Durante sua trajetória histórica, a educação escolar indígena brasileira tem conquistado o seu reconhecimento oficial como um ensino específico, diferenciado, intercultural e bilíngue. Tem buscado no currículo em ação, a valorização dos seus etnoconhecimentos tradicionais. A etnomatemática na educação escolar indígena nos anos iniciais do ensino fundamental I configura-se como o objetivo central deste estudo, visando apresentar artefatos socioculturais como estratégia para ampliar o processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos de ensino numa escola indígena pataxó da Bahia. O marco teórico-metodológico enquadra-se dentro de uma abordagem qualitativa. Em relação aos objetivos, está alinhada à pesquisa exploratória e dentro dos procedimentos da pesquisa etnográfica associada com a pesquisa-ação. Os resultados revelaram melhoria significativa de 87% nas avaliações processuais. Os discursos de 100% dos alunos pesquisados revelaram maior interesse para aprender os conteúdos matemáticos por meio do uso de artefatos socioculturais da etnia Pataxó. Verificou-se que o uso dos artefatos enquanto material concreto estabeleceu uma aproximação positiva entre a matemática cultural da educação indígena com a matemática escolar. Constatou-se nas vozes da comunidade que o uso de artefatos socioculturais possibilitou valorização, reconhecimento e disseminação de seus conhecimentos matemáticos tradicionais nas aulas. Conclui-se que os artefatos socioculturais específicos promoveram aprendizagens significativas nos processos educativos de ensino e de aprendizagem dos conteúdos matemáticos prescritos pela atual Base Nacional Comum Curricular para os anos iniciais. Isto trouxe maior motivação dos alunos para aprender, bem como a adequação da matemática à cultura e a identidade sociocultural desta etnia.
of the panel presented at the SBBq annual meeting (see Attachment).
Esta pesquisa teve como objetivo analisar as representações sociais sobre a Matemática dos anos iniciais do Ensino Fundamental I nas concepções e crenças de seus protagonistas principais do processo educativo. Investiga também seus reflexos no ensino e aprendizagem. A perspectiva teórica é centrada em Serge Moscovici sobre a Teoria das Representações Sociais e apresenta-se o formato atual da formação matemática assegurada nos cursos de Licenciatura em Pedagogia. O objetivo do trabalho consistiu em mapear a representação social sobre a Matemática de alunos e professores pesquisados. O problema de investigação foi: será que a TRS pode explicar as dificuldades de seus protagonistas para ensinar e aprender os conteúdos matemáticos prescritos pelo currículo legal? Em relação ao marco metodológico, a pesquisa está ancorada na abordagem qualitativa e nos procedimentos da pesquisa fenomenológica, tendo 50 sujeitos participantes da pesquisa. Destacam-se entre os resultados a prevalência das representações sociais negativas sobre a Matemática, revelados pelos sujeitos da pesquisa e ainda: verifica-se que as representações sociais sobre a Matemática são construídas e cristalizadas no seio familiar, social, escolar e acadêmico. Constata-se no discurso dos professores a falta de domínio conceitual sobre os conteúdos de Matemática dos anos iniciais trazendo reflexos na aprendizagem dos alunos. Assim, conclui-se que ha uma emergência no aprofundamento de estudos na formação inicial nos cursos de Pedagogia leitura e estudo sobre a TRS, visando melhoria na aprendizagem e nos resultados dos indicadores de larga escala.
