O objetivo deste artigo é contribuir para a discussão das práticas de produção do cuidado pautadas pelo desafio de se deslocarem da hegemonia dos referenciais prescritivos e homogeneizantes no campo da Saúde, isto é, daqueles que submetem os processos de experimentação de uma vida a uma ideia geral e abstrata de vida, buscando enquadrar a experiência dos sujeitos em verdades que ditam maneiras de viver baseadas em concepções moralizantes e despotencializadoras. Nosso esforço será o de pensar, a partir da filosofia de Michael Foucault, um modo de estar em meio aos processos de produção do cuidado calcados por uma perspectiva ética em favor da vida em seu sentido mais amplo, norteados por aquilo que o filósofo denominou de uma “ética do cuidado de si”.
Este texto tem o objetivo de investigar as relações entre mente, corpo, conhecimento e afetividade na obra do filósofo holandês Bento de Espinosa (1632-1677). Busca-se, a partir deste exercício de apreensão conceitual, pensar o estatuto do corpo em sua obra, levantando algumas implicações dessa compreensão para a prática pedagógica. Por extensão, pretende-se articular Espinosa ao tema da educação em geral, vinculação pouco explorada quando comparada a outros pensadores clássicos da história da filosofia. Espinosa não possui uma teoria sobre a educação, no sentido pedagógico tradicional; o tema é pouco mencionado explicitamente em sua obra. Procura-se analisar este problema, levantando algumas pistas para a formulação de um éthos pedagógico inspirado em sua filosofia.
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