Resumo Nos últimos anos, as mais populares plataformas de mídias sociais incorporaram a possibilidade de seus usuários criarem, compartilharem e assistirem vídeos ao vivo. Nas chamadas lives, músicos, políticos, influenciadores e pessoas comuns fazem transmissões com variados níveis de improviso e flutuantes esforços de produção, frequentemente a partir do espaço íntimo de seus ambientes domésticos. Este artigo objetiva posicionar criticamente a emergência das lives no contexto da cultura da conectividade, e propor notas teóricas para a compreensão desse fenômeno que ganhou nova visibilidade graças ao isolamento social. São identificados tipos considerados exemplares — aqui denominados lives musicais, conversacionais, instrutivas, de pronunciamento e de companhia. Além disso, são apontados como aspectos centrais às lives o imediatismo, a aparente autenticidade — resultante da relativa imprevisibilidade, mas também de esforços em criar impressões de espontaneidade, familiaridade, intimidade e transparência – e a sensação de experiência compartilhada.
This article aims to study how the wide range of on-line communication services participates in the creation and maintenance of interpersonal relationships in the contemporary world. We investigate how the interrelation of the uses of different digital plataforms has been transforming sociability and conversational processes in the context of cyberculture, based on the articulation between theoretical and empirical perspectives on those subjects. Special attention is given to how people appropriate these services, combining them to achieve different relational purposes with diverse audiences in various time and places. Based on an empirical survey of 810 people -residents in the South and Southeast regions, over 16 years old and with at least incomplete higher education -, this article defines and discusses the phenomenon that it calls "fluid conversations". Keywords: Cyberculture. Conversation. Friendship. RESUMOEste artigo visa estudar como o amplo leque de serviços de comunicação on-line participa da criação e manutenção de relações interpessoais na contemporaneidade. O trabalho investiga como o entrelaçamento entre os usos de diferentes plataformas digitais vem transformando as práticas de sociabilidade e as conversações no contexto da cibercultura, a partir da articulação de perspectivas teóricas e empíricas sobre tais temas. Atenção especial é conferida a como as pessoas se apropriam desses serviços, combinandoos para atingir variados fins relacionais com públicos diversos e em tempos e lugares distintos. A partir de uma pesquisa empírica com 810 pessoas -residentes nas regiões Sul e Sudeste, maiores de 16 anos e com pelo menos o Ensino Superior Incompleto -, este artigo define e discute o fenômeno que chama de "conversações fluidas". Palavras-chave: Cibercultura. Conversação. Amizade.
If our sociality is intertwined with the logics of social media, then the examination of the temporalities that are immanent in these technologies contributes to the understanding of our very conditions of existence. And even if algorithmic sorting is increasingly employed to deliver what is “relevant” at the “right-time,” the notion of “real-time” still permeates these platforms’ operations. Through a critical phenomenological approach, I examine the interplay of chronological and algorithmic ordering. To operationalize the idea of temporality as both subjectively experienced and always arranged by the platforms themselves, I use rhythm as an analytical device. Based on accounts of lived experience obtained through the conduction of the diary-interview method with London-based social media users, I foreground how “the algorithm” is used as a vehicle to make sense of platforms’ temporalities, reflecting struggles and negotiations over social coordination and temporal control. I argue that realtimeness is also rhythmic, and can therefore be scrutinized as a “sensorial orchestration.”
ResumoEste artigo discute a questão do privado em conversações online. É apresentada uma breve arqueologia da vida privada e uma discussão sobre a interação interpessoal e grupal em serviços de comunicação digital. A partir da reflexão sobre o borramento das esferas pública e privada na contemporaneidade, são apresentados os protocolos de uso de serviços de sociabilidade online que visam orientar comportamentos e evitar problemas quanto à circulação de mensagens privadas. Finalmente, debate-se a quebra desses protocolos de uso, quando há o vazamento de conteúdos íntimos, que passam a ser (intencionalmente ou não) circulados publicamente. Palavras-chavePrivado. Privacidade. Público. Intimidade. Relacionamentos online. Amizade.
Este artigo discute as transformações trazidas pela comunicação mediada por computadores, e mais especificamente os serviços de redes sociais na internet, para a expressão subjetiva, o relato cotidiano e a escrita de si. Mais tarde, a partir de resultados quantitativos obtidos através de uma survey que alcançou 810 respondentes, discute-se os usos mais prevalentes do Facebook: manter-se informado sobre temas atuais; divertir-se com piadas, vídeos e fotos engraçados; participar de campanhas de conscientização; falar sobre trabalho e saber do crescimento profissional de outros; e saber o que amigos, inimigos e desafetos estão fazendo.
O termo “meme” conquistou enorme popularidade nos últimos anos, tanto no que se refere ao seu uso no vocabulário corriqueiro quanto à sua crescente aplicação enquanto tema e objeto em pesquisas da área da comunicação. Apesar de sua profusão, a palavra frequentemente é empregada sem esforços de conceituação. Este trabalho se propõe a discutir as diferentes concepções atribuídas aos “memes de internet”, e a esclarecer de que forma GIFs animados estão relacionados a eles. Após a apresentação de seus entendimentos mais frequentes, em termos de aplicação popular e também dentro de diferentes vertentes acadêmicas, é feita uma proposta de definição de meme que busque dar conta das práticas comunicacionais atuais. Palavras-chave: Internet. Cibercultura. Meme. GIF animado.
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