O artigo tem o objetivo de identificar e compreender os tipos de interagentes-odiadores, sejam haters, trolls ou naysayers, presentes nas fanpages de políticos brasileiros que defendem pautas conservadoras e observar a relação homofílica ou heterofílica entre os atores envolvidos na produção e disseminação do cyberhate. A metodologia consiste na Análise de Conteúdo de 3.550 comentários contendo discurso de ódio recuperados nas páginas oficiais no Facebook dos parlamentares Jair Bolsonaro, Marco Feliciano e Rogério Peninha. Todos os três deputados foram protagonistas de declarações de intolerância religiosa, racistas, sexistas e homofóbicas, tanto em suas redes sociais quanto na mídia tradicional. Os resultados revelaram uma preponderância de interagentes-haters e alta relação entre o conteúdo da postagem e os comentários de ódio. Observou-se também que a relação homofílica dos interagentes com os respectivos parlamentares prevaleceu sobre as interação heterofílicas e o contra-ódio. O estudo aponta para a necessidade de uma aprimoramento na gestão deste tipo de conteúdo, principalmente na representação e recuperação de termos e expressões odientas.Palavras-chave: Gestão de Conteúdo. Discurso de Ódio. Haters. Trolls. Naysayers.
As redes sociais online, em especial o Facebook, plataforma observada nessa pesquisa, têm se apresentado como arenas de fomento ao ódio e incitação a violência. O objetivo desse trabalho e? analisar as pra?ticas de discurso de o?dio que se con guraram nos per s o ciais das senadoras da Repu?blica entre os dias 27 de Agosto e 03 de setembro - espaço temporal que abarca a conclusão do processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff. Para isso, utilizamos de abordagem qualitativa e quantitativa, com viés teórico-metodológico de análise de conteúdo em Mídias Sociais. A coleta de postagens e comentários foi realizada pelo software Netvizz e o universo de nido por palavras-chave. Um aplicativo, desenvolvido especialmente para a pesquisa, ltrou e organizou os posts e comments, codi cando automaticamente 7 (sete) das 15 (quinze) variáveis propostas. Espera-se que as ana?lises e discussões geradas pelo trabalho possam contribuir com os estudos de discurso de o?dio nas Mídias Sociais e encorajar futuras pesquisas de maior alcance.
O impasse social sobre discurso de ódio e liberdade de expressão na Internet tem impulsionado os Sites de Redes Sociais (SRS) a intensificarem suas políticas de moderação de conteúdo. A gestão do conteúdo de ódio em plataformas como Facebook, Twitter e Youtube é tão complexa, haja vista seu caráter multifacetado e o grande número de interagentes, que executivos destas empresas assumem a ineficiência de seus recursos (humanos e tecnológicos) na tentativa de controlar o escalonamento, duração, difusão e circunspecção de crimes e discursos odientos. O problema tem despertado a atenção de governos e organizações civis, que por sua vez aumentam a pressão sobre as plataformas no intuito de melhorarem suas escolhas editoriais e sua logística de monitoramento e remoção deste tipo de interação. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo comparar as ações realizadas pelo Facebook, Twitter e Youtube no que tange a formulação e ampliação de políticas e decisões sobre conteúdo individual de ódio. Para isto, foi realizado uma análise histórica (2015-2018) de dados secundários das políticas e termos de comunidade específicos de cada SRS numa análise das tomadas de decisão com os cinco tópicos do termo de compromisso que as empresas assumiram com a ADL -Liga Anti-Difamação, em 2013, no combate ao discurso de ódio online. Os resultados apontam o Facebook como o SRS que mais investiu em estratégias de combate a intolerância e incivilidade online, apesar da empresa não deixar claro os métodos empregados para tal fim. De modo geral, todas as plataformas evoluíram na estrutura operacional de denúncia de conteúdo odiento, mas se mostraram ineficientes em moderação, remoção e contenção da propagação do cyberhate.
Resumo Este artigo analisa os tipos e formas de discurso de ódio presentes na fanpage do político Jair Bolsonaro, entre os anos de 2013 e 2016 — período em que o parlamentar manifestava interesse em concorrer à presidência em 2018. Os procedimentos metodológicos envolvem uma articulação entre Mineração de Dados, Estatística e Análise do Conteúdo (AC) de 3.819.909 comentários. A extração dos dados foi realizada pelo Netvizz e um software foi desenvolvido exclusivamente para a mineração textual. A AC verificou os tipos de discursos de ódio presentes na página e a forma como os interagentes manifestaram a intolerância. Os resultados mostraram o ódio político-partidário como o mais recorrente, seguido pelo discurso sexista, LGBTfóbico e xenofóbico. As formas de manifestação mais recorrentes foram insultos e xingamentos, estereótipos e generalizações, sentimento de superioridade e ameaças.
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