Neste artigo, discute-se o efeito das instruções de leitura nas aulas de Língua Portuguesa. Com base nos estudos sobre leitura, bem como nas pesquisas qualitativa e documental e na análise de conteúdo, buscamos verificar os tipos de instrução que foram usados nas aulas ministradas por uma estagiária e com que frequência cada um foi mobilizado, bem como a relação entre eles e o engajamento dos alunos nas atividades e a quantidade de questionamentos que fizeram. Os resultados revelam que quanto mais leitura em voz alta e discussão oral sobre o texto maior é o engajamento dos alunos do 9º do Ensino Fundamental e menor a quantidade de dúvidas por eles demonstradas. O estudo também evidenciou que na prática de leitura silenciosa eles mostraram compreender menos os textos lidos em sala de aula.
Neste artigo, apoiando-nos na abordagem qualitativa de pesquisa, verificamos de que forma as orientações sobre o ensino presentes no Manual do Professor podem viabilizar a avaliação formativa da leitura. Para isso, inicialmente, realizamos uma pesquisa bibliográfica sobre o tema, seguida da seleção de dois Manuais do Professor, de livros didáticos do 8º ano, utilizados em escolas públicas de Belém e aprovados no PNLD/2014. Depois, descrevemos os Manuais, observando as discussões teóricas e orientações metodológicas destinadas à leitura e à avaliação e, em seguida, analisamo-los, valendo-nos dos estudos desenvolvidos por Batista (2009) sobre livro didático, por Solé (1998) e Koch e Elias (2014) sobre leitura, por Allal (1986) e Hadji (2011) sobre avaliação formativa e por Condemarín e Medina (2005) e Beserra (2007) sobre avaliação da leitura. Após a reflexão dos Manuais, orientada pelas perguntas de pesquisa, observamos que estes trazem reflexões para o ensino de leitura, sob o viés do cognitivismo e do interacionismo. Em relação à avaliação, verificamos que se assume a concepção formativa de avaliação; no entanto, não são propostos instrumentos e critérios para o professor avaliar a leitura. Com base nos dados, argumentamos que as orientações sobre o ensino e a avaliação da leitura não são suficientes para o professor realizar um trabalho que favoreça o desenvolvimento das habilidades de leitura dos alunos.
Neste artigo, apresentamos uma reflexão sobre o ensino de estratégias de leitura, durante a realização de três sequências didáticas orientadas por gênero em turmas do 9º ano do Ensino Fundamental II. Para realizar a pesquisa, apoiamo-nos nos estudos sobre gênero textual, estratégias de leitura e modelização didática, os quais nos guiaram na construção de modelos e sequências didáticas e na análise dos dados construídos ao longo de 32 horas-aula. Como procedimento metodológico, recorremos às pesquisas qualitativa e documental, a fim de alcançar o nosso objetivo de pesquisa, a saber: Demonstrar se e de que maneira estratégias de leitura foram ensinadas por três estagiárias. Os resultados da pesquisa mostraram que em determinados momentos as estagiárias levaram os alunos a desenvolver estratégias de leitura, mas em outros as instruções apresentadas e os procedimentos utilizados na realização das atividades mostraram-se insuficientes para que eles, primeiro, entendessem as estratégias de leitura como uma forma de melhorar a compreensão leitora e, segundo, aprendessem a utilizá-las. A análise revelou que as estagiárias sabiam em que consistia cada estratégia prevista nas sequências didáticas, mas tiveram dificuldades em ensiná-las, o que nos leva a pensar que os cursos de formação de professores precisam focar mais em instruções de leitura.
Neste ensaio, tratamos da Análise do Discurso enquanto um procedimento teórico-metodológico, apresentando três de suas abordagens, a saber: dialógica, psicanalítica e crítica. O nosso objetivo principal consiste em demonstrar os princípios teórico-metodológicos das abordagens apresentadas, bem como procedimentos adotados para descrever e analisar o discurso conforme cada abordagem, destacando a reconstrução do contexto de emergência dos dados, o material a ser analisado, a seleção de mecanismos retóricos e linguísticos usados nos textos, entre outros modos utilizados. Adicionalmente, apresentamos um quadro multidimensional de análises discursivas como foco para pesquisas acerca da formação docente, no qual a análise do discurso é destacada como método de análise de dados verbais e não-verbais colhidos a partir de diferentes instrumentos, como questionário, entrevista, diário de campo, dentre outros.
Neste artigo, descrevemos aulas do gênero resumo, ministradas por um professor do 9º ano, de uma escola privada de Belém, com vistas a investigar quais as dimensões do gênero resumo são ensinadas, bem como a analisar se a forma como elas são didatizadas permite aos alunos se apropriar dos conteúdos e dos saberes ensinados referentes ao gênero-alvo. Como metodologia, adotamos a abordagem qualitativa de pesquisa e realizamos um estudo de caso, a fim de observar, compreender e interpretar as práticas de ensino de um professor. Para a análise dos dados, baseamo-nos nos estudos sobre gênero textual, sequência didática e escrita. Com base na análise das aulas, observamos que o grande desafio que se impõe à didatização de gênero na escola é a mudança na abordagem teórico-metodológica utilizada para tratar o objeto de ensino.
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