RESUMO -Os Profissionais do Impossível. Como admoestava Freud: " [...] uma escola deve conseguir mais do que não impelir seus alunos ao suicídio; ela deve lhes dar o desejo de viver". Mas como efetivamente fazê-lo? Como não se sentir impotente frente ao outro que demanda aprender? Como refrear o gozo do capital ou a tirania cientificista dos manuais pedagógicos? Há que se consentir as incertezas e ambivalências próprias do gesto de educar ou subverter a vontade de ignorância do outro sem abandoná-lo, fazendo valer assim seu desejo de viver. Com base nos conceitos de impotência, de impossibilidade e da teoria dos discursos, introduziremos as questões que abordaremos neste artigo. Palavras-chave: Impossibilidade e Impotência. Psicanálise e Educação. Alteridade. Discurso.ABSTRACT -The Professionals of the Impossible. As Freud admonished: "[...] a school should get more than not compel students to suicide, it must give them the desire to live". But how to do it effectively? How not to feel impotent against another who demands to learn? How to restrain the jouissance of the capital or the tyranny of scientism of the teaching manuals? We have to consent the uncertainties and ambivalences inherent to the manner to educate or subvert the will of ignorance of the other without abandon it, doing therefore his desire to live well. Based on the concepts of impotence, impossibility and of the theory of speech, we will introduce the issues that we discuss in this article.
This article, written as an essay, is the result of a theoretical research that questioned the categories of experience and time in the psyches of adolescent. Through the articulation of the psychoanalysis of the adolescent with the theme of time and the concept of experience in Walter Benjamin's theory, we seek to problematize the adolescent passage in the time settings in the current social bonding. The article suggests that we should not rush into diagnosis, because the current symptomatology of adolescence might be an expression of youth suffering and a resistance mechanism when facing the culture's conditions. Such conditions can produce an expansion of the time for understanding, as a delay of the encounter with the moment of conclusion. So, in order to produce conditions for the subject towards a self-interpretation, besides the instant, the time and the moment, it could be possible an extra time called interval. That interval could be an effect of the expansion of the time for understanding.
RESUMO Propomos uma reflexão sobre a ambivalência da escola sobre os adolescentes com trajetória infracional. Nosso problema consiste em demonstrar como a escola opera como lugar de exclusão, operando a partir da lógica segregatória do privilégio cultural. O método foi a revisão crítica da produção científica da psicologia e sociologia, usando como descritores “educação” e “adolescente em conflito com a lei” nas plataformas SciELO e Pepsic. Nos resultados constatamos que os índices de evasão escolar coincidem com a entrada na trajetória infracional dos adolescentes, fortalecendo o estigma e a exclusão. Perguntamos se, mesmo excludente e tão precária, não seria ainda essa escola formal melhor do que a não escola? Após análise da literatura defendemos a hipótese de que a escola pode funcionar como uma alça que oferece um ponto de apoio, proteção e referência para o adolescente com trajetória infracional, ainda que seu modelo seja anacrônico em relação ao efetivo exercício dessa possibilidade.
RESUMO O artigo constrói um espectro possível que entremeia os territórios da educação e da saúde no que tange ao mal-estar docente de hoje. Trata-se de algo muito alardeado, mas nunca profunda ou suficientemente esclarecido sobre o padecimento psíquico de professores que se dizem cada vez mais deprimidos, estressados, esgotados, angustiados, hipermedicalizados, em pânico ou desistentes. Com base na psicanálise, mas sem hermetismos conceituais, o texto desce aos detalhes e revela as forças desse mal-estar: a inibição do professor de se colocar à prova, sua coragem moral invertida e o recuo de seu desejo. Passa-se a compreender não apenas o que docentes narraram sobre suas vidas e práticas, mas também o quanto o aspecto genealógico, o narcisismo e a ausência de saberes podem estar contribuindo para manter uma “zona de depressão moral”, em que certos profissionais produzem o pior para si mesmos. E o que fazer? Através da “pesquisa-intervenção de orientação clínica”, metodologia empregada para o trabalho, mostramos aos formadores e aos gestores educacionais dispositivos possíveis para que a palavra seja liberada, o sintoma seja destravado e a responsabilidade de cada um seja politizada.
In this work we show that using two-photon correlation imaging and a suitably prepared source of photon pairs, antisymmetric optical aberrations of an imaging system can be cancelled out. The conditions under which this cancellation takes place are discussed.
RESUMO -O Que Quer Uma Professora?Partindo da sugestiva e não menos polêmica interrogação de Freud, O que quer uma mulher? (já que supõe o desejo dela: o que ela quer?), problematizamos o gênero, a maternagem, a feminização histórica e cultural do magistério e o simulacro masculino dessa profissão. Seria procedente a tríade mãe-mulher-pedagogia? Para responder, procuramos assinalar equiparações e contrastes entre a psicanálise e as teorias de gênero, como também diferenciar conceitos nunca bem esclarecidos acerca do feminino, da sexualidade feminina e da feminilidade, sendo esta última uma condição comum a mulheres e homens. Em seguida, interrogamos a suposta misoginia freudiana ao levar às últimas consequências sua noção de falo, para então perceber o deslocamento que a narrativa dos professores apresenta ao evocar a condição feminina como quiçá originária e inventiva. Palavras-chave: Psicanálise. Feminilidade. Gênero. Professor. ABSTRACT -What Does A Teacher Want?From the evocative and controversial question of Freud, What does a woman want?, we discuss the gender, the motherhood, the feminization of teaching history and culture and the masculine simulacrum of the profession. Could it be the triad motherwoman-pedagogy? To answer, we seek equivalence point and contract between psychoanaliys and gender theories, as well as we differentiate the concepts of female, female sexuality and femininity. The latter is a common condition for women and men. Then, we question the supposed Freudian misogyny to explore the notion of phallus. To understand it, in the narrative of the teachers, the displacement of the female condition as originary and inventive.
A noção de que vivemos em tempos de adolescência generalizada coloca em questão tanto o que diz respeito a formas contemporâneas do laço social quanto o conceito de adolescência em psicanálise para interpretá-las. As novas configurações produzem o empobrecimento do espaço público como sítio de construção de experiências. Destacamos como um dos efeitos de tal empobrecimento a disseminação do "discurso capitalista", que não promove o laço social, ao contrário, promove uma ilusão de completude ao nivelar sujeito e objeto. Essa espécie de curto-circuito produzido pelas práticas da cultura leva também à idealização do lugar da adolescência como tempo sublime da existência, a ser eternizado, e que resulta em um paradoxo de difícil solução por parte do jovem para atravessá-lo. Se todos querem eternizar o lugar da juventude, quem vai ocupar o lugar do adulto na relação com os adolescentes?
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