Este artigo apresenta os resultados egressos da leitura comparativa dos currículos nacionais brasileiro e italiano, com foco nos fundamentos pedagógicos e nas estruturas destas normativas referentes ao Ensino Fundamental, no Brasil, e ao seu correspondente “Primo Ciclo d’Istruzione”, na Itália. A fim de se identificar e compreender o contexto das normativas curriculares em questão, abordaremos inicialmente as diferenças entre currículo nacional e currículo da escola. Munidos de informações relevantes para a compreensão do contexto dos documentos analisados, apresentamos a divisão escolar no Brasil e na Itália, o contexto histórico das normativas e, por fim, os objetivos e as estratégias de ensino-aprendizagem preconizados nas normativas curriculares em âmbito geral e em ambos os países. De modo generalizado, os resultados nos revelam que as normativas curriculares são parcialmente convergentes, notadamente quanto à proposição do desenvolvimento de competências, da autonomia do aluno, do emprego de metodologias ativas e da resolução de problemas. No entanto, as diferenças entre elas se encetam à medida que se toma a análise específica e individual das disciplinas escolares.
Neste artigo tratamos da dimensão temporal que se espera seja apropriada durante a análise geográfica conduzida junto aos estudantes da educação básica. Diante da polissemia e complexidade do conceito tempo na ciência defendemos a apropriação, na Geografia, do tempo por nós aqui denominado tempo da espacialidade do fenômeno (tEF), diferenciando-o, portanto, de temporalidades outras que acabam por se fazer presentes na Geografia Escolar. O tEF é aqui empregado na perspectiva de um conceito que atende a um marco teórico e metodológico, na presença de um sistema e em uma organicidade em rede que deve alimentar e conduzir o raciocínio geográfico na educação básica. Buscamos ainda demonstrar as diferentes temporalidades que, na BNCC – anos finais do ensino fundamental, acabam por se fazer presentes e se revelam pouco ou nada efetivas na interpretação de situações geográficas, a exemplo do tempo atmosférico e do clima, do tempo geológico e, inclusive, do tempo histórico. Palavras-chave Tempo da Espacialidade do Fenômeno, Conceito Científico, Categorias de Tempo, Raciocínio Geográfico. For a time for Geography Abstract This article addresses the temporal dimension that we hope is appropriate during the geographic analysis carried out by students of basic education. Bearing in mind the polysemy and complexity of the concept of time in science, we defend the appropriation, in Geography, of the time here called phenomenon spatiality time (PSt), thus differentiating it from other temporalities that end up being present in School Geography. The tSP is used here from the perspective of a concept that has a theoretical and methodological framework, in the presence of a system and a networked organicity that must feed and guide geographic reasoning in basic education. We also seek to demonstrate the different temporalities that are present and are little or not effective in the interpretation of geographical situations in the BNCC - final years of elementary school, such as atmospheric time, climate time, geological time and even historical time. Keywords Phenomenon Spatiality Time, Scientific Concept, Time Categories, Geographical Reasoning.
O papel das Ciências Humanas, como área que contribui para a formação cidadã, está presente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada em 2017, a qual aponta que é necessário compreender, interpretar e avaliar os significados das ações humanas pretéritas, presentes e futuras para que o aluno compreenda que ele faz parte de determinada circunstância histórica, e, assim sendo, se torne consciente e responsável. A partir dessas diretrizes, que envolvem a Geografia Escolar, nos fazemos a seguinte pergunta: em que medida a Geografia Escolar contribui para a formação cidadã? Para trazer luz a esta questão e outras associadas a esse contexto, este texto apresenta algumas indagações com vistas a refletir sobre a formação cidadã dos discentes por meio do ensino de Geografia. Mediante uso de revisão bibliográfica, inicialmente discorremos sobre o significado da formação cidadã e de sua relação com o ensino de Geografia. A seguir, apresentamos brevemente o contexto desta temática no Brasil e na União Europeia, mais especificamente na Itália. Neste ponto, nosso objetivo é compreender como se insere tal discussão em uma outra realidade sociocultural e, consequentemente, distinta daquela vigente no País. Por fim, buscamos apontar algumas considerações, para além das corriqueiras, sobre a formação cidadã.
De onde surge a necessidade de práticas pedagógicas alicerçadas na problematização e na investigação nas aulas de Geografia? Este artigo tem como objetivo destacar questões específicas, apontadas por especialistas do ensino de Geografia, que nos remetem a reflexões sobre o quão fundamental é o estabelecimento de um giro pedagógico alinhado segundo o desenvolvimento do raciocínio geográfico na escola. No nosso ponto de vista, o desenvolvimento do raciocínio geográfico nas aulas de geografia tem perspectiva problematizadora e investigativa, ou seja, possibilita práticas pedagógicas que valorizam o conhecimento significativo, tal qual apontado por especialistas. Em virtude disso, compreendemos que as questões e os temas escolhidos e categorizados por nós neste artigo e elencados como relevantes, mesmo que organizados em uma pequena coletânea, apresentam indícios iniciais das ideias que fundamentam a importância do desenvolvimento do raciocínio geográfico em sala de aula.
Este trabalho é dedicado a apresentar os critérios metodológicos no pensamento de Herculano Cachinho para o Ensino de Geografia. Por conseguinte, observamos aspectos sobre a prática operativa, o processo de investigação, a importância da metodologia de ensino e as alterações nas práticas docentes, dentre outros. Ao refletir sobre tais critérios levantados por Cachinho, é possível observar como o autor encaminha questões que vão ao encontro do desenvolvimento do raciocínio geográfico. Mediante uso de revisão bibliográfica, serão apresentadas as ideias de Cachinho (1991, 2000) que se encontram nesta direção, as quais, colocaremos, ao longo do texto, em dialogo com outros autores do campo do Ensino de Geografia. Nosso objetivo é gerar reflexões sobre os critérios metodológicos e os desdobramentos na prática docente que possam contribuir para a discussão acerca da aplicação do desenvolvimento do raciocínio geográfico nas aulas de Geografia, nos auxiliando a responder: Qual é a importância de se desenvolver o raciocínio geográfico?
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