Foram avaliados os níveis de ruído emitido por uma recolhedora-trilhadora de feijão. Empregou-se o delineamento experimental em blocos casualizados, com quatro repetições e esquema de parcelas subdivididas. Utilizaram-se três declividades do terreno (0 a 10; 10 a 20 e 20 a 30%) e três velocidades de operação (2,0; 2,5 e 3,0 km h-1) para compor as parcelas e subparcelas, respectivamente. Os dados foram interpretados pela análise de variância (teste F) e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Os níveis de ruído determinados ultrapassaram o limite de 85 dBA para oito horas de exposição diária estabelecido pela NR-15. Ocorreu aumento do nível de ruído com o incremento da declividade e com a diminuição da velocidade de trabalho.
O presente estudo busca avaliar e comparar os níveis de ruído durante uma operação agrícola, desde a fase de aragem do terreno, até a colheita, para que, assim, em situação real de trabalho no campo, sejam feitas as devidas análises dos riscos a que estão sujeitos os operadores de máquinas, durante todo o manejo de uma cultura. Para realização dos ensaios, foram utilizados: trator (73cv), arado e grade de discos, aplicador de calcáreo, pulverizador e colhedora, onde foram feitos testes com o trator, tracionando cada um dos implementos, em velocidade e operações diferentes, com o motor mantido na rotação de 1700 rpm. Para a colhedora, foram utilizadas, também, velocidades de avanço diferentes, avaliando-se o nível de ruído à esquerda e à direita do operador. Em relação às médias dos níveis de ruído, os valores se encontraram muito elevados, ultrapassando os limites estipulados, gerando grande desconforto ao operador. A colhedora apresentou maior desconforto ao operador, não apresentando diferença significativa entre a mesma, parada ou em movimento. Mesmo estando o trator e/ou colhedora parados, os mesmos apresentaram níveis de ruído bem superior, ao mínimo estipulado apresentando assim, risco não só a quem opera, como também a quem está próximo dos mesmos.
Avaliaram-se a capacidade de produção e o consumo específico de energia em picadoras de forragem tipo Desintegrador/Picador/Moedor no processamento de capim-elefante considerando-se, como tratamentos, três picadoras (DPM-1, DPm-2 e DPM-4), cinco diferentes rotações, três ângulos oblíquos das facas e dois ângulos do gume das facas. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com duas repetições e os resultados avaliados por meio da análise de regressão. O ângulo oblíquo de 10º propiciou, aos três DPMs, maior eficiência e, em algumas situações o ângulo oblíquo de 38º proporcionou melhor desempenho aos DPMs 1 e 2; enquanto em outras, o ângulo de 30º proporcionou ao DPM-4, melhor desempenho. É possível baixar o custo de produção quando se trabalha em menores rotações, em virtude do valor do consumo específico ser reduzido. Embora o DPM-4 tenha apresentado menor demanda energética, ressalta-se que esta máquina possui maior preço de aquisição que os outros dois modelos e maior dificuldade de alimentação, obrigando o produtor a contratar mais uma pessoa para executar este processo.
Dejetos de galinhas poedeiras contém nutrientes que podem ser reaproveitados na agricultura. Para este uso, é necessário sua estabilização, evitando contaminação ambiental. As formas de tratamentos de resíduos mais comuns são: biodigestão, lagoas de estabilização, compostagem e a produção de biochar, que é o resultado da pirólise de material orgânico. Seu uso melhora as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo. Assim, objetivou-se com este trabalho a produção de biochar de dejetos de galinhas poedeiras, em função da temperatura: 300, 375, 450 e 525°C e do tempo de residência: 30, 45 e 60 minutos. O material foi coletado no ICA-UFMG, seco a 105°C ± 2° C por 24 h e pirolisado em mufla. Realizou-se as análises de rendimento, pH, condutividade elétrica e número de iodo do biochar. Os resultados mostraram que com o aumento da temperatura e do tempo de residência, o rendimento do biochar diminuiu e o pH manteve-se alcalino, com maior tendência para o arranjo 525°C e 60 minutos. A condutividade elétrica apresentou comportamento parabólico, com maior valor 3,42 mS cm-1 a 419°C e 60 minutos e o menor valor 2,50 mS cm-1 a 300°C e 30 minutos. O número de iodo reduziu com o aumento da temperatura e do tempo de pirólise; o maior valor foi 136,66 mgI2 g-1 a 340°C e 30 minutos. Conclui-se que o tratamento dos resíduos por pirólise é eficiente e, produz um subproduto que pode ser aplicado como condicionador do solo e adsorvente de contaminantes.
