O artigo discute inicialmente as diferenças conceituais da promoção da saúde a partir dos pressupostos teóricos de explicação do processo saúde-doença, tendo como referência o conceito ampliado de saúde e a melhoria das condições de vida das pessoas. Posteriormente justifica como as desigualdades sociais causam as iniquidades em saúde, apontando a promoção da saúde como possibilidade de transformação social. E por fim, apresenta e realiza discussão dos princípios e dos eixos da promoção da saúde como forma de orientação para construção de políticas, programas e projetos que visem à melhoria das condições de vida das pessoas.
O artigo apresenta um resgate histórico da implantação do Telessaúde no âmbito do Sistema Único de Saúde, em especial a experiência do Núcleo de Telessaúde de Santa Catarina. Apresenta os serviços de tele-educação, teleconsultoria, telediagnóstico e segunda opinião formativa como instrumentos de educação permanente a distância para as equipes de Atenção Primária à Saúde, propiciando melhoria da qualidade da assistência e ampliação do acesso à saúde, revelando-se como importante tecnologia social.
Um dos objetivos do Programa Telessaúde Brasil Redes é apoiar ações de Educação Permanente em Saúde (EPS) das equipes de Atenção Básica à Saúde (ABS) por meio de Tecnologias de Informação e Comunicação em Saúde (TIC). O objetivo deste estudo é propor um modelo avaliativo dos serviços de Telessaúde enquanto estratégia de EPS para profissionais da ABS. Desenvolveu-se um estudo de avaliabilidade com a finalidade de propor um modelo teórico, um modelo lógico e uma matriz de análise para avaliações futuras. O estudo cumpriu o objetivo de realizar uma descrição completa do programa e definiu o objeto como avaliável, sugerindo-se como possível linha para pesquisa avaliativa um estudo de caso de abordagem qualitativa e análise baseada na identificação de convergências e divergências por meio do confronto dos modelos propostos com a realidade empírica do caso.
A criação do Sistema Único de Saúde determina a criação de um novo modelo de atenção à Saúde, cujo eixo de organização é a integralidade. Para tanto, o Ministério da Saúde cria o Programa de Saúde da Família em 1994, com o intuito de estruturar seu sistema de saúde a partir da Atenção Primária à Saúde. Sua implementação e expansão não foram suficientes para transformar as práticas hegemônicas de saúde de cunho estritamente biomédico. Assim, com o objetivo de rediscutir e transformar as práticas sanitárias, o Ministério da Saúde lança a Política Nacional de Humanização, apresentando o acolhimento como diretriz operacional para mudança do processo de trabalho. O ordenamento legal ou políticas indutoras não tem se mostrado capazes de transformar as práticas sanitárias, mantendo o modelo biomédico que segue soberano nos serviços de saúde. A universidade como instrumento de transformação social e pensamento crítico e reflexivo, tem o papel de induzir e fomentar novas práticas sanitárias, tendo como referência as necessidades de saúde da população e as políticas governamentais. Levando isso em conta, o objetivo da pesquisa foi identificar a percepção dos acadêmicos de Medicina sobre Acolhimento e auxiliar no processo de reflexão e transformação das práticas de formação, tendo como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e o Sistema Nacional de Saúde. A pesquisa foi de cunho qualitativo, realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com acadêmicos do décimo segundo período do curso de medicina da UNIVALI. Os resultados apontaram que ainda existe uma forte influência do Modelo Biomédico na formação, sustentados especialmente pelos cenários de prática do SUS, com alguns lampejos por parte dos acadêmicos, em forma de crítica, apontando ainda de forma desordenada a integralidade na atenção à saúde.
Objetivo: Avaliar a oferta de teleconsultorias pelo Núcleo Telessaúde Santa Catarina para apoio à Atenção Primária à Saúde. Métodos: Estudo descritivo com abordagem mista sobre a oferta de teleconsultorias a partir de análise de informações coletadas no Sistema Catarinense de Telemedicina e Telessaúde entre janeiro e outubro de 2015 para comparação entre as teleconsultorias respondidas por especialistas do nível primário e secundário de atenção à saúde; e, análise documental que incluiu publicações relacionadas ao Telessaúde Santa Catarina desde sua criação até 2016. Resultados: Não houve diferenças significativas entre as respostas de teleconsultorias construídas por especialistas de medicina de família e comunidade e especialistas focais do nível especializado de atenção. Conclusão: A articulação do Telessaúde com as centrais de regulação tem potencial para qualificar o acesso dos usuários aos serviços de saúde por meio de apoio aos profissionais.
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