IntroduçãoO presente trabalho investiga as relações do Brasil com África do Sul e Angola, nos campos da política, economia e defesa, no período compreendido entre 2003 a 2014. Mais especificamente são averiguadas as cooperações estabelecidas no âmbito da Defesa e seus efeitos para a manutenção da segurança no Atlântico Sul. Em relação aos procedimentos metodológicos, optou-se pela pesquisa bibliográfica e documental, do tipo qualitativa, já que se almejou identificar, descrever e interpretar os aspectos analisados em relação ao referido estudo.O mar sempre esteve relacionado com o progresso do Brasil. Foi a via do descobrimento, da colonização, das invasões estrangeiras, da consolidação da independência e do comércio exterior (Guerra 2011). Mesmo com os avanços tecnológicos e o surgimento de sociedades pós-industriais, aquele ambiente físico continua como elemento significativo para a compreensão da política e das relações internacionais (Dougherty e Pfaltzgraff 2003). Nesse contexto, a relevância do ambiente marítimo reside, dentre outros aspectos,
This article is based on the premise that the increasing human interaction in cyberspace elevates it to the level of a strategic domain and, as such, raises theoretical and practical challenges for International Relations. It is founded on an epistemological reflection on the fundamental assumptions of the paradigms that permeate International Relations. The main objective is to conceptualise cyberspace as the strategic domain in the 21st century, as well as to develop an analytical framework that will both provide evidence and investigate the resilience of the foundations of current International Relations, these being specifically, the following precepts: i) sovereignty based on territoriality, ii) state monopoly of power, and iii) accountability between international actors. With this in mind, the approach refers to defence documentation and scientific sources in order to reach a definition that will characterise cyberspace, considering its technical, scientific and strategic aspects. At the same time, the bibliographic work underpins the development of the analytical tool known as the Fundamental Conceptual Trinity of Cyberspace, based on the characteristics of the cyberspace domain: i) deterritoriality, ii) multiplicity of actors, and iii) uncertainty.
Resumo A pandemia da COVID-19, por demandar isolamento social, impõe aproximação e coordenação de esforços de entes públicos e privados por intermédio da Internet e dos serviços digitais. O artigo analisa o uso e a operacionalização do ciberespaço pela Administração Pública no combate ao SARS-CoV-2 e apresenta um diagnóstico das vulnerabilidades e desafios referentes a essa crescente operacionalização. A administração pública passou a operacionalizar o ciberespaço com mais afinco a partir da década de 1990, com o e-government. Estratégias de coordenação (inter)governamental impostas pela atual conjuntura seriam impossíveis sem a intensificação da operacionalização do ciberespaço pelo aparato administrativo público, que transpõe para o domínio digital práticas e ações pouco usuais ou mesmo inéditas. Dada sua artificialidade, o ciberespaço só pode ser operacionalizado por detentores de meios para tal. A “democratização” cibernética esbarra na exclusão digital. O atual isolamento social evidencia desafios técnicos e socioeconômicos decorrentes da transposição do aparato de administração pública para o ciberespaço.
Resumo A pandemia da COVID-19, por demandar isolamento social, impõe aproximação e coordenação de esforços de entes públicos e privados por intermédio da Internet e dos serviços digitais. O artigo analisa o uso e a operacionalização do ciberespaço pela Administração Pública no combate ao SARS-CoV-2 e apresenta um diagnóstico das vulnerabilidades e desafios referentes a essa crescente operacionalização. A administração pública passou a operacionalizar o ciberespaço com mais afinco a partir da década de 1990, com o e-government. Estratégias de coordenação (inter)governamental impostas pela atual conjuntura seriam impossíveis sem a intensificação da operacionalização do ciberespaço pelo aparato administrativo público, que transpõe para o domínio digital práticas e ações pouco usuais ou mesmo inéditas. Dada sua artificialidade, o ciberespaço só pode ser operacionalizado por detentores de meios para tal. A “democratização” cibernética esbarra na exclusão digital. O atual isolamento social evidencia desafios técnicos e socioeconômicos decorrentes da transposição do aparato de administração pública para o ciberespaço.
Este é um artigo publicado em acesso aberto e distribuído sob os termos da Licença de Atribuição Creative Commons, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que o autor e a fonte originais sejam creditados.
In March 2019, Nicolás Maduro claimed that the blackout in Venezuela was caused by U.S. cyber-attacks. This statement was promptly denied by Mike Pompeo, the U.S. Secretary of State. Irrespective of the truth of Maduro’s allegation, this episode highlights the diplomatic challenges for states in the contemporary information environment, in which contested narratives proliferate and embed themselves more durably because of the deterritoriality and disintermediation of the Internet. This is particularly true in the context of an emerging pattern of state actors conducting cyber operations against critical infrastructure in other states. The cumulative impact of these different strands is that states will likely struggle to control the perception of their intentions in the cyber domain, not only amongst governments but across the many national audiences that comprise the global public sphere. Focusing on Maduro’s allegation, this article analyses the political utility of cyber uncertainty, and its corresponding implications for states’ cyber strategies and decisionmaking.
Uma análise sobre o processo de securitização do ciberespaço* An analysis of the cyberspace securitization processResumo: O ciberespaço manifesta-se como novo domínio para as relações de poder na medida que diferentes atores o utilizam para perseguir seus interesses. Por ser dotado de uma lógica desterritorializadora -na qual múltiplos entes podem atuar de forma anônima -, o ciberespaço desafia concepções tradicionais de segurança e defesa nacional, ao passo que fluxos digitais perpassam diferentes territórios. Considerada a inserção da infraestrutura básica de um Estado no domínio cibernético, englobando sistemas bancários, de telecomunicações, transportes e diversos agentes, como os militares, observa-se uma crescente dependência da sociedade para com o ciberespaço. Tal dependência pode ser explorada por uma miríade de atores internacionais. Nesse contexto, por intermédio da concepção da Escola de Copenhague a respeito do processo de reconhecimento de ameaças por agentes securitizadores, o presente artigo investiga o processo de securitização do ciberespaço mediante análise dos livros brancos de defesa do Brasil, Alemanha e França.
Objetiva-se analisar o trabalho conjunto entre a Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS) e as agências humanitárias, destacando os óbices logísticos. Foram utilizados, como metodologia, a revisão bibliográfica e a análise documental. Argumenta-se que a guerra civil, que eclodiu no Sudão do Sul no final de 2013, levou a UNMISS a criar os chamados Protection of Civilian sites (POC sites), que são campos de deslocados internos localizados, pela primeira vez na história da ONU, dentro das bases militares de uma missão de manutenção da paz. Esses campos, que possuíam condições precárias devido à restrição de espaço gerada pelo imenso afluxo de deslocados, necessitaram de considerável esforço logístico humanitário para suprir as demandas que cresciam vertiginosamente. Além disso, os POC sites demandaram elevado nível de cooperação e coordenação entre peacekeepers e diversos agentes humanitários, o que gerou lições que poderão ser utilizadas em missões de paz que passarem por crises semelhantes.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.