O consumo horário de combustível é um dos fatores mais importantes no gerenciamento da produção de uma propriedade agrícola. A correta seleção da velocidade e da profundidade de trabalho é uma prática simples que pode contribuir para a economia da operação e aumento de produção agrícola. Objetivou-se com este trabalho avaliar o consumo horário de combustível de um trator agrícola nas operações de aração e gradagem em três velocidades de deslocamento, 5,0; 6,0; e 8,0 km h-1 e 2 profundidades de trabalho; 0,10 e 0,20 m. O experimento foi conduzido no Instituto de Ciências Agrárias localizado na cidade de Montes Claros/MG. Foram utilizados dois sensores medidores de fluxo de combustível, um colocado na linha de alimentação do trator e o outro na linha de retorno. Os sinais emitidos pelos dois sensores foram enviados para um sistema de aquisição de dados e descarregados em um programa específico. A menor velocidade de deslocamento e menor profundidade de trabalho proporcionaram ao trator menor consumo de combustível. É possível a diminuição no consumo horário de combustível demandado por um trator na operação de aração e gradagem apenas com a diminuição da velocidade e da profundidade de trabalho.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a demanda energética de um desintegrador-picador-moedor, na moagem de milho, submetido a quatro rotações (4000, 3757, 2931 e 2335 rpm), quatro número de martelos (4, 5, 6 e 7) e três tipos de peneiras (3, 5 e 10 mm de diâmetro dos furos). Os resultados mostraram que tanto a capacidade de produção como o consumo específico foram influenciados pelo número de martelos. A peneira de 3 mm foi a que demandou maior potência. Há a necessidade de estudos de diferentes modificações no projeto da máquina, que permitam demonstrar sua influência na diminuição do consumo específico de energia. A utilização da peneira de maior diâmetro torna- se uma opção na moagem do milho para diminuição da demanda energética. Para a capacidade de produção e parao consumo específico de energia foram apresentados os seguintes valores na condição nominal: 0,22 t h-1 e 14,9 kWh t-1 na peneira de 3 mm; 0,51 t h-1 e 7,86 kWh t-1 na peneira de 5 mm; e 0,48 t h-1 e 7,03 kWh t-1 na peneira de 10 mm.
Para se realizar o gerenciamento agrícola, uma das formas mais utilizadas é a quantificação da Eficiência de Campo. Por meio desta técnica o produtor rural pode avaliar se o equipamento está sendo subutilizado. Este trabalho tem como objetivo avaliar a Capacidade Operacional e a Eficiência de Campo da produção de silagem de milho cultivado em pivô central: estudo de caso. Todas as operações foram realizadas utilizando-se um trator Massey Ferguson, modelo MF 291, 4x2 TDA, potência nominal de 73,6 kW (100 cv) a 2200 rpm. Para avaliação da Capacidade Operacional foi realizada a medição do tempo total de trabalho de cada uma das operações separadamente desde o preparo do solo até a colheita em toda a área. A Eficiência foi determinada pela razão da Capacidade Operacional Efetiva pela Teórica. Os implementos que necessitaram de tempo para preparo e abastecimento de insumos, preparo de calda e troca de carreta foram os que apresentaram menor eficiência. Mesmo apresentando maior largura do que os outros implementos, o pulverizador apresentou menor eficiência devido ao maior tempo de deslocamento e abastecimento do equipamento. O tempo total de manobras alcançado pelos equipamentos devido à área circular do terreno pode ter contribuído para a baixa eficiência das operações.
Os ruídos emitidos por máquinas agrícolas podem causar danos de saúde aos trabalhadores quando estes são submetidos a longos períodos de exposição de ruído. Assim sendo, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o nível de ruído emitido por um trator agrícola em função do raio de afastamento e da rotação do motor, e comparar os resultados com os limites estipulados pelas normas vigentes no Brasil. Desta forma, foi realizado um experimento na Universidade Federal de Minas Gerais, campus regional de Montes Claros, em um local plano, sem obstáculos. A fonte de ruído foi um trator agrícola modelo TL.75E da marca New Holland sob o regime de três rotações: 750, 1900 e 2400 rpm. O ruído foi mensurado por meio de um decibelímetro marca Skill-Tec modelo Skdec-01 e o raio de afastamento foi definido por dez pontos espaçados de forma equidistante de um metro, sendo o primeiro ponto medido próximo ao operador do trator agrícola. O nível de ruído foi maior quando o trator agrícola foi operado na rotação de 2400 rpm, sendo observado um valor de 93,5 dB e 75,6 dB para o primeiro e o último ponto, respectivamente. Com base nos resultados, verifica-se a existência de situações de desconforto e possivelmente insalubres em uma porcentagem considerável dos testes realizados, de forma que a pertinência do tema foi ratificada e mostra-se a necessidade da utilização de um abafador de ruído.
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