Neste artigo, propomos caracterizar as metáforas empregadas por um dos mais influentes divulgadores do movimento terraplanista no Brasil, o investidor Jota Marthins, na construção de sentido de CIÊNCIA. Para tanto, à luz da abordagem ecocognitiva, examinamos uma entrevista audiovisual concedida pelo líder terraplanista ao canal do Youtube QUEM SOMOS NÓS (2020). Abordamos tal interação linguística como um jogo de linguagem em que indivíduos linguísticos, por meio de recursos cognitivo-ecológicos, constroem e (re)modelam conceitos (frames) de CIÊNCIA. Nessa perspectiva, um dos mecanismos básicos de construção de sentido se trata da emulação conceptual (cf. RODRIGUES et al, 2020; DUQUE, no prelo), que se realiza em uma dimensão online, como metáforas situadas (VEREZA, 2013b), e em uma dimensão offline, como metáforas conceptuais (LAKOFF; JOHNSON, 1980). Apresentamos, então, um exame parcialmente multimodal de ambos os tipos de realização, cujos resultados apontam para um vasto uso de metáforas situadas de CIÊNCIA e um padrão emulativo particular de metáforas situadas de CIÊNCIA MODERNA, que nos possibilitaram identificar a metáfora conceptual CIÊNCIA MODERNA É UM SER HUMANO. Discutimos, ainda, o possível valor argumentativo no emprego dessas metáforas.
A museóloga Joana Flores integra uma nova geração de pesquisadores, entre aqueles que ousam colocar o dedo na ferida da discussão sobre a temática da escravidão e seus desdobramentos históricos. Além de escritora, soma experiência nas áreas de documentação, exposição, revisão e elaboração de textos expográficos. Atualmente desenvolve pesquisas voltadas aos temas de gênero, raça, subalternidades, memórias, narrativas e museus e tem dedicação profissional na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, em Cachoeira (BA).
Resenha do livro SILVA, Maria Alice Pereira da. Pedra de Xangô: um lugar sagrado afro-brasileiro na cidade de Salvador. Recife: Liceu, 2019. 157 p.
Palavras-chave: Pedra de Xangô; Sagrado; Afro-Brasileiro
<p>MATTOS, Florisvaldo. <em>A comunicação social na Revolução dos Alfaiates</em>. 3. ed. Salvador: Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, 2018.</p><p> </p><p> </p><p align="center"><strong><em>INDÍCIOS DO JORNALISMO BRASILEIRO</em></strong></p><p align="center"><strong><em> </em></strong></p><p align="center"><strong><em>INDICATIONS OF THE BRAZILIAN JOURNALISM</em></strong></p><p><em> </em></p><p align="center"><strong><em>INDICIOS DEL PERIODISMO BRASILEÑO</em></strong></p><p align="center"><strong> </strong></p><p align="right"> </p><br /><p align="right"> </p><div> </div>
Um dos conceitos basilares da Linguística Cognitiva é o de esquema de imagem (ver LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987; TURNER, 1991; GIBBS; COLSTON, 1995; etc.). Frente a uma variedade quase discordante de definições para os esquemas de imagem, Grady (2005) propõe um refinamento teórico. Com o mesmo objetivo, este trabalho propõe uma definição refinada que, à luz da abordagem ecológica de cognição e linguagem (DUQUE, 2016, 2017, 2018), caracterize os esquemas como emergentes de uma relação simbiótica entre organismo e ambiente. Apresentamos os conceitos de esquematização e de esquematicidade como novos modelos para tratar dos esquemas dentro da nossa abordagem. Além disso, o nosso refinamento inevitavelmente esbarra no conceito de metáfora primária. Assim, através da hipótese da emulação (DUQUE, 2016), abordamos a metáfora primária DIFICULDADE É PESO de uma forma mais dinâmica, ao relacioná-la ao processo de esquematização. A partir da psicologia ecológica (GOLONKA; WILSON, 2016) e da Teoria Neural da Metáfora (LAKOFF, 2008), apresentamos também possíveis correlações desses processos à formação de circuitos neurais.
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