História, abordagens, métodos e perspectivas da teoria das representações sociais Historia, enfoques, métodos y perspectivas de la teoría de las representaciones sociales social representation tHeory: History, approacHes, metHods and perspectives
O objetivo deste artigo foi analisar repercussões da pandemia do COVID-19 para a educação em comunidades rurais nas quais estudantes de Licenciatura em Educação do Campo (LECampo) de uma universidade pública brasileira trabalham e/ou residem. O estudo refere-se a um recorte de uma pesquisa mais ampla, articulada ao projeto de extensão “Povos do Campo e a pandemia do COVID-19”, criado em abril de 2020. O percurso metodológico da investigação consistiu na aplicação de questionários online em dois momentos da pandemia no Brasil (abril/maio e julho de 2020). Tais instrumentos foram respondidos por 36 (trinta e seis) estudantes na primeira etapa e por 46 (quarenta e seis) estudantes na segunda etapa. Os dados foram analisados a partir dos dois momentos da pesquisa, descritos e comparados à literatura da área da Educação do Campo. Assim, no primeiro momento foi notado um maior movimento de manter as escolas fechadas e, no segundo momento, foram observadas tentativas de instaurar um Ensino Remoto Emergencial com distribuição de materiais e aulas/contatos online. Evidenciamos que a pandemia expôs e acentuou as desigualdades na oferta escolar na rede pública brasileira, sobressaltando a precariedade histórica das políticas públicas destinadas à educação das populações campesinas.
Este artigo se debruça sobre as relações da travestilidade/transexualidade e à prostituição em Belo Horizonte, questionando sobre quais acontecimentos na trajetória de vida das travestis e transexuais influenciaram na vivência da prostituição. Trata-se de um estudo qualitativo com seis travestis e transexuais que estão ou já estiveram prostitutas em Belo Horizonte, sendo selecionadas pelo método “bola de neve”. A coleta de dados foi feita através de entrevistas semiestruturadas, sendo que o roteiro foi construído de forma que as participantes fizessem um traçado sobre suas trajetórias pessoais, perpassando por elementos institucionais e das políticas públicas como a família, escola, o trabalho, a relação com a prostituição e a identidade de cada uma delas. A análise de conteúdo categorial possibilitou relacionar as trajetórias, destacando os pontos comuns ao grupo, em que as experiências vivenciadas pelas travestis nas instituições família, escola e a discriminação e a exclusão no mercado de trabalho formal contribuem para a inserção na prostituição. A partir da análise da fala das entrevistadas, fica explícita a necessidade de uma maior aproximação do Serviço Social na luta pela efetivação dos direitos da população LGBT.
O objetivo geral deste artigo consiste em (re)conhecer as repercussões da pandemia de COVID-19 na saúde (prática social e política pública) de sujeitos e comunidades do campo nas quais alunos/as do curso de Licenciatura em Educação do Campo da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (LECampo/FaE/UFMG) trabalham e/ou residem. Esta pesquisa está articulada ao projeto de extensão “Povos do Campo e a pandemia do COVID-19”, criado em abril de 2020. Os caminhos metodológicos da investigação consistiram na aplicação de questionários com questões fechadas e abertas, respondidos por 36 estudantes na primeira etapa (final de abril/início de maio de 2020) e por 46 estudantes na segunda etapa (meados de julho de 2020). Os dados foram analisados através da análise de conteúdo e foram construídas categorias em diálogo com alguns princípios do SUS: a) práticas de saúde frente à pandemia; b) acesso e divulgação de informações; c) ações em saúde pública, que contemplou o acesso a serviços de saúde, o atendimento sistêmico e o estabelecimento de prioridades e d) relação campo-cidade. Com a interiorização do Covid-19, ficou evidente a fragilidade no sistema de saúde com centralização nos centros urbanos, evidenciando a precarização histórica dos atendimentos nas cidades pequenas e no campo. Entre outros resultados, há persistência do reduzido acesso às políticas públicas, especialmente de saúde, por povos do campo no país. Ressalte-se o lugar da luta pela Educação do Campo como estratégia em defesa da valorização dos trabalhadores rurais, da agricultura familiar, das formas de vida e desenvolvimento campesino.
Este artigo contextualiza desafios das minorias sexuais e de gênero nas relações de emprego e trabalho em Belo Horizonte/MG. Realizou-se estudo quantitativo por meio de questionário estruturado que foi aplicado por conveniência e disponibilidade. Das respostas coletadas, 133 delas atendiam aos critérios se considerar LGBT+ e residir em Belo Horizonte. A amostra foi composta por gays, lésbicas, bissexuais, trangêneros, dentre outros. Os dados foram analisados a partir de estatística básica e análise de conteúdo lexical. Constatou-se que 0,33 está desempregado ou no mercado informal, 0,37 recebe mensalmente até um salário mínimo e somente 0,16 afirma ser altamente respeitado no trabalho. A maioria não conhece nenhuma empresa pró-LGBT (0,57) e medo é o principal motivo para não se assumir no trabalho (0,55). Percebeu-se a importância das políticas de inclusão e igualdade nas empresas, para que esse grupo experimente bem-estar no trabalho, visto que enfrentam dificuldades cotidianas, mesmo na utilização de banheiros.
Este texto tiene como objetivo analizar las representaciones sociales sobre la violencia para la población "T" (travesti y transexual) de Belo Horizonte/Brasil. Se utilizó entrevistas semiestructuradas y el análisis de contenido temático conjugado con el análisis léxico a través del software Iramuteq®. Se entrevistó a nueve (9) personas elegidos por disponibilidad. Los resultados apuntan que la RS estudiada está organizada en cuatro clases: (a) vivencias de la violencia (b) instituciones y proceso transicional, (c) identidad y género y (d) cuerpo y vivencia social. Así, la representación social de la violencia hacia las personas transgénero está relacionada con sus experiencias de vida, su proceso transicional, la aceptación familiar y la vivencia social.
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