RESUMO.Este artigo objetiva discutir as políticas linguísticas vigentes no Brasil, problematizando noções de bilinguismo explícitas ou subjacentes a alguns documentos oficiais. A partir de um estudo bibliográfico e documental, são analisadas diferentes concepções de bilinguismo ao longo do tempo e, posteriormente, que tipos de bilinguismo são contemplados pelas políticas linguísticas implementadas. Discute-se o status que as línguas portuguesa, indígenas, estrangeiras, de sinais e de imigração apresentam nesses documentos, bem como as atitudes legais em relação ao bilinguismo em comunidades de imigrantes, indígenas, surdos e quilombolas. Constata-se que os dados apontam para um equívoco legal inicial, quando se priorizam políticas linguísticas fundamentalmente monolíngues. Entretanto, nos últimos anos houve pequenos avanços, principalmente, no que se refere ao reconhecimento das comunidades indígenas como bi/multilíngues. Percebe-se que a essência plurilíngue do país ainda não foi reconhecida, nem o seu caráter pluricultural. Palavras-chave: comunidades bilíngues, documentos oficiais, legislação, ensino.Bilingualism and linguistic politics in Brazil: From monolingual unreality to plurilingual reality ABSTRACT. Current article discusses the linguistic policies in Brazil and problematizes explicit or underlying notions of bilingualism in official documents. Different concepts of bilingualism over time are analyzed from a bibliographic and documental study. Further, the types of bilingualism contemplated by linguistic policies are investigated. The status of Portuguese, indigenous, foreign, sign and immigrant languages in these documents is discussed, as well as the legal attitudes related to bilingualism in communities of immigrants, indigenous, deaf and descendants of Negro slaves. An initial legal ambiguity may be noted when essentially monolingual linguistic policies are prioritized. A mild progress has occurred during the last few years, mainly, those related to the acknowledgement of indigenous communities as bi/multilingual. In fact, Brazil's plurilingual condition and its pluricultural characteristics have not been yet acknowledged.Keywords: bilingual communities, official documents, legislation, teaching. IntroduçãoA visão ingênua e equivocada de que a língua materna dos brasileiros é o português remonta a um histórico de políticas linguísticas homogeneizadoras que pretendiam consolidar o aparente monolinguismo do país, como, por exemplo, a política de redução linguística, da época do descobrimento, e a instituição do 'crime idiomático', na época do Estado Novo (OLIVEIRA, 2009). Por outro lado, as controversas concepções sobre bilinguismo também contribuíram para que o povo brasileiro não se reconheça/reconhecesse como bi/multilíngue e que o país é/seja essencialmente plurilinguístico e pluricultural.Embora ações de repressão tenham sido bastante agressivas tanto com as línguas indígenas, quanto com as línguas de imigração, essas últimas não foram tão difundidas. O que perpassa no senso comum é que línguas...
<p> </p><p><span><span style="font-size: medium;">Estudos diversos apontam que o trabalho com os gêneros orais tem sido marginalizado em sala de aula, tanto de língua materna (LM) quanto de língua estrangeira (LE). A partir dessa constatação, nosso artigo pretende analisar o espaço dado aos gêneros orais em dois livros didáticos de língua espanhola. Valendo-nos da pesquisa bibliográfica, analisamos livros escolhidos pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), nos anos de 2012 e 2015. Para cumprir com nosso objetivo, expusemos um panorama teórico sobre os gêneros discursivos e discursivos orais, apresentamos a metodologia utilizada, analisamos o espaço dado aos gêneros orais nos livros analisados e concluímos evidenciando que ainda há uma primazia pelo trabalho pedagógico a partir de gêneros discursivos escritos, embora na comparação entre as obras, o livro didático mais recente apresenta mais atividades com gêneros discursivos orais.</span></span></p><p> </p>
Este artigo objetiva expor parte de uma investigação sob a perspectiva da Análise da Conversa Etnometodológica (ACE). A pesquisa contou com dados que foram gerados em contexto de sala de aula de língua espanhola em um curso de graduação em Letras/Espanhol de uma universidade pública goiana, com um grupo de treze participantes. Apresentamos, neste trabalho, dados referentes ao turno em contextos de fala-em-interação. Analisamos, ao longo do trabalho, momentos de trocas de turno e observamos, ao final do processo, que a tendência da professora era manter o turno por mais tempo, provavelmente, por entender que é papel do professor preencher os silêncios com turnos de fala, especialmente, quando não há auto seleção por parte das demais participantes. Houve, porém, uma alteração de comportamento em um segundo momento, em que foi possível perceber um maior equilíbrio entre turnos de alunas e professora, e é esse o panorama que pretendemos explicitar.
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