Este artigo se propõe a interpretar o conto de Guimarães Rosa, Buriti, em interlocução com as reflexões de Theodor Adorno e com estudiosos do escritor mineiro, entre os quais José Maurício de Almeida e Luiz Roncari, tendo como eixo-central de análise as com(tra)posições estético-filosóficas de Rosa. São essas com(tra)posições naturais, culturais, sociais, que se negam internamente, umas às outras, nos diferentes momentos da narrativa, e que, ao mesmo tempo, se compõem na movimentação do todo, concebendo a estória como um ser vivo, que intensifica seu dinamismo no contato direto com o atento contemplador. Para cumprir seu percurso, o texto se desenvolve mediado por cinco com(tra)posições dialéticas: a tensão dia/noite, realidade aparente/realidade profunda na experiência de vida dos personagens; o irrequieto fluir do tempo e as mudanças de hábitos dos moradores de Buriti Bom; as contradições sociais de uma sociedade patriarcal em extinção; o olhar enviesado das Mulheres-da-Cozinha sobre os acontecimentos da casa grande; as rezas e as mandingas a serviço da manutenção do domínio patriarcal em luta contra o processo civilizatório em ação. Os autores partem do pressuposto de que são as com(tra)posições estético-filosóficas que incendeiam a narrativa, dão-lhe substância e invadem objetivamente a interioridade de seus contempladores.
Tendo em vista as mudanças sociais, econômicas, políticas e culturais, ocorridas durante os séculos passados, no que se refere ao entendimento e a própria concepção de criança e adolescente, busca-se refletir sobre a evolução, conquista e efetivação de direitos desta população, a fim de entender o processo histórico e social no qual se deu a criação e legitimação das diferentes leis de proteção e cuidado integral a crianças e adolescentes, tanto no mundo quanto no Brasil, com ênfase neste último. Para tanto, é necessário analisar a conjuntura vivida em determinado tempo histórico, correlacionando os direitos infanto-juvenis existentes à época, como ainda identificar seus desdobramentos nos tempos atuais. Realiza-se, então, uma pesquisa bibliográfica, com caráter eminentemente qualitativo. Diante disso, verifica-se que a denominação de infância a qual se conhece é uma conquista recente, fruto de grandes transformações sociais, proporcionadas por movimentos organizados da sociedade, que foram imprescindíveis na luta pela garantia e conquista de direitos de crianças e adolescentes do país.
Palavras-chave: educação brasileira; política educacional; Plano Nacional de Educação.
Abstract: The work presents a brief historical analysis of the Brazilian educational policy, evidencing its centralized character and suggesting the renovation of a historic trend of state intervention in education characterized as new patrimonial, which is strongly marked by its tax policy and evaluator aspects. This study suggests that this process has influenced the debate on the National Education Plan in proceedings of the Brazilian Legislative Authority.
CAPÍTULO 1 -BASES TEÓRICAS PARA A RECONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA DO MPPCM EM SÃO JOSÉ 1. Caracterização geral de São José dos Campos 2. Alguns aspectos da participação popular na Constituinte Municipal de São José 2.1. A origem 2.2. Os objetivos 2.3. Os participantes e lideres 2.4. As atividades 2.5. Uma caracterização da natureza do MPPCM.... 1.1. Movimentos Sociais: alguns questões do debate teórico 1.2. Movimentos populares: uma abordagem de análise 103 75 CAPÍTULO 2-0 MOVIMENTO PRÓ-PARTICIPAÇÃO POPULAR NA CONSTITUINTE MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ (MPPCM).
O presente artigo analisa as disciplinas Direito e Sociedade I e II, ministradas no primeiro e segundo semestres letivos do curso de Direito de uma Universidade Comunitária, em São José dos Campos/SP. A partir da análise das avaliações feitas pelos discentes em relação às disciplinas (desempenho das bancadas durante o júri simulado, autoavaliação e realização dos objetivos da disciplina), tanto por estatística descritiva quanto coeficiente de Pearson, busca mostrar a relevância dessas disciplinas, no formato de b-learning, como estratégia de ensino interdisciplinar pelo uso de metodologias ativas de ensino (julgamento simulado e construção de artigos científicos). Como resultado, indica uma forte correlação positiva entre a avaliação das bancadas e o voto proferido, e que os discentes reconhecem a relevância da disciplina para sua formação humanística e jurídica.
Este artigo, a partir de um estudo de caso – A Universidade do Vale do Paraíba, situada em São José dos Campos/SP - investiga a possibilidade da universidade comunitária, enfrentar os constrangimentos colocados pelo progressivo processo de mercantilização do ensino superior brasileiro e, assim, contribuir para sua efetiva democratização. Com fundamento na dialética negativa de Theodor W. Adorno, buscou-se identificar a tensão entre o conceito da universidade comunitária (suas dimensões positivas e normativas) e as concepções que os diversos atores institucionais possuem sobre as práticas que realizam e sobre o papel comunitário da instituição. Com base em dados do Censo da Educação Superior do MEC/Inep, da legislação educacional brasileira e documentos institucionais da universidade pesquisada, além de entrevistas com os atores institucionais (Gestores, Conselheiros Externos, Coordenadores de Curso, Pesquisadores, Docentes e Funcionários), sugere-se que o agir universitário comunitário é um agir dialético, crítico à realidade dada e, por assim se constituir, possibilita pela crítica imanente a busca do ideal proclamado de uma educação comunitária. Assim, o caminho para a universidade construir sua identidade comunitária é ampliar a discussão e a participação da comunidade interna e externa na definição e execução das políticas institucionais de ensino, pesquisa, extensão e gestão, concebendo a universidade como uma instituição e não como uma organização, bem com a educação como um direito e não um serviço. Por fim, buscar compreender a dialética do agir universitário comunitário contribui para o resgate do sentido eminentemente político e transformador da ação humana na relação educacional comunitária.
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