Nos manguezais da costa paraense, o extrativismo de caranguejos tem grande relevância econômica e cultural. Embora sejam áreas de domínio público, na prática, as comunidades do entorno instituem formas de apropriação que controlam o acesso, em resposta à crescente procura de caranguejos nos mercados urbanos, na região e fora dela. O artigo analisa tais formas de apropriação e os conflitos decorrentes, enfocando a localidade Pontinha de Bacuriteua (município de Bragança). Baseia-se em pesquisa qualitativa com dez experientes profissionais. A partir de observações e entrevistas realizadas entre 2011 e 2012, identificou-se que há territórios temporários de trabalho, paralelamente à visão social do manguezal como local de livre acesso. Sugerem-se estudos e discussões públicas, com a participação ativa dos trabalhadores do ramo, sobre a relação entre territorialidades locais e o extrativismo sustentável dos caranguejos. Esse é um aspecto crucial, sobretudo porque a área situa-se em uma unidade de conservação, a Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu.
O presente estudo objetivou analisar os discursos de professores sobre o papel da escola para o enfrentamento da violência sexual contra crianças no Ensino Fundamental no município de Augusto Corrêa-PA, Nordeste do Pará. A metodologia de pesquisa foi pautada na abordagem qualitativa. A técnica de coleta de dados foi o questionário com perguntas semiestruturadas. A amostragem foi constituída por 04 (quatro) professores de uma Escola Municipal de Augusto Corrêa-PA. A análise ocorreu pela organização e tabulação, seguida análise e interpretação dos discursos, com transcrição total ou parcialmente dos discursos mais expressivos. Os discursos dos professores demonstram a compreensão sobre a violência sexual, mas o desconhecimento sobre a Rede de Proteção dos direitos da criança e adolescentes. Neste sentido, eles apresentam em seus argumentos, que o papel da escola limita-se a conscientização, sem apresentar uma ação de protagonista no sentido do atendimento das crianças que já tiveram seus direitos violados. Tais discursos reafirmam a necessidade de formação inicial e continuada que possibilite um conhecimento acerca dos direitos humanos, sobretudo, medidas e ações efetivas para o enfrentamento da violência sexual na escola.
Nosso objetivo foi evidenciar os saberes relacionados com as práticas socioambientais dos tiradores de caranguejo da comunidade Pontinha de Bacuriteua em Bragança-PA. Para a compreensão desse modo de vida foi necessária uma abordagem qualitativa interdisciplinar sobre pesca artesanal e comunidades pesqueiras, englobando áreas do conhecimento como antropologia, sociologia e história. A metodologia aplicada foi composta de entrevistas semiestruturadas, auxiliada por observação direta. Os principais resultados foram a identificação de que os conhecimentos dos ciclos biológicos do caranguejo, dos movimentos das marés, das fases da lua, da composição físico-química do solo são instrumentos essenciais na captura do crustáceo em foco. Tais compõem-se de um conjunto de saberes que os tiradores aprenderam com e pelas gerações anteriores e que são colocados em práticas ao movimentarem-se em seus locais de trabalho, diariamente.
Nosso objetivo foi evidenciar os saberes relacionados com as práticas socioambientais dos tiradores de caranguejo da comunidade Pontinha de Bacuriteua em Bragança-PA. Para a compreensão desse modo de vida foi necessária uma abordagem qualitativa interdisciplinar sobre pesca artesanal e comunidades pesqueiras, englobando áreas do conhecimento como antropologia, sociologia e história. A metodologia aplicada foi composta de entrevistas semiestruturadas, auxiliada por observação direta. Os principais resultados foram a identificação de que os conhecimentos dos ciclos biológicos do caranguejo, dos movimentos das marés, das fases da lua, da composição físico-química do solo são instrumentos essenciais na captura do crustáceo em foco. Tais compõem-se de um conjunto de saberes que os tiradores aprenderam com e pelas gerações anteriores e que são colocados em práticas ao movimentarem-se em seus locais de trabalho, diariamente.
Este artigo faz a análise do texto literário Castanha do Pará (2018), de Gidalti Moura Jr., o qual busca averiguar o imaginário social da infância marginalizada presente na obra, pautando-se nos pressupostos da literatura comparada. A graphic novel narra o personagem Castanha, um meninourubu que sobrevive nas ruas do mercado Ver-o-Peso, em Belém do Pará. A análise volta-se para três aspectos da obra: a infância, a marginalização e a zoomorfização, visto que caracterizam o personagem enquanto menino em condição de rua e que compõem as figurações da cidade por onde Castanha percorre. Observa-se a condição marginal do menino enquanto forma de sobrevivência, e ainda a ineficácia das políticas públicas em impedir que esses grupos estejam em situações de exclusão e violência. Palavras-chave Imaginário. Graphic novel. Amazônia. Marginalização.
O objeto em questão é a participação na construção de um Plano de Manejo, dispositivo exigido pela implementação de um instrumento de política pública ambiental como a Resex. A referência territorial envolve a Resex Marinha Caeté-Taperaçu, situada no município de Bragança, Estado do Pará. O objetivo é compreender como se coproduziu o Plano de Manejo, relacionando-o a um contexto de ambientalização e participação para demonstrar as relações entre os atores envolvidos, seus conhecimentos, práticas e interesses em confronto. A partir de uma abordagem sociológica da ação pública, traz-se uma perspectiva das políticas públicas onde o Estado tem sua centralidade contestada e onde a participação de diferentes atores nas discussões e gerenciamento de seu território, se não tem sido evidente, não deixou também de se constituir enquanto horizonte de governança a ser buscado em dinâmicas e mobilizações locais, expressas na capacidade dos atores e de sua atuação em ações coletivas.
Através da disciplina intitulada “Gênero: um conceito relacional em comunidades tradicionais na Amazônia”, ofertada pelo Programa de Pós-Graduação em Linguagens e Saberes na Amazônia (PPLSA) da Universidade Federal do Pará (UFPA), realizou-se uma visita de campo na comunidade, tendo como resultado este ensaio etnofotográfico.Nossa intenção é seguir dialogando com as comunidades tradicionais amazônicas para desempenhar sua função de compreender os mais diferentes fenômenos nos campos da linguagem e dos saberes, em seus múltiplos contextos.
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