Os autores apresentam neste relato uma revisão das alterações hematológicas na gestação. Apresentam dados conhecidos da literatura como a redução dos parâmetros eritrocitários, hemoglobina e hematócrito e o aumento da produção de eritropoetina sem que ocorra alteração da massa eritrocitária em relação ao peso corporal. Descrevem as alterações leucocitárias e as alterações humorais e suas repercussões imulógicas, assim como do nível das citocinas mensuráveis em nosso organismo durante o período gestacional. Descrevem também outras alterações do sistema hematológico durante a gestação e enfatizando além das mudanças hematimétricas, as mudanças do metabolismo do ferro e especulam sobre a sua necessidade de suplementação em gestantes normais e nos países em desenvolvimento. .azem ainda uma análise crítica da chamada anemia fisiológica, considerada uma hemodiluição fisiológica que ocorre neste período, e ponderam a necessidade do uso indiscriminado de compostos ferrosos durante a gestação. Rev.bras.hematol.hemoter.,2002,24(1): 29-36
Foi realizado estudo caso-controle com o objetivo de analisar os fatores de risco associados à mortalidade perinatal no Recife, Pernambuco, Brasil, 2003, de acordo com um modelo hierarquizado de determinantes proximais, intermediários e distais. Foram considerados casos os óbitos perinatais com peso ao nascer igual ou superior a 500g, de gravidez única e não portador de anencefalia. Os controles foram os nascidos vivos entre 26 de dezembro de 2002 e 31 de dezembro de 2003, que não evoluíram para o óbito até seis dias completos de vida, com as mesmas características dos casos. Com o linkage entre o banco de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e o de óbitos perinatais, obtiveram-se 403 casos e 1.612 controles. Após regressão logística múltipla, com a inclusão de variáveis dos três níveis de determinação, constituíram-se fatores de risco para mortalidade perinatal: a prematuridade (OR = 18,23), o baixo peso ao nascer (OR = 4,90), a idade da mãe igual a ou maior que 35 anos (OR = 1,97), o nascimento em hospitais participantes do Sistema Único de Saúde (OR = 1,93) e a escolaridade da mãe inferior a quatro anos de estudo (OR = 1,78).
The objective of this study was to analyze adherence and side effects of three iron supplement regimens (ferrous sulfate) on anemic pregnant women. The clinical trial involved 150 women between the 16th and 20th gestational weeks, at low obstetric risk and with hemoglobin concentration of between 8.0 and 11.0g/dL. Treatment was provided by ferrous sulfate with 60mg of elemental iron during 16 (± 1) weeks, in three regimens: single tablet a week (n = 48); single tablet twice a week (n = 53) or single tablet a day (n = 49). The outcomes were adherence, assessed through interviews and by counting tablets, and side effects, according to patient information. The adherence showed a declining trend (92%, 83% and 71%; p = 0.010) and the side effects revealed a growing trend (40%, 45% and 71%; p = 0.002) as the dosage increased. Diarrhea and epigastric pain were significantly associated with the dose administered (p = 0.002). These results suggest that in anemic pregnant women, complaints are directly proportional and the compliance is inversely proportional to the amount of medicinal iron.
ResumoObjetivo: Avaliar os efeitos da quimioterapia antineoplásica na qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de idosos. Método: Foi analisada uma série de casos de idosos submetidos a quimioterapia antineoplásica, selecionados por amostra não probabilística do tipo tempo-local no período de agosto a dezembro de 2012. Foram incluídos idosos em tratamento quimioterápico e excluídos aqueles com indicação de radioterapia concomitante à quimioterapia. Para avaliação da QVRS, foi utilizado o European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire "core" 30 item (EORTC-QLQ-C30), aplicado antes e cerca de dois meses após o início da quimioterapia. A qualidade de vida foi avaliada por meio da comparação das médias dos escores antes e depois da quimioterapia, por meio do teste t Student. Resultados: Dos 31 pacientes observados, 58,1% eram do sexo feminino. As neoplasias mais frequentes foram: mama (32,3%), pulmão (22,6%) e próstata (16,1%), sendo que 51,6% tinham o estadiamento clínico TNM IV. Para os 28 pacientes avaliados na segunda entrevista, o domínio "desempenho físico" teve variação da média "antes" e "depois" estatisticamente significante (p=0,008), enquanto o domínio "estado de saúde geral/ QV" teve média na primeira entrevista de 69,3 pontos e, após dois meses, 64,3 pontos sem diferença estatística (p=0,413). Quando se analisou a QVRS por tipo de tumor, houve piora significativa nas médias dos escores no domínio "estado de saúde geral/ QV" para os pacientes com neoplasia da próstata (p=0,042). Conclusão: A quimioterapia piorou o desempenho físico sem modificar o estado geral de saúde de idosos, exceto para os pacientes com neoplasia da próstata.
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