mais frequentemente realizado em idosos do sexo masculino em sua oitava década de vida, portadores de comorbidades cardiovasculares e com nível moderado ou alto de regurgitação mitral (RM). Conforme nossa análise, o RTVM com MitraClip apresenta segurança, eficácia e durabilidade bem definidas. A técnica é comprovadamente superior ao tratamento medicamentoso exclusivo, apresenta boa evolução prognóstica, índices de sobrevida satisfatórios e está menos associado a complicações pós-operatórias quando comparada à cirurgia, porém é inferior em níveis absolutos de correção da RM. É uma terapia que requer alto custo para adoção e ainda faltam estudos randomizados que reforcem suas indicações. Conclusão: A tecnologia é promissora, porém ainda permanece com indicações exclusivas para pacientes com risco cirúrgico alto ou proibitivo. Há falta de evidências de grande porte e de relatos expressivos de sua aplicação no contexto brasileiro. Entretanto, o RTVM com MitraClip aparenta ser uma boa alternativa ao tratamento cirúrgico e uma opção de tratamento mais satisfatória e eficaz que a terapia medicamentosa isolada. A escolha desta terapia ainda deve ser individualizada de acordo com parâmetros clínicos e funcionais específicos e as particularidades socioeconômicas do paciente.
RESUMOO termo "hemorragia subaracnóidea" (HSA) se refere ao sangramento que ocorre entre a aracnoide e a pia-máter, meninges encefálicas. É consagrada como importante causa de morte prematura e incapacidade, sendo que a principal causa de morbimortalidade nesses pacientes é o vasoespasmo cerebral relacionado à isquemia tardia, que é decorrente do estreitamento das artérias do cérebro após um episódio de HSA. A patogênese desse fenômeno permanece pouco compreendida, e os mecanismos potenciais incluem a contração do músculo liso e a inflamação, que podem levar ao remodelamento dos vasos e também a uma hipoperfusão cerebral aguda. A literatura sobre a abordagem terapêutica do vasoespasmo pós HSA é limitada, apesar do aumento significativo da ocorrência da mesma nas últimas décadas. Uma possível intervenção é o uso da Milrinona, que é um conhecido inibidor seletivo da fosfodiesterase 3 e age como vasodilatador, aumentando o débito cardíaco e o fluxo sanguíneo cerebral. Nessa perspectiva, esse artigo tem o intuito de discutir se o uso desse medicamento em pacientes com HSA é benéfico, analisando sua influência sobre a morbimortalidade, além de avaliar a melhor via de administração nesses casos. Para tal, foi realizada uma revisão de literatura acerca de seu uso em pacientes com vasoespasmo cerebral e suas repercussões. Dos 7 artigos analisados, 6 foram favoráveis à utilização da droga, enquanto 1 foi desfavorável. Portanto, embora múltiplos estudos científicos e relatos de caso embasem a utilização da mesma para tratar a condição, ainda restam alguns relatos contrários, reforçando a necessidade de mais estudos, principalmente um controlado randomizado para validar seu uso na HSA.
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