O trabalho teve como objetivo identificar como a Cooperativa Potiguar de Apicultura e Desenvolvimento Rural Sustentável (COOPAPI) atua em processos formativos direcionados à educação ambiental e práticas sustentáveis junto aos agricultores cooperados. Para a obtenção dos dados da pesquisa, utilizou-se da entrevista semiestruturada, visando identificar de forma detalhada o sentido e o significado atribuídos pelos agricultores familiares à relação entre educação ambiental e sustentabilidade na agricultura familiar. O estudo revelou que a temática ambiental não é vivenciada por meio de formações que possam direcionar os agricultores a introduzirem a temática em sua ambiência de forma intencional; no entanto, os agricultores vivenciam a educação ambiental por meio de suas práticas diárias de cultivo. Ainda, os agricultores veem a cooperativa como facilitadora de práticas sustentáveis, visto que a cooperativa auxilia nas tarefas de orientar os agricultores no cultivo orgânico e fiscalização, mediante o mau uso de algum recurso.
Discutiremos influências e compreensões relacionadas à posição da extensão universitária no espaço acadêmico brasileiro. Deste modo, através de uma abordagem qualitativa, por meio de pesquisa bibliográfica e documental, versaremos sobre os aspectos em torno do surgimento e reconhecimento da extensão para formação universitária e canal de relacionamento com a sociedade. Propomos realizar uma análise dos percursos normativos que cercam a extensão universitária, e, posteriormente, refletir sobre a apropriação e implementação em torno da posição e rumos no espaço acadêmico brasileiro tomando como subsídio a teoria de campo e habitus de Bourdieu. Por fim, discorreremos sobre as crises que o ensino público universitário vem sendo acometido em um contexto de hegemonia do capital global, reconhecendo, nesta conjuntura, a importância da extensão, mesmo diante de limitações, como instrumento que pactue compromisso com a sociedade para além dos interesses de mercado, e capaz de aliar a construção de conhecimentos ao favorecimento da coletividade.
RESUMO O presente artigo é um ensaio teórico sobre o estado da arte das policrises da civilização contemporânea, nos planos global e nacional, e sobre os desafios que essas crises representam para a educação ambiental que se realiza em contextos escolarizados. O objetivo, portanto, é refletir sobre a magnitude das crises socioambiental, climática e sanitária e sobre as contribuições que a educação ambiental escolar pode oferecer para reverter ou mitigar as ameaças identificadas. As evidências científicas e cotidianas revelam sinais preocupantes que impactam o estado da biosfera, o bem-estar e a saúde humana, a segurança alimentar das populações, a manutenção da paz e da democracia e, em última instância, a própria sobrevivência da espécie humana no planeta Terra. Nesses termos, torna-se, cada vez mais frequente, no discurso e no imaginário social, a alusão a narrativas de colapso, catástrofe, ruptura, decadência e fim do mundo. Metodologicamente, o texto dialoga com a literatura socioambiental com aportes da Educação ambiental crítica, da Ecologia política, dos conflitos e da justiça socioambientais. A reflexão conclui que, diante dos desafios colocados, a educação ambiental escolar não pode se render ao reprodutivismo social e pedagógico. O tempo é de formação e transformação dos sujeitos para o exercício da liberdade e para a defesa da vida.
O artigo discute a relação entre as condições físicas e ambientais de escolas públicas de Mossoró-RN e a noção de sofrimento ambiental. É produto de uma pesquisa qualitativa que utilizou a fotografia como fonte de dados sobre a problemática socioambiental das escolas públicas. Os dados analisados provêm da investigação de vinte (20) escolas públicas, oito (8) estaduais e doze (12) municipais, entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014, por meio de um roteiro fotográfico na área urbana do município de Mossoró/RN. O cenário revelado pela pesquisa é de precariedade das condições físicas e ambientais das escolas públicas e serve como espelho da desigualdade socioambiental e de privação de melhores oportunidades para o público estudantil que frequenta aquelas escolas.
Este trabalho teve como objetivo identificar a percepção de cuidado e de cuidado ambiental de pequenos agricultores familiares, membros de uma cooperativa do interior Rio Grande do Norte. A pesquisa buscou, ainda, compreender os cuidados necessários à produção dos orgânicos; e, verificar como os agricultores cuidam de si, de seu ambiente familiar e da comunidade em que vivem. A pesquisa qualitativa e de campo revelou que a percepção do cuidado dos entrevistados está relacionada ao zelo e prevenção. Ao zelo no sentido de zelar pela natureza e pelas pessoas do convívio dos agricultores; e, a prevenção no contexto da saúde, que, por vezes, é esquecida e descuidada, e com a alimentação. O cuidado ambiental é percebido no zelo pelo meio ambiente, pelos recursos naturais disponíveis na fauna e na flora e no manejo com a produção.
O presente ensaio discute o papel da Educação Ambiental (EA) crítica diante dos múltiplos conflitos e crises contemporâneos. Objetiva refletir sobre os principais desafios colocados à EA crítica e as potencialidades que ela dispõe para produzir respostas e ações capazes de superar ou mitigar as ameaças e os riscos da degradação socioambiental. Dialoga com o campo da Educação Ambiental, com a justiça ambiental e a ecologia política. Conclui que, por um lado, a EA crítica se defronta com desafios epistemológicos, ético-valorativos, pedagógicos e políticos. Tem, contudo, a seu favor, um amplo repertório de recursos político-pedagógicos que a habilitam a fazer contribuições significativas ao conhecimento existente e à formação crítica dos educandos nas diversas modalidades de sua ação.
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