A corrupção no setor público e privado pode provocar prejuízos sociais e econômicos para países e empresas. No Brasil, a corrupção tem sido bastante discutida, e diversos casos nas esferas públicas e privadas foram observados nos últimos anos. A operação Lava-Jato é um exemplo recente que recebe destaque pela mídia e pela população. Neste caso, a Polícia Federal investiga corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo diversos agentes públicos e privados e a empresa Petrobras. Desde o início das investigações em 2014, a petroleira que é uma das principais empresas do Brasil, enfrenta crise econômica, política e moral. Utilizando o modelo de avaliação do Fluxo de Caixa Descontado, em três cenários de projeção com taxas de atratividade distintas, o presente artigo tem como objetivo mensurar o valor da Petrobras após a deflagração dos escândalos de corrupção apontados pela operação Lava-Jato até 2016. A pesquisa encontrou como resultado em todos os três cenários avaliados um valor de empresa reduzido durante o período de projeção e uma recuperação modesta no período residual. Portanto, a corrupção afetou negativamente o valor da Petrobras.
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. RESUMO O estudo investiga, no decorrer do período de 1995 a 2012, a volatilidade dos fluxos de capitais e seus determinantes no Brasil. Como método, utilizaram-se modelos Autorregressivos com Heteroscedasticidade Condicional (GARCH), e, em seguida, foram desenvolvidas regressões lineares para investigar os determinantes da volatilidade dos fluxos de capitais. Os resultados dos modelos GARCH indicam que Investimentos em carteira e outros investimentos estrangeiros são mais voláteis do que o investimento direto estrangeiro, com a volatilidade crescendo a partir de 2004 e apresentando picos em períodos de crise. Os principais determinantes para a volatilidade do investimento externo direto (IED) foram a volatilidade defasada, a qualidade institucional, a variação no mercado acionário norte-americano e a crise financeira. Para a volatilidade do investimento estrangeiro em carteira (IEC), o principal determinante foi a qualidade institucional. Para a volatilidade de outros investimentos estrangeiros (OIE), os principais determinantes foram a própria volatilidade defasada e o crescimento do produto interno bruto (PIB). Finalmente, a volatilidade do Investimento Externo em ações mostra-se mais alta nos períodos de crise. Palavras-chave: volatilidade, investimento estrangeiro, crise financeira.
O objetivo principal deste trabalho foi analisar o efeito calendário no mercado de ações brasileiro. Para tanto, foramselecionas as companhias pertencentes ao Índice de Governança Corporativa (IGC), no período de janeiro/2003 adezembro/2007. Com dados de 41 empresas, selecionadas com base no indicador de liquidez, os principais resultadosmostraram-se alinhados com a teoria sobre o assunto, a Hipótese de Mercado Eficiente. Em outras palavras, não houveindícios de padrões temporais para a maior parte das observações analisadas, seja em relação ao efeito dia-da-semanaou ao efeito janeiro.
O objetivo desta pesquisa foi identificar a percepção de auditores internos do Brasil, com relação às implicações da inteligência artificial nas atribuições, processos e resultados de trabalhos de auditoria interna. Optou-se por um estudo exploratório, sendo a coleta de dados primários feita através de questionário, que utilizou a escala Likert para apurar as percepções de 52 profissionais da área de auditoria interna. Além da Análise Exploratória de Dados, foram feitas tabulações cruzadas das respostas, validadas por testes Qui-Quadrado. Foram identificadas evidências de que a Inteligência Artificial (IA) poderá ser uma aliada aos trabalhos de auditoria, apesar da maioria dos respondentes mencionar que a mesma não é indispensável para a área. Observou-se que o método tradicional de trabalho tende a ser substituído por novas tecnologias, apesar de que os conhecimentos dos profissionais da área de auditoria ainda são básicos e que os métodos convencionais são predominantes, uma vez que os processos de natureza manual ainda são maioria nas empresas. Identificou-se que o custo benefício de uma implementação tecnológica na área de auditoria é benéfico e que técnicas de automação poderão ser utilizadas para fazer julgamentos, apesar do fato deles não concordarem com o uso da IA para questões estratégicas de auditoria. A partir das constatações, percebeu-se que os respondentes tendem a valorizar a importância da IA e concordar que os procedimentos tradicionais estão se tornando defasados. No entanto, a mentalidade conservadora em meio ao aumento da complexidade dos negócios pode comprometer a auditoria interna, tornando-a menos eficaz em suas atividades. Ainda assim, mesmo que haja alguma resistência, a implementação das tecnologias nos procedimentos de auditoria interna parece ser inevitável, ainda que aconteça paulatinamente.
Objetivo: Analisar a relação entre o nível de alavancagem e a volatilidade das ações da América Latina, no período de janeiro de 2005 a junho 2020. Método: Utilizou-se uma regressão linear múltipla, sendo os coeficientes estimados pelo GMM e com os dados dispostos em painel. A volatilidade foi estimada pelo modelo EGARCH e utilizou-se seis medidas de alavancagem. Originalidade/Relevância: O estudo analisa a relação entre volatilidade e alavancagem no contexto da América Latina e mostra que os períodos de crise podem afetar essa relação. Os resultados são relevantes para gestores, que podem ajustar estrategicamente o grau de alavancagem a fim de maximizar o valor da empresa para os acionistas, e também para os investidores, pois permite um melhor alinhamento entre o seu perfil de risco e o retorno almejado. Resultados: Os resultados apontam que há uma relação positiva entre o grau de alavancagem da firma e a volatilidade dos ativos. Também se constatou que, em períodos de crise, mesmo que as empresas reduzam seus níveis alavancagem, a volatilidade tenderá a aumentar devido às incertezas relacionadas a esses períodos. Contribuições Teóricas/Metodológicas: Na análise da relação entre alavancagem e volatilidade, também se verificou o efeito moderador dos períodos de crise e considerou-se a endogeneidade entre as variáveis por meio do GMM. Além disso, a volatilidade foi estimada por meio do modelo EGARCH que considera as assimetrias da volatilidade, sendo os resultados controlados por variáveis corporativas e macroeconômicas.
