RESUMO -Relato do caso de um paciente de 39 anos que tentou suicidar-se introduzindo dois pregos na região mediana da cabeça. Submetido com sucesso a craniotomia bifrontotemporal paramediana ampla, o paciente sobreviveu e não apresentou déficits motores.PALAVRAS-CHAVE: ferimento penetrante crânio-encefálico incomum, pregos, tentativa de suicídio. Suicide attempt by introducing two nails in the head: case reportABSTRACT -Case report of a 39 years old male patient who attempted suicide by introducing two nails in the midline of the head. He was successfully submitted to an extensive paramedian bifrontotemporal craniotomy, and survived without motor deficits.KEY WORDS: unusual penetrating craniocerebral injury, nails, suicide attempt.Ferimentos penetrantes crânio-cerebrais causados por prego têm sido registrados em decorrência de acidentes no uso de máquinas automáticas 1 . Têm sido registrados também em casos de agressão e, na antiguidade, referidos em casos de "possessão diabólica" 2,3 .O caso que relatamos é o único que sobreviveu a tentativa de suicídio por introdução de prego na cabeça, já que o outro relatado faleceu 4 . Ele se assemelha ao caso que sobreviveu após introdução de prego na cabeça durante assalto 3 . RELATO DO CASORML, paciente com 39 anos de idade, do sexo masculino, operário, deu entrada no Pronto Socorro do Hospital Heliópolis em 31-dezembro-1987, andando por si só e referindo que havia tentado suicídio pregando dois pregos em sua cabeça, sem auxílio de outra pessoa. Após pregar o primeiro prego, aguardou cerca de uma hora e meia e, como continuasse bem, martelou o segundo prego, nada apresentando a não ser dor. Procedente do Estado da Paraíba, o paciente não referiu tentativas prévias de suicídio e nem de tratamento psiquiátrico, mesmo em sua família.Ao exame, o paciente se apresentava em bom estado geral, estava lúcido, conversava calmamente e cooperava, embora um pouco acabrunhado. Externamente, apresentava apenas as duas cabeças de prego distantes cerca de 3 cm entre si, comprimindo o couro cabeludo na linha mediana da região frontal posterior, sem sangramento local (Fig 1). O exame neurológico era normal.
Com o advento da cirurgia transesfenoidal seletiva 7 . 8 . 9 .1 0 houve mudança na conduta frente aos casos de tumores de hipófise, uma vez que a exérese seletiva de adenomas, conservando-se indene o restante da glândula, já entra na rotina deste tipo de cirurgia. Com efeito, mediante uma intervenção cirúr-gica que envolve muito menos risco e tempo que uma craniotomia frontal e sem os efeitos deletérios da radioterapia 13 , os pacientes têm sido operados quando ocorrem os primeiros sintomas clínicos sem se aguardar ou protelar até que os sinais radiológicos ou clínicos se tornem grosseiramente evidentes.Assim é que o achado de mínimos sinais radiológicos 18 > 1 9 nos casos em que há síndrome endocrina bem estabelecida tem podido orientar o cirurgião para a localização de microadenomas ou de adenomas intrasselares.A vantagem desta conduta é óbvia pois a cirurgia, sendo realizada precocemente, permitirá o restabelecimento da função hipofisária 7 . 8 , ao passo que se realizada tardiamente, quando já não há mais células hipof isárias normais, quando a expansão tumoral atingiu tal volume que a compressão causou a atrofia das vias ópticas e/ou da hipófise e de outras estruturas hipotalâmicas, mesmo que o ato cirúrgico tenha sido um sucesso com queda do hormônio secretado, não restará ao paciente senão arcar com as conseqüências da seqüela deste tumor tido como benigno.É nossa intenção apresentar esses aspectos radiológicos precoces da sela turcica que possibilitam a localização de microadenomas. MATERIALNosso material compreende 68 casos de acromegalia, 33 de amenorreia-galactorreia e 15 de moléstia de Cushing (dentre os quais 5 com síndrome de Nelson) qu< * Do
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