O pré-natal é uma estratégia de saúde que proporciona para as gestantes um acompanhamento durante o período gestacional visando manter uma gestação sem intercorrências. O homem não é uma figura muito presente nas consultas de pré-natal, apesar de estudos comprovarem os benefícios do acompanhamento do parceiro à gestante nas consultas. Desta forma, o Ministério da Saúde em setembro de 2017, desenvolveu a estratégia pré-natal do parceiro. O objetivo do presente estudo é fazer uma análise epidemiológica comparativa entre a quantidade de consultas realizadas pelo Sistema Único de Saúde de pré-natal do parceiro e as consultas de pré-natal da gestante, no Brasil por regiões durante o período de outubro de 2017 até outubro de 2021. É um estudo do tipo transversal, observacional e retrospectivo com base em dados secundários e epidemiológicos da plataforma digital do DATASUS- Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) do Ministério da Saúde. Com os resultados obtidos no estudo é possível perceber que apesar da grande importância da participação do parceiro no pré-natal, o número de consultas realizadas, mesmo apresentando um aumento progressivo, ainda é muito baixo com um total de 44.233, comparando com o número das consultas de pré-natal da gestante que neste período foi de 29.158.779, sendo importante a implementação de novas políticas de incentivo para ampliar a adesão a essa estratégia.
O transplante de fígado é o tratamento de escolha para pacientes com insuficiência hepática, quando não há mais proposta terapêutica conservadora efetiva. Os objetivos do transplante são melhorar a qualidade de vida do paciente e prolongar sua sobrevida. Este órgão pode ser doado a partir de um cidadão vivo ou falecido. O propósito deste estudo é realizar uma análise comparativa, no Estado do Rio de Janeiro, entre cada procedimento, considerando dados como número total de cirurgias, custo médio, taxa de mortalidade e tempo médio de internação. Segundo os resultados, no Rio de Janeiro, 91,2% dos transplantes utilizaram órgão de doadores falecidos e 8,71% de vivos. Os custos foram de R$ 82.162,94 para procedimento intervivos e R$ 94.216,91 para falecidos. A média de internação foi de 13,9 dias para o procedimento entre vivos e 10,5 dias para doador morto. A taxa de mortalidade e óbitos foram 8,97% e 7, respectivamente, para doadores vivos e 10,77% e 88 para doadores mortos. Apesar da predominância de doadores falecidos, esse procedimento apresenta empecilhos como a resistência das famílias a doação e problemas organizacionais do órgão responsável. E, ainda, existe um temor por parte dos candidatos a doadores em vida com sua saúde e complicações cirúrgicas. Sendo assim, há necessidade de conscientizar a população sobre a importância de ser doador, esclarecer as famílias o real significado da morte encefálica e sanar possíveis dúvidas. Somente o estímulo a ambos os tipos de doação poderá reduzir as filas de espera e salvar vidas.
A apendicectomia é uma das cirurgias mais realizadas no mundo, pois ocorre, principalmente, em função de um quadro de apendicite aguda. Por ser uma emergência cirúrgica bastante prevalente, é necessário analisar os dados epidemiológicos como internações, custos, mortalidade e média de estadia hospitalar das formas de realização da mesma: aberta ou laparoscópica, sendo esse o objetivo do trabalho, que utilizou dados da plataforma DATASUS para essa análise. Foram realizadas 30.347 apendicectomias no Rio de Janeiro de agosto de 2016 a julho de 2021, sendo 28.672 cirurgias abertas (94,4%), dentre essas 5.843 urgentes e 236 eletivas, e 1.675 videolaparoscópicas (5,6%), sendo 262 em urgência e 69 programadas. O custo médio de internação foi de R$ 653,47 e R$640,72 nessa mesma ordem. A permanência hospitalar foi de 2,6 dias por vídeo e 3,8 dias para aberta. Ocorreram, 100 óbitos (0,35%) para cirurgia aberta e 3 (0,18%) via laparoscopia. Nos últimos 10 anos, o novo padrão mundial traz a videolaparoscopia como tratamento de escolha, entretanto o Rio de Janeiro ainda não segue essa realidade pela precariedade de infraestrutura e treinamento de cirurgiões. Além disso, tal modalidade por ser menos invasiva diminui as complicações e permanência hospitalar, apesar de apresentar maiores custos. A pandemia do COVID-19 não alterou drasticamente as cirurgias de urgência, uma vez que essa abordagem é fundamental no tratamento de apendicite aguda, diferentemente das cirurgias eletivas. Sendo assim, devido aos benefícios trazidos, deve-se buscar ampliar a realização da videolaparoscopia para retirada do apêndice visando o melhor aos pacientes.