PurposeRisk management has been crucial to investors and regulators for pursuing market diversification opportunities and developing strategies to ensure market stability. This study examines the dependence structures of volatility, related to co-movements and macroeconomic effects, among Latin American stock markets and the risk–return spectrum benefits in the Latin American market using time-varying returns and volatility forecasts within a multivariate structure.Design/methodology/approachThe sample comprised the largest stock markets in Latin America during the period from January 2000 to December 2017 and copulas and multivariate models were applied.FindingsThe results indicated that the copula with the best fit for modeling the dependence structure of the markets was symmetric Joe-Clayton with time-varying parameters. The dependence volatility structure was higher in the positive (upper tail) than in the negative (lower tail) returns, which may indicate that the Latin American markets had diversification benefits during downturns. Evidence of market coupling was found during times of the global crisis (subprime crisis) in Latin America. The presence of monetary and temporal effects over the dependence structures suggests that investors may obtain gains in a multivariate structure with copula distributions.Originality/valueThe findings will be of interest to researchers and practitioners for several reasons. First, this study contributes to the growing literature on the relationship between market dependence and volatility. Second, it indicates that the Latin American markets may present diversification advantages during downturns. Third, it informs the influence of macroeconomic effects on Latin American markets. The models that included the nonnormal and asymmetric characteristics of the financial market yielded better results in terms of less information loss and data adherence.
Objetivo do Trabalho: A volatilidade consiste em uma preocupação para investidores e acadêmicos, ambos tentando entender e prever, de forma lógica, a dispersão de retornos para um determinado índice de segurança ou mercado, mas esses movimentos têm mostrado uma influência irregular, complexa e cada vez menor de fatores individuais. Assim, o objetivo da pesquisa é investigar a volatilidade dos retornos e verificar os co-movimentos e o efeito contágio dos países da América Latina. Metodologia: A amostra compreende dados diários de janeiro de 2002 a dezembro de 2016 para medir a volatilidade das bolsas de valores de países da América Latina, utilizando-se um modelo de regressão automática com modelos de heterocedasticidade condicional, ARCH/GARCH. Para verificar os efeitos do contágio nas bolsas de valores, utilizou-se modelos de volatilidade e modelos de regressão automática vetorial (VAR). Originalidade: O impacto e o comportamento da volatilidade nos mercados tem sido uma grande preocupação para pesquisadores e profissionais em relação à disseminação dos retornos. Um melhor entendimento do contágio nos mercados emergentes, especificamente os mercados latino-americanos, pode se apresentar como uma oportunidade de diversificação para os investidores e um conjunto de regras a serem implementadas, para melhorar as regulamentações nesses mercados.Principais Resultados: Os resultados indicam evidências de um efeito contágio em todos os países, com dois fatos relevantes, o primeiro é a influência da bolsa brasileira em todos os outros países da amostra e, o outro, é a baixa representatividade dos fatores endógenos para explicar o comportamento de volatilidade da bolsa de valores do México. Os resultados também demonstraram que, durante o período de maior volatilidade, a crise subprime, as correlações apresentaram maior volatilidade entre os demais períodos, identificando que os benefícios da diversificação diminuem durante períodos mais voláteis. A partir disso, foi possível constatar que a bolsa brasileira tem grande influência na Argentina, mas a mesma influência não é observada quando se analisa a força da bolsa de valores argentina, sobre o mercado acionário brasileiro.Contribuições Teóricas: Melhor entendimento da volatilidade e dos efeitos ondulantes entre os mercados latino-americanos, assim como sua relevância para investidores e formuladores de políticas, no que diz respeito ao fluxo de investimentos e à aplicação de regulamentos. Além disso, fornecemos evidências de que, durante o período de maior volatilidade, os benefícios de diversificação diminuem, sendo observado o efeito de contágio em todos os países, com dois fatos relevantes, o primeiro é a influência da bolsa de valores brasileira em todos os outros países da amostra e, o segundo, a baixa representatividade de fatores endógenos para explicar o comportamento da volatilidade da bolsa de valores do México.
Este trabalho estudou a relação que existe entre as variáveis distribuição de dividendos e competitividade de empresas brasileiras do setor siderúrgico e metalúrgico entre os anos 2008 e 2016. Portanto, foram coletados dados da base de dados Economatica ® de empresas do setor siderúrgico e metalúrgico de capital aberto presentes no BM&FBovespa e classificadas entre algum dos seus níveis de governança corporativa. A amostra do estudo foi de seis empresas que cumpriram com os requerimentos para serem estudadas. A hipótese sugere que existe uma relação positiva e significante entre competitividade e distribuição de dividendos. A competitividade é representada por meio do market share e a distribuição de dividendos pelos dividendos yield. Os resultados da pesquisa foram produto de uma regressão linear que mostrou que em apenas dois das seis empresas em estudo existe uma relação positiva e significante entre competitividade e distribuição de dividendo, pelo qual, não se pode aceitar a hipótese. Além disso, outras variáveis mensuradas apresentaram uma relação significante e positiva com à competitividade. Para trabalhos futuros recomenda-se utilizar outras proxys para mensurar competividade.
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