ResumoConsiderando certa escassez de teorias comunicacionais atentas ao comunicar espontâneo do cotidiano, o trabalho destina-se à reflexão sobre o conceito de psicogeografia com tal propósito. O termo psicogeografia foi usado pela Internacional Situacionista para designar os estudos do grupo sobre as influências que atingem a relação entre o indivíduo e o ambiente geográfico. Propõe-se uma articulação entre o viés prático/empírico dos situacionistas e teorias de geógrafos como Augustin Berque, Milton Santos e Henry Lefebvre, para os quais a relação da humanidade com o seu meio é, sobretudo, uma relação comunicativa. Palavras-chaveComunicação. Cidade. Cotidiano. Psicogeografia. Introdução: a prática psicogeográficaO trabalho tem como objetivo levantar algumas reflexões acerca do conceito de psicogeografia, difundido pela Internacional Situacionista em meados do século XX. A questão concentra-se em uma tentativa de complementar o desenvolvimento teórico produzido pelos situacionistas, no qual a psicogeografia aparece mais como prática do que como teoria, a fim de, por sua vez, propor algumas contribuições epistemológicas para os estudos comunicacionais. Não se trata, todavia, de crítica ao viés empírico priorizado pelo grupo, ao contrário, a intenção deste trabalho é recuperar o conceito, articulando teorias com afinidades evidentes para, então, refletir sobre as relações entre empiria e epistemologia no campo da comunicação, consideradas urgentes e necessárias.
o ensaio é uma forma de exposição concentrada do conhecimento e tem na arquitetura do seu texto a imagem da sua estrutura argumentativa. O trabalho de Eduardo Neiva intitulado Imagem, História e Semiótica manifesta essa evidência.Dividido em subtítulos temáticos, o artigo tenta, na realidade, posicionar os estudos sobre a imagem artística e a compreensão da sua história e natureza. Porém, ao contr'Óriodo que se poderia esperar, o autor não persegue uma esteira cronológica dessa compreensão, mas pontua os momentos que, na sua ótica, são considerados decisivos. Desse modo e pela ordem, são estudados Pdnofsky (1892-1968), Cassirer (1874-1945) e Peirce (1839-1914. Essa ordem dos estudos é decisiva para a construção daquela imagem argumentativa. Panofsky, o mais recente dos três, firma a sua c.ompreensão da arte no fator matricial das séries conexas; Cassirer coloca a arte no panorama filosófico da cultura estudada na generalização das formas simbólicas; Peirce, o mais deslo" cado cronologicamente em relação aos dois anteriores, é enfocado por último e a partir da arte enquanto representação. Panofsky é reconhecidamente um historiador da arte; Cassirer, um filósofo da cultura e Peirce um lógico da pro. dução do conhecimento através da experiência. Em relação aos dois primeiros, pode-se dizer que o fenômeno artístico ocupa o cerne da atenção, porém, para Peirce, a arte se realiza no universo mais amplo e complexo das categorias da experiência.Entre os três encontramos posições opostas e, mais do que descrever esta oposição, parece ser preocupação de Eduardo Neiva definir a raiz dessa oposição, ou seja, por que, destruindo a cronologia, Peirce ocupa a última posição na tríade? 53Anais do Museu Paulista Nova Série NQ1 1993
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