Atualmente, a morte na infância é pouco comum, considerando-se todos os recursos de modernidade que se disponibilizam hoje, quais sejam, cuidado pré-natal, UTI neonatal, dentre outros. Por isso mesmo, quando acometida por essa fatalidade, a família sente estranheza e forte impacto. A perda de um bebê pode produzir uma dor intolerável, uma vez que significa frustração de desejos, fantasias, devaneios e não menos importante, a impotência ante a possibilidade de aplicar sua capacidade de ser mãe/pai. Neste sentido, salienta-se a necessidade de profissionais como o psicólogo, a fim de que possa auxiliar a família a enfrentar o luto parental e a elaboração da perda de um filho. Desta forma, este estudo visou dissertar sobre a importância da intervenção psicológica em situações de luto: perinatal e neonatal. A partir de uma pesquisa qualitativa, de revisão bibliográfica, foi possível identificar que esse tipo de luto contraria o que culturalmente em nossa sociedade se espera sobre o andamento do ciclo de vida. Isso posto, diante do que essas perdas podem provocar nas famílias e até mesmo nas equipes de saúde, faz-se necessária a presença do psicólogo nesse contexto. Consubstancialmente, salienta-se a importância de estudos futuros que possam investir em novas reflexões acerca do luto perinatal, uma vez que as considerações trazidas por eles podem ter implicações na prática do psicólogo no âmbito hospitalar.
Atendimentos psicológicos realizados no contexto dos hospitais, clínicas e centros de saúde devem abranger os três pilares existentes no âmbito hospitalar, quais sejam, pacientes, familiares e profissionais da saúde. O psicólogo especialista na modalidade hospitalar pode atuar em diversas frentes, incluindo o atendimento individual e em grupos psicoterapêuticos, atendimentos em ambulatórios e unidades de terapia intensiva (UTIs), enfermarias, pronto-atendimentos, avaliações diagnósticas, psicodiagnósticos e consultorias. Muito embora identifiquem-se diversos estudos que dissertam sobre a psicologia hospitalar, sobretudo no que tange à atuação junto ao doente, pouco se fala sobre essa frente no contexto do parto e da perinatalidade. Dito isto, este artigo tem por objetivo dissertar sobre o papel do psicólogo nesse contexto. Justifica-se por ser um estudo relevante, com pouca literatura sobre o tema, que busca trabalhar a importância do psicólogo não somente no tratamento de doentes, mas também na promoção de saúde das parturientes. Trata-se de um estudo qualitativo, com levantamento bibliográfico feito em bases de dados online. Os achados sugerem que apesar do psicólogo estar inserido no contexto hospitalar, sua inserção nos centros obstétricos ainda não é plenamente efetiva. Conclui-se, desta forma, que ainda há um longo caminho na construção de práticas psicológicas de apoio às famílias e, em especial às parturientes, antes, durante e após o parto, bem como, um espaço dentro do ambiente obstétrico/hospitalar para o profissional da psicologia. Outrossim, salienta-se a importância de pesquisas e estudos dedicados ao tema, que corroborem para a construção de protocolos relacionados ao atendimento psicológico no contexto obstétrico hospitalar.
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