Este artigo apresenta algumas reflexões a respeito dos projetos arquitetônicos de edifícios destinados aos grupos escolares construídos na capital do estado do Paraná durante a fase de implantação desse tipo de escola na cidade (1903 - 1928). Para tanto, este estudo analisou diversas fontes, tais como: relatórios, plantas baixas, fotografias escolares, jornais, procurando relacioná-las às discussões historiográficas acerca da cultura escolar.
Este artigo pretende refletir algumas questões acerca do uso da fotografia na investigação histórica a partir da experiência de pesquisa que tem utilizado esta documentação como principal fonte de explicações acerca da história dos Grupos Escolares de Curitiba entre os anos de 1922 e 1960. Entende-se que a importância do exame histórico da imagem fotográfica fica comprometida quando o pesquisador não consegue apreender o potencial explicativo desta fonte. Assim, utilizamos o exemplo da escola primária curitibana como exercício desse olhar que procura na leitura da imagem fotográfica, aspectos que contribuam para o estudo das culturas escolares que possibilitam compreender o processo de institucionalização dos Grupos Escolares em Curitiba.
R e s u m o : Este artigo tem como objetivo apresentar uma cartografia das pesquisas realizadas entre os anos de 1999-2018 sobre a história da arquitetura escolar, originárias das áreas de conhecimento da educação, da história e da arquitetura, ressaltando as principais tendências historiográficas que foram mais determinantes. P a l a v r a s-c h a v e : escrita da história, educação, história, arquitetura. A b s t r a c t : This article aimed to present a cartography of the researches carried out between 1999 and 2018, on the history of school architecture originating from the areas of knowledge of Education, History and Architecture, highlighting the main historiographical trends that were most determinant.
Este artigo trata da produção acadêmica da Linha de Pesquisa História e Historiografia da Educação do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná, construída em seus primeiros dez anos (1999-2008) de dedicação à formação de pesquisadores. Trata-se de um ensaio cuja cartografia bibliográfica apresenta interesse historiográfico ao analisar a relação estabelecida por esse grupo de investigadores com o cenário das trilhas percorridas pela produção nacional em História da Educação.
O artigo propõe apresentar, explicar e analisar como a cultura escolar se manifestou em ambientes de instrução eclesiástica, utilizando o contexto histórico dos seminários de tradição tridentina. Sabemos que no Brasil, até meados do século XIX, não existiam seminários tridentinos para a formação do clero. Somente com a ação dos bispos ultramontanos, d. Romualdo Seixas, prelado da diocese de Salvador, d. Antônio Ferreira Viçoso, da diocese de Mariana e d. Antônio Joaquim de Melo, da diocese de São Paulo, todos eles, especialmente os dois últimos, perceberam que era quase impossível reformar o clero sem criar seminários tridentinos. Para eles, os seminários fechados, onde os internos entravam antes da puberdade, para não conhecer a maldade do mundo, sendo isolados do convívio social, era um procedimento eficaz na formação de um clero moralizado, ilustrado e ultramontano. Seguindo a compreensão de Dominique Julia (La culture scolaire comme objet historique), o principal objetivo deste artigo é entender e explicar a cultura escolar como definidora de saberes e condutas que permitiram a transmissão e a incorporação de valores no comportamento dos internos do Seminário Diocesano de Santa Maria, entre os anos de 1915 e 1919.
O objetivo deste artigo é investigar a história do mobiliário escolar enquanto componente de uma modernidade que tem como um dos seus focos de discussão os discursos e os projetos idealizados pelos arquitetos. Esta é a uma tentativa de tentar enxergá-los como autênticas peças de investigação que facilitam a compreensão de uma das faces da cultura material escolar. Com o presente tema coloco em cena a valorização do papel desses profissionais, muitos deles desconhecidos da historiografia da educação, que juntos com educadores e médicos pensaram caminhos possíveis para uma escola que almejava ser moderna. Assim, concentrarei minhas análises na realidade do ocidente europeu da primeira metade do século XX e o papel que desempenharam alguns arquitetos franceses como protagonistas na configuração de um mobiliário que procurava alcançar demandas que favorecessem a saúde e a aprendizagem dos alunos em sala de aula.
RESUMO O presente artigo propõe analisar de modo comparativo a arquitetura de escolas públicas em duas capitais do sul do Brasil nas três primeiras décadas do século XX. Nosso objetivo é problematizar pontos de intersecção entre seus ordenamentos e disposições, levando em consideração a complexidade de seus elementos espaciais e simbólicos que foram adotados naquele período histórico, com destaque para as suas relações com o traçado urbano. O corpus documental utilizado em nossa análise compreende fontes, tais como: relatórios governamentais, fotografias, plantas e projetos arquitetônicos dos edifícios escolares. Destacamos como relevantes a influência internacional, sobretudo, a implementação da escola graduada e a questão higiênica, a localização e visualidade na trama das duas capitais, o grupo social ao qual a escola atenderia e a necessidade da alfabetização de um número maior de crianças. Ainda, enfatizamos o corpus analisado como suporte para a compreensão de uma semiologia do espaço arquitetural escolar republicano nos estados do Rio Grande do Sul e do Paraná.
A narrativa adotada neste artigo apresenta uma intriga histórica que tem origem em um conjunto de interpretações que propõe analisar as estratégias utilizadas pela hierarquia da Igreja Católica que incentivaram em seus documentos episcopais as manifestações culturais de caráter cívico nas instituições educacionais sob sua tutela. O artigo centra sua investigação nos desfiles patrióticos de escolares e colegiais que aconteceram no início do século XX, que homenageavam em diferentes momentos a República. Nesse sentido, toma o exemplo das escolas administradas pela Congregação Salesiana de Dom Bosco, em especial, o Liceu Nossa Senhora Auxiliadora de Campinas (São Paulo).
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