A intoxicação por cobre é uma das principais causas de mortalidade por intoxicação em ovinos. Os sinais clínicos e anatomopatológicos são similares aos de outras doenças. Assim, vários casos tornam-se inconclusivos quando não são utilizadas técnicas analíticas no diagnóstico. O presente trabalho relata o caso de um carneiro da raça Hampshire Dow que foi encaminhado ao Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul com sinais clínicos de intoxicação por cobre. O animal apresentava apatia, inapetência, emagrecimento, dispneia, tosse, secreção nasal, urina e diarreia de coloração escura. O ovino foi adquirido numa feira de exposição de animais e havia permanecido em manejo intensivo recebendo quantidades de concentrado acima da exigência dietética nos dois meses anteriores e durante o evento. Quatro dias após o surgimento dos sinais clínicos o animal foi internado no hospital, foi estabelecida terapia de suporte com fluidoterapia, suplementação de aminoácidos e glicose. Administrou-se sulfato de sódio, molibdato de amônia, adsorvente de toxinas e protetores de mucosa. Após 34 dias de tratamento intensivo o paciente apresentou melhora do quadro clínico e recebeu alta. Baseado no histórico, sensibilidade da espécie, sinais clínicos, resultados dos exames laboratoriais, melhora do quadro clínico e resposta positiva à terapêutica, sugere-se o quadro de intoxicação cúprica acumulativa. Não foi realizada análise histoquímica específica para marcação de cobre. O trabalho consiste em revisão literária, características clínicas e laboratoriais da intoxicação, conduta para o tratamento e diagnóstico, contribuindo, portanto, para o entendimento da doença e redução da ocorrência de novos casos.
RESUMO Com o objetivo de promover, por meio de acesso único e com o uso de endoscópio flexível, ampla exploração da cavidade peritoneal de equinos em estação, foi concebida uma cânula laparoscópica para dar sustentação ao endoscópio e possibilitar o acesso sob visualização. O procedimento foi realizado a partir da fossa paralombar. Após pequena incisão cutânea, o endoscópio foi inserido na cânula e os músculos e o peritônio foram divulsionados mediante rotação da cânula. Logo depois da perfuração do peritônio, foi realizada a exploração da cavidade e a identificação das estruturas. Em seguida à exploração do lado ipsilateral ao acesso, realizou-se a transposição do conjunto cânula/endoscópio ventralmente à porção caudal do cólon descendente, seguida de exploração do lado contralateral. Concluída a técnica, foi executado, para fins de comparação, o mesmo procedimento por meio da fossa paralombar contralateral. Foi possível a transposição do conjunto cânula/endoscópio para o lado contralateral ao acesso em todos os procedimentos. Também foi possível a identificação da maioria das estruturas abdominais tanto pelo acesso esquerdo quanto pelo direito. A abordagem por acesso único mostrou-se viável para a exploração ampla da cavidade peritoneal, demonstrando ser uma alternativa à técnica laparoscópica convencional.
were searched in the archives of the Hospital of Veterinary Clinics of UFRGS. Data on species, race, sex, age and diagnosis were collected. Diagnoses were classified as conclusive and inconclusive and the cases with conclusive diagnosis were classified according to etiology: infectious and parasitic diseases, metabolic and nutritional diseases, reproductive and obstetric diseases, toxic diseases, traumatic diseases. The prevalence of diseases and characteristics of ruminants attended (species, sex, category) was calculated. During the study period, between January 2007 and May 2018, 341 ruminants were attended, with emphasis on sheep (42%), goats (39%) and cattle (18%). In addition, a camel with foreign body obstruction, a sambar deer with fracture of the first thoracic vertebra and a buffalo with ruminal impaction were attended. The care profile was mapped, with predominance of females (57%) and adults (59%). Most of the animals did not present a defined breed, but among the breeds stands out Texel, of cutting aptitude, in sheeps and Saanen and Holstein, of dairy aptitude, in goats and cattle, respectively. In the retrospective study, the diseases with infectious and parasitic etiology presented the highest prevalence with 27.5% of the attendances, followed by reproductive (17.5%), traumatic (13.5%), metabolic (10%), others (10%) and toxic (2.5%). Sixty-six animals had inconclusive diagnosis (19.5%). Discussion: The highest prevalences were infectious and parasitic diseases, with emphasis on myiasis and verminosis. So, it is perceived that management corrections are sufficient to reduce the number of occurrences of diseases and prophylactic measures such as vaccination protocol, vermifugation and adequate nutritional management are allied in this walk. Among the reproductive diseases, dystocia (42.85%), which is one of the main causes of mortality in the peripartum period, has been highlighted. Dog attack was the major cause of traumas in ruminants and urolithiasis was highlighted in metabolic diseases. In toxic diseases, copper intoxication was the most important. Sheep are extremely sensitive to this intoxication, as they tend to accumulate copper in the organism. The retrospective study made it possible to visualize the panorama of HCV UFRGS visits to ruminants in the last years, mapping the profile and determining the casuistry of the diseases. Studies of hospital veterinary casuistry are rare, mainly involving ruminants. At the end, it is concluded that studies referring to casuistry are important to know the predominant diseases in a specific area and its risk factors considering differential diagnosis and future prevention programs.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.