O monitoramento contínuo da pressão arterial, associado a uma adequada prescrição medicamentosa a pacientes com hipertensão arterial sistêmica, mostram ser um desafio quando se trata de recomendações terapêuticas padronizadas no controle da hipertensão. O presente estudo teve como objetivo descrever o perfil farmacológico da utilização de anti-hipertensivos por pacientes de unidades de saúde e a adequabilidade das prescrições à diretriz brasileira de hipertensão. Trata-se de um estudo transversal, realizado a partir de dados secundários de prontuários de pacientes acompanhados pelo HIPERDIA. Os dados foram comparados com as recomendações de prescrição de anti-hipertensivos contidas na Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, sendo descritas análises de frequências absoluta e relativa. Foi observado que diuréticos e inibidores da ECA representaram as classes medicamentosas mais prescritas. A prescrição de apenas um anti-hipertensivo foi mais prevalente entre aqueles pacientes com até 5 anos de diagnóstico de hipertensão. Divergências com as recomendações da diretriz foram observadas, principalmente, nas prescrições envolvendo dois ou mais medicamentos, representando um percentual de 16% destas.
A precarização da assistência à saúde e dificuldades nos atendimentos de urgência afetam a sociedade, comprometendo a resolução imediata dos seus problemas de saúde. Sendo assim, quando existe doença, a população recorre a diversos meios para resolvê-la como a automedicação. O presente estudo objetivou discutir dados quanti-qualitativos resultantes de um projeto de extensão envolvendo usuários de unidades de saúde e promover reflexões pedagógicas na formação profissional de estudantes de medicina. Trata-se de estudo transversal quanti-qualitativo delineado a partir de uma ação extensionista centrada na realização de rodas de conversa. Análises de frequências absoluta e relativa foram realizadas através do programa Jamovi®. Os dados obtidos são resultantes das experiências das ações e informações coletadas nas rodas de conversa. Registrou-se que 73% dos usuários conhecem os riscos da automedicação, mas, ainda assim, essa prática é relatada por 89% deles. As principais justificativas para a automedicação foram: praticidade na aquisição (72,3%), demora no atendimento ambulatorial (33,2%) e difícil acesso aos profissionais de saúde (27,7%). Observou-se também que as estratégias utilizadas permitiram que fossem promovidas reflexões sociais que tangenciaram os problemas da comunidade ao processo de ensino-aprendizagem dos estudantes, através de diálogos coletivos focados nas causas e consequências da automedicação, ocasionando maior aproximação entre os estudantes e a comunidade.
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