As atitudes de negação da finitude humana na sociedade ocidental atualmente constituem-se como reflexo de uma construção sociocultural e histórica. A influência cultural e a visão de uma enfermagem curativista dificultam a elaboração do luto durante o enfrentamento da morte do paciente provocando nos enfermeiros(as) sentimentos de fracasso, incapacidade e incompetência. O trabalho desenvolvido pela enfermagem revela-se cansativo desgastante, devido a convivência com a dor, sofrimento e morte dos clientes. Tais questões contribuem para o desgaste emocional – provocando o estresse. Desgaste no humor e desmotivação acompanhado de sintomas físicos e psíquicos acarretam um processo gradual para o agravamento do estresse entre outros sentimentos que podem evoluir para um desgaste emocional crônico, a Síndrome de Burnout. Este estudo tem por objetivo analisar as produções científicas que abordam os sentimentos gerados nos enfermeiros (as) durante o processo morte/morrer do paciente. Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão integrativa de caráter exploratório. Os artigos analisados encontram-se indexados nas bases de dados do Sciello e Lilacs. O período de estudo circunscreveu entre os anos 2001 a 2011. Os principais achados deste estudo possibilitaram uma análise sobre a produção científica em seis categorias: negação da morte e os sentimentos em relação ao fim da vida, desconforto durante o preparo do corpo, relação dos avanços tecnológicos com a obstinação terapêutica, dor incontrolável do paciente, despreparo do enfermeiro no enfrentamento da morte e sofrimento psíquico. Constatou-se que o despreparo do enfermeiro (a) reflete em um cuidado deficitário que gera situações (des)humanas e prejudiciais ao cuidado humano no fim da vida, revelando-se um “descuidado” do profissional que cuida.
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