In this work, we investigue the occurrence of applicative constructions in three Brazilian indigenous languages: Paumarí (Arawá family), Guarani and Tupinambá (Tupi-Guarani family), in the light of Pylkkänen's (2000Pylkkänen's ( , 2002 typology for applicative heads. We have observed the existence of two types of applicative morphemes in these languages: (i) those which select intransitive verbs, licensing syntactic objects with different theta roles (source, comitative, instrument, locative) -(High Applicatives); and (ii) those which are only attached to transitive verbs and which introduce objects with specific theta roles: source or goal/benefactive -(Low Applicatives). Through this typology, it was possible, then, to identify two types of applicative constructions in Tupi-Guarani: comitative causative and possessor stranding.
Neste artigo, temos como objetivo identificar e descrever algumas construções envolvendo tópico e foco em duas línguas da família Tupi-Guarani: Asurini do Trocará e Tupinambá. Com base na abordagem cartográfica de Rizzi (1997,2004) para a periferia esquerda da oração, forneceremos evidências para a manifestação de diferentes tipos de categorias discursivas, como tópico com deslocamento para a esquerda e foco nas construções conhecidas como Indicativo II. Com a fi nalidade de enriquecer o nosso trabalho, resgatamos a análise de Rodrigues (1990) sobre um determinado tipo de foco verifi cado em Tupinambá que apresenta comportamento semelhante ao sistema de obviation encontrado nas línguas algonquinas.
Este trabalho visa a oferecer uma breve descrição das estruturas aplicativas verificadas na língua Paumarí (família Arawá) e a classificar os morfemas envolvidos em tais construções, de acordo com a tipologia de morfemas aplicativos estabelecida por Pylkkänen (2000 e 2002).PALAVRAS-CHAVE: Núcleos funcionais. Aplicativos. Estrutura argumental. Línguas indígenas. Paumarí.ABSTRACTIn this work, we aim to offer a brief description of the applicative structures observed in the Paumarí language (Arawá family) and to classify the applicative morphemes involved in such constructions, according to Pylkkänen´s(2000, 2002) typology. KEYWORDS: Functional heads. Applicatives. Argument structure. Indigenous languages. Paumari language.
A quantificação é um tema de investigação ainda pouco explorado entre as línguas da família Tupi-Guarani. Vieira (1995) foi uma das primeiras investigadoras a realizar uma análise preliminar sobre os tipos de quantificadores empregados em uma língua desse grupo linguístico: o Asurini do Trocará. Já se vai mais de vinte e cinco anos desde essa publicação e até hoje ainda não surgiu nenhum outro estudo sobre a expressão da quantificação nessas línguas. O nosso objetivo neste artigo é bastante simples: resgatar a pesquisa inicial de Vieira, trazendo-a como ponto de partida para a realização de um estudo comparativo entre o Asurini e outras duas línguas geneticamente relacionadas: o Tupinambá e o Guarani Mbyá. Para fins da descrição dos termos quantificacionais encontrados nessas línguas, fazemos uso da distinção sugerida por Partee et al. (1987) entre dois tipos de quantificação: D(eterminante) e A(dverbial). A quantificação-D se refere aos elementos determinantes, ao passo que a quantificação-A engloba elementos de categorias sintáticas variadas, como: advérbios, verbos auxiliares e afixos verbais e nominais, dentre outros. Mostramos aqui, assim como já o fez Vieira (1995), que as línguas da família Tupi-Guarani sob investigação empregam somente quantificadores-A para expressar noções de cardinalidade e de quantificação universal. Esses quantificadores exibem escopo não-seletivo, podendo operar não só sobre predicados (eventos), mas também sobre NPs (indivíduos). Uma característica interessante dos quantificadores-A que expressam cardinalidade é a sua indeterminação categorial que permite que se realizem ora como advérbios ora como verbos. Essa mudança de categoria pode ser explicada pela Morfologia Distribuída (Marantz, 1997; Siddiq, 2009) que sugere que as classes das palavras são derivadas sintaticamente pela junção de raízes lexicais com núcleos funcionais específicos. Além de palavras independentes, os sufixos nominais e verbais são utilizados para expressar o indefinido “muitos” e o quantificador universal “todos”. Estes sufixos também são operadores não-seletivos que podem ligar qualquer variável disponível sob o seu escopo, como os argumentos absolutivos e o evento verbal. Vê-se, então, que noções quantificacionais importantes são codificadas nas línguas da família Tupi-Guarani por meio de quantificadores-A –advérbios, verbos e sufixos-, em detrimento de quantificadores-D.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.