O câncer de pâncreas é a quarta causa de morte por câncer no mundo.. O único tratamento curativo para o câncer de pâncreas é a cirurgia de Whipple, uma cirurgia desafiadora de grande porte. Devido sua complexidade e importância no tratamento das neoplasias pancreáticas, o objetivo do presente estudo foi realizar uma análise epidemiológica através da plataforma do DATASUS do Ministério da Saúde e foram coletados como número de internações para a realização da cirurgia de Whipple, permanência hospitalar, número de óbitos e taxa de mortalidade, no período de janeiro de 2011 até dezembro de 2020. Nos últimos 10 anos, foram realizados 1.254 procedimentos de pancreato-duodenectomia no Brasil, custando em média R$3.799,41 cada, a permanência hospitalar foi em torno de 17,94 dias, ocorreram 225 óbitos (17,94%). Desses, 187 procedimentos foram em 2011, 164 em 2012, 151 em 2013, 156 em 2014, 127 em 2015, 114 em 2016, 93 em 2017, 93 em 2018, 91 em 2019 e 78 em 2020. Foram 82 cirurgias de Whipple no Norte, 345 no Nordeste, 588 no Sudeste, 150 na região Sul e 89 na região Centro-Oeste. Existem fatores técnicos que tornam a pancreato-duodenectomia desafiadora e pouco realizada, além da alta taxa de mortalidade e morbidade, que eleva custos e internação hospitalar. A prática constante em grandes centros parece aperfeiçoar a realização desse procedimento. Ademais, a videolaparoscopia parece, em breve, se destacar como via de realização. Entretanto é necessário que essa cirurgia seja cada vez mais estudada e performada para futuramente obter resultados mais satisfatórios.
O sarampo é uma doença exantemática febril aguda, de etiologia viral e altamente contagiosa. É um importante causa de morbidade e mortalidade de crianças menores de 5 anos. Trata-se de um estudo observacional e transversal, com base no levantamento de dados secundários de boletins epidemiológicos, disponibilizados pela Secretaria de Vigilância em Saúde, no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2021 no Brasil. O objetivo do presente estudo foi fazer uma análise epidemiológica de internações por sarampo, por faixa etária e por ano de processamento em cada região do país. Neste período ocorreram 2.552 internações. Os menores de um ano foram responsáveis pela maior faixa etária acometida, com 1008 internações e a maior incidência ocorreu no ano de 2018. Os resultados obtidos no presente estudo, demonstram um evidente crescimento do número de casos a partir de 2017, expressando uma evidente relação com a queda na cobertura vacinal nesse período, e um movimento migratório ocorrido nesta época.
A Síndrome de Kartagener foi definida inicialmente pela tríade pansinusite crônica, bronquiectasia e situs inversus com dextrocardia e faz parte de um grupo maior de ciliopatias chamadas de Discinesia Ciliar Primária. Todos esses sintomas são causados pela deficiente depuração mucociliar, devido a defeitos ultra-estruturais dos cílios móveis, presentes nestes pacientes. Trata-se de uma síndrome rara, genética e heterogênea e deve ser considerada quando a clínica e os exames complementares não se enquadram em outras doenças mais comuns e a presença de Fibrose Cística já foi descartada. Posteriormente, constatou-se que esses pacientes poderiam ainda apresentar infertilidade devido a alterações de motilidade dos espermatozoides. O presente relato de caso descreve o caso clínico de um paciente com sinais e sintomas clássicos da Síndrome de Kartagener e discorre sobre a importância do diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento desses pacientes.
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