O câncer de pâncreas é a quarta causa de morte por câncer no mundo.. O único tratamento curativo para o câncer de pâncreas é a cirurgia de Whipple, uma cirurgia desafiadora de grande porte. Devido sua complexidade e importância no tratamento das neoplasias pancreáticas, o objetivo do presente estudo foi realizar uma análise epidemiológica através da plataforma do DATASUS do Ministério da Saúde e foram coletados como número de internações para a realização da cirurgia de Whipple, permanência hospitalar, número de óbitos e taxa de mortalidade, no período de janeiro de 2011 até dezembro de 2020. Nos últimos 10 anos, foram realizados 1.254 procedimentos de pancreato-duodenectomia no Brasil, custando em média R$3.799,41 cada, a permanência hospitalar foi em torno de 17,94 dias, ocorreram 225 óbitos (17,94%). Desses, 187 procedimentos foram em 2011, 164 em 2012, 151 em 2013, 156 em 2014, 127 em 2015, 114 em 2016, 93 em 2017, 93 em 2018, 91 em 2019 e 78 em 2020. Foram 82 cirurgias de Whipple no Norte, 345 no Nordeste, 588 no Sudeste, 150 na região Sul e 89 na região Centro-Oeste. Existem fatores técnicos que tornam a pancreato-duodenectomia desafiadora e pouco realizada, além da alta taxa de mortalidade e morbidade, que eleva custos e internação hospitalar. A prática constante em grandes centros parece aperfeiçoar a realização desse procedimento. Ademais, a videolaparoscopia parece, em breve, se destacar como via de realização. Entretanto é necessário que essa cirurgia seja cada vez mais estudada e performada para futuramente obter resultados mais satisfatórios.
A apendicectomia é uma das cirurgias mais realizadas no mundo, pois ocorre, principalmente, em função de um quadro de apendicite aguda. Por ser uma emergência cirúrgica bastante prevalente, é necessário analisar os dados epidemiológicos como internações, custos, mortalidade e média de estadia hospitalar das formas de realização da mesma: aberta ou laparoscópica, sendo esse o objetivo do trabalho, que utilizou dados da plataforma DATASUS para essa análise. Foram realizadas 30.347 apendicectomias no Rio de Janeiro de agosto de 2016 a julho de 2021, sendo 28.672 cirurgias abertas (94,4%), dentre essas 5.843 urgentes e 236 eletivas, e 1.675 videolaparoscópicas (5,6%), sendo 262 em urgência e 69 programadas. O custo médio de internação foi de R$ 653,47 e R$640,72 nessa mesma ordem. A permanência hospitalar foi de 2,6 dias por vídeo e 3,8 dias para aberta. Ocorreram, 100 óbitos (0,35%) para cirurgia aberta e 3 (0,18%) via laparoscopia. Nos últimos 10 anos, o novo padrão mundial traz a videolaparoscopia como tratamento de escolha, entretanto o Rio de Janeiro ainda não segue essa realidade pela precariedade de infraestrutura e treinamento de cirurgiões. Além disso, tal modalidade por ser menos invasiva diminui as complicações e permanência hospitalar, apesar de apresentar maiores custos. A pandemia do COVID-19 não alterou drasticamente as cirurgias de urgência, uma vez que essa abordagem é fundamental no tratamento de apendicite aguda, diferentemente das cirurgias eletivas. Sendo assim, devido aos benefícios trazidos, deve-se buscar ampliar a realização da videolaparoscopia para retirada do apêndice visando o melhor aos pacientes.
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