Com o objetivo de compreender como a Lei 10.639/03 — alterada pela Lei 11.645/08 — que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, está sendo trabalhada em uma escola pública, ouvimos crianças concluintes do ensino fundamental anos iniciais no ano de 2018. Para tanto foram realizadas entrevistas semiestruturadas com seis alunos, negros e não negros, de uma escola estadual do extremo sul catarinense com o propósito de dialogar com as crianças e analisar seus conhecimentos desenvolvidos durante os primeiros anos do ensino fundamental tendo como ponto de análise a Lei 10.639/03, transformada em 11.645/08. Para isso, dialogamos com Lima (2010), Wieviorka (1946), Bolsanello (1996), Brasil (1890), Guimarães (1999), Waiselfisz (2014), Bento (2002), Santos (2005), Trevisan (2013), Sales (2015), Trapp (2011), Brasil (1996), Brasil (2001), Brasil (2003), Santos (2001), Brasil (2013), Cavalleiro (2001). Assim, foram abordadas questões relacionadas ao racismo, período da escravidão e pós-escravidão, motivo da vinda dos africanos para o Brasil, como se estruturou a sociedade no Brasil e qual a importância das populações negras na formação da sociedade brasileira. Os alunos entrevistados demonstraram através das suas falas a não aplicação da Lei 10.639/03 dentro desta instituição de ensino, revelando uma desinformação sobre temas básicos como escravidão, tinham incertezas sobre quais as contribuições dos negros para a sociedade e o que é racismo, confundindo-o com bullying.PALAVRAS-CHAVE: Educação. Lei 10.639/03. Escola. Reflexões de alunos. Racismo.
Este artigo apresenta as atividades desenvolvidas durante o I Workshop de Arqueologia da UNESC, realizado no âmbito da VII Semana de Ciência e Tecnologia, durante os dias 17 e 21 de outubro de 2016. Além de uma exposição arqueológica, foram realizadas oficinas temáticas de confecção de réplicas de cerâmica arqueológica, de arte rupestre e de escavação arqueológica. Tais atividades estiveram pautadas pela concepção da Divulgação Científica e da Educação Patrimonial objetivando a aproximação da produção do conhecimento arqueológico com o público local, se colocando como ferramentas de formação cultural, crítica e cidadã. Como previsto foi atendido um amplo e variado público de acadêmicos, funcionários e professores da Universidade, turmas de estudantes do ensino básico das escolas da região e visitantes externos ocasionais.
A presente pesquisa tem como finalidade reflexionar a importância das comemorações das datas comemorativas em especial o dia dos Pais e o dia das Mães, com incidência especial aos conteúdos ensinados nas aulas de História, tendo como enfoque a concepção dos professores referente ao tema. A pesquisa foi de natureza básica e cunho qualitativo, para a coleta de dados foi aplicado um questionário com três professores que lecionam na Instituição de Ensino Bairro da Juventude, localizado no município de Criciúma/SC. Tendo como problema de pesquisa: Você trabalha as datas comemorativas em especial o dia das Mães e o dia dos Pais? Em conjunto com os objetivos específicos: Compreender como surgiram as comemorações das datas comemorativas. Verificar se as datas comemorativas estão inseridas no currículo de História (PCNS de História de 1997 e PCSC de 1998). Analisar se os professores abordam as datas comemorativas. Refletir sobre o papel das datas comemorativas para divulgar um modelo de família estereotipado. Os referenciais teóricos mais utilizados foram os: PCN´s (1997), PCSC (1998), BARBOSA E HORN (2008), OSTETTO (2000), ZAMBONI (2002), HOBSBAWM (2012), entre outros. Como resultado, percebe-se que é preciso repensar o ensino pautado nas datas comemorativas, sendo necessário reconhecer a magnitude do impacto destas comemorações na vida dos educandos.PALAVRAS CHAVE: Datas comemorativas. Dia dos Pais e dia das Mães. História. Professores.