Na historiografia da educação brasileira desde o período colonial em todos os níveis, modalidades de aprendizagem, contextos, e documentos educacionais representa a cultura e conhecimentos sociocientíficos de base eurocêntrica, machista, masculina, estadunidense e brancocêntrica, em contrapartida no currículo escolar há apagamentos das produções científicas produzidas pelos pensadores de matriz africana nos currículos escolares. Objetiva-se nesta pesquisa apresentar o uso didático de filmografias antirracistas no ensino e aprendizado em Educação Ciências e Educação Matemática no ensino na Educação Básica; O trabalho justifica-se para efetivação explícita da Lei nº 10.639/2003, e da falta de saberes dos alunos na educação básica sobre conhecimentos de Ciências e Matemática de matriz africana. A questão norteadora delineada: filmografias com temáticas antirracistas têm potencialidade para promover descolonização curricular no ensino de Ciências e matemática? O caminho metodológico desenhado consistiu-se numa pesquisa qualitativa nos procedimentos da Pesquisa-Ação realizada em 2019; Para coleta de dados utilizou-se entrevistas semiestruturadas com96alunos; A análise dos dados foi engendrada na metodologia qualitativa da análise do conteúdo em associação com a análise do discurso. Dentre os principais resultados constatou-se que filmes antirracistas promoveram contato dos alunos com produção científica de matriz africana; Verifica-se que ensinar conteúdos de ensino de Ciências e Matemática por meio do recurso didático de filmes antirracistas promoveu efetivação da Lei n°10.639/2003. Conclui-se que, os usos de filmes antirracistas têm ação potencializadora para descolonização do currículo escolar nas supracitadas disciplinas, contribuindo significativamente para estudo dos alunos com saberes científicos produzidos pelos intelectuais de matriz africana.
O ato de contar histórias, muito empregado na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, traz uma série de benefícios aos estudantes. Aqueles que, sistematicamente, participam desta prática são apresentados a novas realidades e novos mundos de representação, o que pode significar um relevante ganho na aprendizagem. Teria esta prática similar benefício para os estudantes de Ensino Médio? Este questionamento motivou o desenvolvimento da experiência Contando histórias no Ensino Médio: estratégia para estímulo à aprendizagem matemática, relatada neste texto. Diferentemente da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, a narração de histórias no Ensino Médio deve ter abordagem diferenciada, com adaptações em relação às narrativas direcionadas aos pequenos estudantes. Neste trabalho, o objetivo das histórias em sala de aula foi atrair a atenção do estudante secundarista e, a partir disso, iniciar tópicos de Matemática, servindo como motivação inicial. Devido à escassez de bibliografia de narração de histórias para adolescentes, este pesquisador buscou narrativas, inclusive com familiares, que tivessem relação com o conteúdo a ser abordado e com o dia a dia do estudante, valendo-se do esforço para alterações que pudessem contribuir com o êxito da prática. Após a observação sistematizada dos resultados da narração de histórias para adolescentes, verificou-se maior envolvimento dos estudantes nas aulas de Matemática, o que refletiu, inclusive, na melhoria das notas das avaliações aplicadas posteriormente.
O ensino formal da Educação Matemática na Educação Básica inicia-se na Educação Infantil em seguida no Ensino Fundamental I sendo o seu ensino de competência do profissional com formação nos cursos de Licenciatura em Pedagogia: Na formação inicial é assegurado na organização curricular saberes curriculares e disciplinares sobre os conteúdos de ensino de Matemática desta etapa da Educação Básica. Um dos atuais desafios para melhoria do ensino e aprendizado dos alunos brasileiros em Matemática vem sendo o uso de variadas estratégias metodológicas para o ensino dos conteúdos curriculares, dentre elas à metodologias ativa: Tertúlia Dialógica Pedagógica (TDP), com imbricação das principais tendências nacionais e internacionais em Educação Matemática no processo de ensino- aprendizagem. O caminho metodológico na abordagem da pesquisa qualitativa nos procedimentos da Pesquisa- Ação, realizada no segundo semestre letivo de 2019, com 40 discentes do curso de Pedagogia do Ceuenes/Ufes; Para coleta de dados recorreu-se ao uso de entrevistas semiestruturadas e produção textual individual; Para análise dos dados buscou-se à metodologia da análise textual discursiva. Entre os principais resultados destaca-se o contato no laboratório de Matemática das 39 discentes acerca das principais tendências em Educação Matemática para ensino dos conteúdos previstos; verifica-se potencialidade da metodologia ativa das TDP, para o ensino de Matemática no curso de Pedagogia. Conclui-se que na formação inicial em Pedagogia assegurar o ensino do componente curricular por meio das TDP em tessitura com as tendências atuais em Educação Matemática, configura-se potencializadora prática inovadora para formação matemática destes futuros profissionais no exercício do magistério no Ensino Fundamental I.
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