RESUMO: Este artigo tem como objetivo o estabelecimento de uma distinção entre dois conceitos implicados na prática escolar de reflexão linguística -a oposição entre caso e exemplo. Faremos a delimitação teórica desses conceitos, assim como desenvolveremos a análise de algumas propostas de trabalho, com aspectos linguísticos de textos presentes em livros didáticos de Língua Portuguesa, a fim de propor uma descrição mais precisa dos conceitos aqui trabalhados. Argumentamos que a escolha pela reflexão em torno de casos em detrimento à tendência a apresentar exemplos é um passo essencial rumo ao estabelecimento, nas práticas nas aulas de língua portuguesa, de um procedimento de reflexão linguística como vem sendo proposto por inúmeros estudos em Linguística Aplicada. PALAVRAS-CHAVE: reflexão linguística; ensino de língua portuguesa; material didático.ABSTRACT: This paper aims to establish a distinction between two concepts involved in the school practice of linguistic reflection -the opposition between case and example. First, the theoretical definition of these concepts is presented. Then, the analysis of a few proposals of work on linguistic aspects found in Portuguese language textbooks is done in order to advance a more precise definition of the concepts developed in this paper. We argue that the choice of basing linguistic reflection on cases rather than on presenting examples is an essential step towards the establishment of linguistic reflection in Portuguese language classes -as it has been proposed by many studies in Applied Linguistics.
Este ensaio teórico busca discutir como aspectos do campo conceitual na formação em saúde podem ter consequências materiais na perspectiva assumida por futuros profissionais. A partir da fundamentação teórica dos Modelos Cognitivos Idealizados (MCI), refletimos sobre qual é o estereótipo social consagrado de paciente ideal nesse campo, e quais são os corpos outros que são ocultados e/ou pouco considerados, mais tarde, nos atendimentos em saúde. Propomos que o tensionamento desse MCI para a construção de sentidos que vejam as intersecções em saúde permite levar em conta o impacto de determinantes sociais da saúde na vida de pacientes que são atravessados por opressões as mais diversas e que ficam à margem desse MCI. Por fim, vislumbramos a necessidade de práticas de ensino que permitam perspectivar modelos culturais que se radializem para as margens, bem como de se aprofundar competências culturais nas faculdades de ciências da saúde.
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