RESUMO:Com o objetivo de compreender o relacionamento entre conselho tutelar e escola, identificar o papel fundamental do conselho tutelar na escola, assim como, as razões pelas quais o conselho tutelar é acionado pela escola, um questionário semiestruturado foi aplicado à conselheira tutelar e ao diretor da Escola Municipal de Ensino Básico Jardim Atlântico, ambas instituições situadas no município de Balneário Arroio do Silva, extremo sul catarinense. Através da análise das respostas obtidas pelos questionários, foi possível evidenciar a importância do bom relacionamento entre instituição de ensino e conselho tutelar, pois, o primeiro ator aqui citado é responsável por acionar o conselho tutelar assim que o caso de algum aluno, através de análise comportamental em sala de aula, é confirmado. Além disso, também foi ressaltada a importância de agentes extras na solução de casos envolvendo o conselho tutelar, como o CRAS e a Polícia Militar, atores que auxiliam com atividade em contraturno à escola e em casos envolvendo rompimento da legislação, respectivamente. Sendo assim, este trabalho foi concluído corroborando com a literatura existente sobre sua temática, onde a escola e o conselho tutelar devem ter um vínculo íntimo para que os alunos sejam encaminhados à tutelar de modo a auxiliar na melhoria das condições de realização de seus direitos, assim como a troca de informações sobre os casos dos alunos para a instituição de ensino, para que a mesma possa criar atividades que auxiliem o aluno na melhoria de seu processo de ensino-aprendizagem dentro das condições de seu caso.PALAVRAS CHAVE: Conselho tutelar. Escola. Estatuto da Criança e do Adolescente. Relação entre instituições. ABSTRACT:The aim of the present study was to understand the relationship between the tutelary council and school, to identify the fundamental role of the tutelary council, as well as the reasons why the tutelary council is activated by the school. Then, a semi structured
A presente pesquisa expressa as diferenças geracionais vivenciadas pelas infâncias na família Silvestre de Pedras Grandes – SC. O objetivo do estudo foi reconhecer a singularidade das diferentes formas de se viver a infância e relacionar as memórias com a história e a Sociologia da infância. A metodologia adotada foi a entrevista narrativa de quatro participantes da mesma família em diferentes épocas, sendo a primeira entrevistada nascida no ano de 1938, seus dois filhos, um nascido em 1969 e a outra nascida em 1970, e sua neta que nasceu em 2002. As narrativas foram divididas em três subcapítulos para análise, sendo estes: Convivência familiar e comunitária; Lembranças de brinquedos e brincadeiras; Recordações do tempo de escola. As referências utilizadas para o estudo sobre a história e a sociologia foram: Philippe Ariés, História social da criança e da família (1981); Maria de Fátima das Neves Moreira, A infância no passado brasileiro (1999); Sandra Mara Corazza, A história da infância sem fim (2000); Moysés Kuhlmann, Rogério Fernandes, Sobre a história da infância (2004); Manuel Sarmento, Sociologia da infância: Correntes e confluências (2008). Percebe-se pelas lembranças que o brincar sempre esteve presente no desenvolvimento das crianças, para apresentar essa importância utilizei a autora Ângela Meyer Borba (2007) O brincar como um modo de ser e estar no mundo. Pôde-se constatar nessa pesquisa que não há um modelo de infância universal, e sim variadas formas singulares de se viver a infância atravessadas por diferenças diacrônicas e sincrônicas que precisam ser estudadas e respeitadas.PALAVRAS CHAVE: Diversidades intergeracionais; Memórias de infância; História e Sociologia da Infância.
A presente pesquisa objetiva refletir sobre narrativas de mulheres negras educadoras na Rede Municipal de Ensino de Criciúma identificando nas suas trajetórias os desafios enfrentados para inserção e permanência no campo educacional, bem como o enfrentamento na luta contra o racismo e o sexismo. Por meio de entrevista com quatro educadoras negras da Rede Municipal de Ensino de Criciúma, foi realizada uma análise qualitativa de natureza básica com o objetivo de compreender suas experiências na educação básica. Para tanto, dialogamos com Bispo (2012), Carneiro (2003), Crenshaw (2012), Jesus (2010), Brasil (2003) e da Lei nº 10.639\03, dispositivo legal regulador das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana para a Educação Étnico-racial. Além da discussão a respeito do conteúdo legal, foram abordadas durante a análise questões referentes ao movimento feminista negro, às discriminações raciais sofridas pelas entrevistadas e as dificuldades para ingresso como docentes no campo educacional influenciada por estereótipos impostos pela sociedade brasileira sobre os negros. As educadoras entrevistadas acreditam que a educação é uma ferramenta de transformação capaz de construir uma sociedade mais justa e igualitária sem espaço para o racismo, o preconceito e a discriminação. Apontam que a trajetória para busca destes ideais fortalece uma luta social cujo resultado almejado faz com que qualquer desafio valha à pena.PALAVRAS CHAVE: Educação. Escola. Feminismo negro. Mulheres negras. Narrativas.
Este artigo objetiva refletir sobre como acontece à abordagem da Lei 11.645/08 sobre o ensino da história e da cultura indígena na rede municipal de ensino de Maracajá, a partir da análise das práticas das professoras nos anos iniciais. Dentre os objetivos específicos deste trabalho, buscou-se constatar qual o conhecimento que as professoras possuem sobre a Lei, além de verificar se há formação de professores sobre o tema e refletir sobre as dificuldades e os desafios que estas professoras encontram para trabalhar esta temática na escola. Para tanto aplicamos um questionário com cinco professoras das três escolas municipais. Ao escrever nosso referencial, nos apoiamos em Alves (2015); Borges (2010); Freitas (2010); Funari e Piñón (2011); Proposta Curricular Nacional (1997, 1998 e 2001); Silva e Porto (2012); Zucchi (2012). Após a análise de dados concluímos que os objetivos foram alcançados, pois analisamos como acontece o ensino desta temática, além de constatar se as professoras recebem formação nesta área, quais os conhecimentos que possuem sobre a Lei 11645/08, quais as dificuldades e os desafios que encontram para levar o ensino desta temática para as escolas. Porém, os resultados não foram satisfatórios ao perceber que a maioria das professoras possuem conhecimentos estereotipados sobre este assunto e conhecem a Lei superficialmente.PALAVRAS CHAVE: Ensino indígena. Lei 11645/08. Diversidade cultural. Prática das professoras.
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