RESUMO: O objetivo deste artigo é propor uma reflexão teórica sobre as possibilidades de construção de mecanismos de avaliação da aprendizagem no âmbito da história escolar em uma perspectiva democrática. Os aspectos democratizantes considerados ao longo da argumentação referem-se a possibilidades de refigurações de narrativas históricas que, simultaneamente, garantam espaços de subjetivação, identificação e objetivação na relação com o conhecimento histórico escolar, e preservem o valor de verdade da narrativa refigurada em meio aos processos avaliativos. A partir de uma abordagem discursiva inscrita na pauta pós-fundacional, o texto investe na desestabilização de sentidos de aprendizagem, avaliação e Didática da História para propor uma avaliação democrática das aprendizagens históricas.
Assumindo como pressuposto que as dimensões axiológicas se articulam, inexoravelmente, a outros elementos no processo de configuração do conhecimento histórico escolar, e reconhecendo os exercícios e atividades do livro didático como um espaço de legitimação de saberes e de formas de com eles se relacionarem, a proposta deste artigo é explorar a empatia histórica como entre-lugar entre dimensão axiológica e recurso metodológico das relações de ensino-aprendizagem da História escolar. A partir de uma abordagem discursiva que reconhece o político como o lugar das disputas por hegemonização em qualquer ordem social, optou-se por, metodologicamente, analisar exercícios da coleção didática de História mais distribuída no Brasil. A proposta deste artigo se justifica pelos resultados obtidos de uma pesquisa de doutoramento concluída em 2019 na qual se constatou que, sem prejuízo de outros valores importantes, a empatia histórica relacionada a grupos historicamente subalternizados na estruturação das ordens sociais constitui-se como a principal questão axiológica fixada nesses exercícios/atividades. Palavras-chave: Empatia histórica; conhecimento histórico escolar; exercícios de livro didático; livro didático de História; ensino de História.
O objetivo desse artigo é problematizar a articulação entre racismo, eurocentrismo e temporalidades na estruturação de narrativas históricas sobre o passado brasileiro que circulam do debate público atual. Formulamos nossas argumentações a partir de uma abordagem discursiva inscrita na pauta pós-fundacional em diálogo com as teorizações críticas e pós-críticas de currículo. Escolhemos o episódio cinco da série Brasil: A Última Cruzada, do canal Brasil Paralelo, como corpo empírico para nossas análises, que evidenciaram a centralidade do racismo estrutural (ALMEIDA, 2021) como elemento articulador das permanências relacionadas a estruturação de narrativas que desafiam à construção de um currículo de História democrático, não binário e antirracista, a despeito de mudanças pontuais na forma, mas que buscam preservar seu conteúdo.
O objetivo desse artigo é problematizar processos de aprendizagens da História escolar. Situado em uma abordagem pós-fundacional, ele se inscreve nas lutas pela significação e fixação de um sentido particular do ato de aprender História. Em diálogo com autores que nos oferecem pistas para pensar de outro lugar epistêmico o processo de aprendizagem, em geral, e da disciplina História, em particular, o artigo explora a interface de três categorias - relação com o saber, verdade histórica e refiguração narrativa - como chaves de leitura para um entendimento possível desse processo. A empiria é constituída por um conjunto de fragmentos narrativos produzidos por estudantes da educação básica em aulas de História. A análise reafirma a possibilidade de compreensão da aprendizagem histórica para além de aquisições de conhecimentos disciplinares, evidenciando processos multidimensionais que se inscrevem na cultura histórica e na cultura escolar.
O objetivo desse artigo é explorar interpelações ao conhecimento histórico escolar em um contexto nacional de tensionamentos à democracia, de recrudescimento do conservadorismo e do reacionarismo, e de negacionismos. A partir de uma abordagem discursiva inscrita em uma postura epistêmica pós-fundacional, as argumentações tecidas ao longo do texto articulam contribuições dos campos do Ensino de História, da Teoria da História, da Ciência Política, do Currículo, da Filosofia da Educação, e da Filosofia da Diferença. Mais do que denunciar a gravidade do quadro que produz efeitos sobre o valor de verdade do conhecimento ensinado/aprendido nas aulas de História, e sobre as práticas de professores(as) de História na educação básica e pesquisadores (as) do Ensino de História, busca-se romper com o imobilismo e apresentar uma linguagem de possibilidades calcada na ética e no compromisso democrático.
The issue of teaching constitutes a classic theme in studies in the educational field. It involves political, ethical, epistemological and ontological dimensions that move in directions and meanings that depend on an armed perspective to see. We argue in this text that the meaning of teaching in which we are interested in investing is produced in the midst of processes of objectification and subjectivation of subjects and knowledge. From a post-foundational epistemic posture (MARCHART, 2009; LACLAU, 2005, 2011) that radicalizes the critique of transcendental subjectivisms and deterministic objectivisms in the interpretation of the Social, we chose to build our arguments from axes that, in our view, consist of aporias that allow, simultaneously, to understand, problematize and participate in the process of meaning of teaching. Universal/particular, subjectivity/objectivity, theory/practice, teaching/learning, science/pedagogy and school/university were the axes selected to participate in this process.
Este artigo parte do pressuposto que o Ensino de História consolida-se na contemporaneidade como campo específico de produção de conhecimento sobre os múltiplos processos relacionados ao ensino escolar da História. A proposta deste texto é, pois, explorar um desses processos: a avaliação da aprendizagem. Nesse sentido, o objetivo é sumariar se e como a avaliação das aprendizagens históricas tem sido problematizada nesse campo. Ao pesquisar no Banco da Capes e os anais da ANPUH, do Perspectivas EH e do ENPEH, constata-se que apesar do caráter incontornável da avaliação nos processos escolares, no campo do Ensino de História essa discussão não tem assumido lugar de relevância.
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