O objetivo desta pesquisa foi o de avaliar o alcance da utilização de práticas intervencionistas em sala de aula de Graduação do curso superior em Ciências Contábeis na sensibilização de estudantes para o uso de instrumentos contábeis aliados ao aconselhamento empresarial. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, de cunho exploratório, realizada no âmbito da aprendizagem experiencial, com alunos da Graduação em Ciências Contábeis de uma IES Pública em um período de três meses. Os resultados mostraram-se satisfatórios, o processo de sensibilização foi completo, no qual estudantes de contabilidade puderam vivenciar a dura realidade dos pequenos empreendedores, destacando a grande contribuição que a Ciência Contábil pode oferecer. Assim, conclui-se com essa pesquisa que: a educação empreendedora é efetiva e possui potencial de desenvolver competências desejáveis em jovens em formação; a aprendizagem experiencial pode ser utilizada com sucesso no âmbito da educação empreendedora; a discussão sobre a educação empreendedora e o desenvolvimento de pequenas empresas brasileiras precisa envolver a contabilidade; e a combinação de educação empreendedora e prática experiencial pode reestruturar a prática docente com metodologias ativas de ensino-aprendizagem.
Esse artigo explora a produção científica nas áreas de empreendedorismo e comportamento empreendedor. Seu principal objetivo foi investigar a participação dos autores na produção científica de trabalhos sobre a área ESO - Estratégia em Organização, sub áreas empreendedorismo e comportamento empreendedor apresentados nos EnANPADs dos anos compreendidos entre 2003 e 2012 e verificar se a produtividade intelectual em pesquisa na área escolhida seguiu uma distribuição de Poisson no período. Em relação a metodologia, essa pesquisa se classifica como descritiva de natureza empírica e quantitativa, tendo sido realizado uma pesquisa documental junto aos Anais dos Encontros da ANPAD. Especificamente, investigou-se a produtividade dos autores com base nos parâmetros estabelecidos pela Lei de Lotka utilizando o modelo Lagrangiano de Poisson. Como resultados, observou-se a participação de 387 autores e coautores diferentes nos 191 artigos analisados, sendo constatado que 16,28% dos autores publicaram duas ou mais vezes, enquanto 83,72% dos autores publicaram apenas uma vez, demonstrando baixo índice de produção científica individual e uma grande pulverização do conhecimento científico, confirmando os pressupostos da Lei de Lotka. Por outro lado, quando calculada a produtividade com base no modelo Lagrangiano de Poisson, as frequências observadas ficaram bem distantes das frequências esperadas, concluindo-se que o modelo de Lotka se ajustou melhor aos dados levantados.
Tendo os royalites da mineração como origens de recursos públicos dos municípios nos quais a atividade mineral ocorre, essa pesquisa tem como objetivo analisar, por meio de indicadores sociais, se a aplicação dos royalties da mineração tem impactado positivamente no desenvolvimento dos municípios mineiros. Para tanto, utilizou-se na pesquisa documental a prestação de contas anual das prefeituras e câmaras municipais, informações sobre população municipal no site do IBGE e obtido o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, sendo posteriormente utilizadas técnicas de regressão linear e análise de clusters. Os resultados indicam que o aumento da dependência dos royalties da mineração implica na redução do desenvolvimento humano dos municípios de base mineral. Além disso, não foram encontradas evidências de que a atividade mineral proporcione altos níveis de geração de emprego e distribuição de renda. Portanto, é necessário que esses recursos sejam geridos de forma mais eficiente, priorizando-se projetos que estimulem a diversificação econômica dos municípios. Palavras-chave: Royalties da mineração; Gestão por indicadores; Eficiência governamental; Desenvolvimento humano.
O cenário do ambiente organizacional das Instituições de Ensino Superior privadas (IESP) no Brasil vêm se alterando com a formação de grandes grupos educacionais, por meio de fusões e incorporações e do desenho de um novo contexto da educação superior, diante de um ambiente de alta competição, pautado pela busca de vantagens competitivas e pela diferenciação. Nesse contexto, o objetivo dessa pesquisa foi o de analisar as competências utilizadas pelos coordenadores de curso para responderem às novas demandas estratégicas em uma IES privada que sofreu um processo de aquisição, passando a fazer parte de um grande grupo econômico da área educacional. Quanto à metodologia, trata-se de uma investigação qualitativa, exploratória, de amostra não-probabilística. Os resultados indicaram que o papel dos coordenadores de cursos vem sofrendo mudanças, sendo que alguns desses profissionais que já possuem experiência em gestão, adaptam-se mais facilmente; enquanto outros, sem experiência gerencial, através do sensemaking atribuem novo sentido às tarefas para serem capazes de desempenhar as funções. Concluiu-se que o cenário de alta competitividade das IESP tem impactado na atuação dos coordenadores, diminuindo a sua atuação acadêmica e o uso de competências para o gerenciamento do curso como uma unidade de negócios.
RESUMOParte-se da premissa de que, nos últimos anos, o setor supermercadista tornou-se altamente competitivo, o que estimulou os pequenos varejos supermercadistas a procurar novas estratégias, tais como a organização por meio de redes, em busca da sustentabilidade do negócio. Nesse contexto, essa pesquisa teve como objetivo investigar como o pequeno varejo supermercadista da região metropolitana de Belo Horizonte se organiza em redes. Para tanto foi realizada uma pesquisa de cunho exploratória, por meio de pesquisa bibliográfica, análise documental de documentos da Associação Mineira de Supermercados (AMIS) e entrevistas com os gestores das sete redes varejistas supermercadistas organizadas na região metropolitana. Todas as redes são horizontais, setoriais, sendo a maioria formalizada, somando 162 supermercados participantes. As redes não possuem atividades entre si (interredes) apenas atividades em relação aos próprios associados (intrarrede), tais como estrutura de apoio às compras e distribuição de mercadorias. Negociam em nome dos supermercadistas e obtêm 1 Artigo submetido em 18/12/2014, revisado em 12/03/2017, aceito em 13/06/2017 e divulgado em 15/12/2017 pelo Editor João Carlos Hipólito Bernardes do Nascimento, após double blind review.
Este artigo objetiva investigar a cooperativa D’Irituia no que diz respeito ao seu processo de produção e contexto socioeconômico. Para realizar a coleta de dados, 29 entrevistas foram validadas em uma amostra de 90,63%. Os questionários foram aplicados nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2019. Dentre as principais atividades produtivas desenvolvidas pelos cooperados, destacou-se a produção de produtos florestais não madeireiros. O sistema de produção desenvolvido está baseado em sistemas agroflorestais com predominância de espécies frutíferas. A boa participação das mulheres no quadro social é decisiva para o desenvolvimento da cooperativa, porém, a força de trabalho encontra-se diminuída. É imprescindível buscar certificação orgânica. Existe ainda, a necessidade de fortalecer cada vez mais a marca D’Irituia. Nesse sentido, é fundamental o apoio governamental para projetar os produtos da cooperativa, pois a não diferenciação das embalagens dificulta uma identidade visual que represente a cooperativa.
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