O presente artigo busca, por meio de uma análise das duas traduções da obra Água viva (1973) publicadas em língua inglesa, identificar e caracterizar duas diferentes imagens de Clarice Lispector no sistema anglófono. A primeira, construída por volta das décadas de 1980 e 1990, possui um tom que é marcadamente feminista, enquanto que a segunda, mais recente, parece buscar a preservação da característica estrangeira do tom e da imagem de Clarice.
Tradução do poema “Three Moments in Paris” de Mina Loy, ainda inédito em português do Brasil, seguido de um comentário sobre o texto e sobre a tradução.
The Vegetable, or From President to Postman e Scandalabra: a Farse Fantasy in a Prologue and Three Acts ainda hoje habitam o cânone dos Fitzgerald como obras de qualidade duvidosa devido ao fracasso de suas primeiras encenações – opinião esta que reflete a tendência de muitos pesquisadores em analisarem as duas peças de acordo com a tradição do teatro realista. Essa visão, no entanto, ignora por completo as expectativas do público da época, as tendências em voga no teatro que era produzido e encenado e, talvez ainda mais importante, o movimento de escrita modernista que mesclava convenções dramáticas e escrita em prosa para formular peças de natureza híbrida, os closet dramas. Este estudo analisa os dois textos dramáticos de acordo com a proposição do closet drama modernista para avaliar as rubricas criadas pelos autores enquanto um espaço de experimentação da escrita em prosa, buscando para isso paralelos com outras obras dramáticas que, escritas entre os anos 1920 e 1930, também flexibilizaram o espaço das rubricas.
No intuito de analisar a tradução como uma via pela qual se constrói a identidade de um escritor em outra língua, o presente artigo toma como objeto principal o volume Soulstorm, que reúne traduções para a língua inglesa dos contos de Onde estivestes de noite e Via crucis do corpo, de Clarice Lispector. O objetivo é mostrar como os paratextos desta edição auxiliam na construção de novas imagens de Clarice em língua inglesa, bem como indicar em que medida tais textos se encontram inseridos dentro de projetos maiores de tradução de Clarice para a língua inglesa.
O presente artigo delimita uma breve cronologia das traduções de Clarice para o inglês e retoma alguns conceitos dos Estudos da Tradução – sobretudo as noções de estrangeirização e domesticação – para discutir as duas versões existentes em língua inglesa de A paixão segundo G.H. (1964) e comentar as diferentes identidades autorais de Clarice Lispector construídas dentro do sistema anglófono. A partir dessa discussão, o artigo propõe uma leitura de duas obras autorais de Idra Novey, tradutora da segunda e mais recente tradução de G.H., para avaliar as tensões entre escrita autoral e escrita tradutora.
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