Este trabalho trata de uma investigação referente à apropriação conceitual por professores de Geografia. A partir de trabalhos de Bernstein (1996), Shulman (1986) e Bloom et al. (1956), buscou-se identificar operações intelectuais arregimentadas por professores de Geografia ao lançarem mão do conhecimento conceitual do conteúdo, com fins de interpretar a espacialidade de um dado fenômeno. Tais interpretações foram construídas com base em mapas conceituais, produzidos por professores de Geografia atuantes nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, durante uma oficina formativa. Constatou-se, através desses mapas conceituais, que a maioria dos sujeitos de pesquisa não conseguiu lidar com os conceitos como constituintes de um raciocínio espacial, mas sim como meros informativos acerca de elementos presentes no fenômeno foco. PALAVRAS-CHAVE Formação de Professores. PCK. Conceitos fundantes da Geografia. Mapas conceituais. Níveis de aprofundamento dos conhecimentos.CONCEPTUAL COMPLEXITY IN THE CONSTRUCTION OF KNOWLEDGE CONTENT BY TEACHERS OF GEOGRAPHYABSTRACT This paper deals with an investigation concerning Geography teachers’ conceptual appropriation. Framed by the insights from Bernstein (1996), Shulman (1986) and Bloom et al. (1956), we sought to identify which intellectual operations Geography teachers employed when they resorted to conceptual knowledge of the content to interpret the spatiality of a given phenomenon. Interpretations were built on the basis of conceptual maps produced by the Geography teachers working in the final years of elementary school as well as high school during a teacher development workshop. Results from the use of these conceptual maps show that most of the Geography teachers could not deal with the concepts as constituents of a spatial reasoning, but rather as mere information about elements present in the focus phenomenon. KEYWORDS Teacher development. PCK. Funding Geographical concepts. Conceptual maps. Deepening levels of knowledge. ISSN: 2236-3904REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO EM GEOGRAFIA - RBEGwww.revistaedugeo.com.br - revistaedugeo@revistaedugeo.com.br
Este artigo é um desdobramento da mesa de debates ocorrida em agosto de 2019, no 14º Encontro Nacional de Prática de Ensino em Geografia-ENPEG, na UNICAMP, Currículo e a teoria do Conhecimento Pedagógico do Conteúdo com as proposições da Base Nacional Comum Curricular de Geografia (BNCC Geografia) para os anos iniciais e finais do ensino fundamental brasileiro. O objetivo central do trabalho é colocar em diálogo os desafios postos pela proposição de conhecimentos geográficos pela atual BNCC ao professor de Geografia, à sua formação - inicial e continuada -,e à organização de suas práticas pedagógicas a partir dos currículos construídos sob a égide da base. Buscarei apontar uma alternativa de leitura da base com vistas a subsidiar o professor atuante na educação básica. Quanto à formação docente, me aterei a discorrer sobre os limites dos atuais currículos formativos das licenciaturas em Geografia e as possibilidades que eu vejo expressas na BNCC. Palavras-chave Base Nacional Comum Curricular Geografia, Formação Docente, Conhecimento Pedagógico do Conteúdo
Em qual medida os conhecimentos geomorfológicos trabalhados pela Geografia Escolar são relevantes à vida cotidiana dos alunos da educação básica? Em torno dessa questão gravitam as discussões trazidas neste texto, cujo fim é questionar a pertinência e o significado dos referidos conhecimentos nas salas de aula brasileiras. Para tanto, inicia-se abordando os caminhos epistêmicos assumidos pelo conhecimento geomorfológico, buscando reconhecer as linhas gerais que fundamentam essa ciência. Na sequência, traça-se paralelo entre o conhecimento geomorfológico científico-acadêmico e o formato em que esse se apresenta em livros didáticos brasileiros produzidos da década de 1940 até os dias atuais. Finalizando, apresentam-se os conhecimentos referentes aorelevo considerados de necessária apropriação pela Geografia Escolar, afirmando-se que tal alteração demandará mudanças paradigmáticas no enfoque escalar até então empregado no ensino do referido conteúdo junto aos educandos da educação básica brasileira.
Neste texto abordamos limites e possibilidades na relação entre os conhecimentos geomorfológicos, especificamente os processos e as formas de relevo, em interpretações geográficas. Inicialmente tratamos dos conceitos estruturadores e estruturantes da Geomorfologia e da Geografia, com o fim de apontarmos distanciamentos e aproximações entre essas duas áreas do conhecimento. A proposição desse debate se justifica como fundamentação do que abordaremos no tópico seguinte: quando e como a incorporação do componente espacial relevo se faz relevante nas práticas pedagógicas da educação básica. Por fim, buscamos ilustrar o debate esboçando uma possibilidade para a apropriação do relevo em um estudo que contemple a análise da espacialidade de um fenômeno e não o estudo isolado de um componente espacial.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.