In this paper, the contexts that block vowel merger and vowel deletion in BrazilianPortuguese and European Portuguese are analysed. It aims at identifying differences and similaritiesbetween BP and EP, which may be related to their rhythmic and prosodic organization. Therefore,speech data were collected for BP following the methodology employed by the research done byFrota (1998) for EP. Comparing BP and EP, we found that in both of them there are (i) rhythmicrestrictions that block ill-formed rhythmic configuration at phrase phonological level; (ii) a directionalhead-effect which is related to the restriction that preserves the prominence of rightmost stress withinthe phonological phrase; (iii) active restrictions that depend on the type of phonological process andof prosodic structure in which sandhi contexts are found. What makes BP differ from EP is the factthat vowel merger and vowel deletion are blocked depending on V1/V2 distinction and prosodicprominence.
Diagrama 1 -Vogais tônicas no PB fonte: Câmara Jr. (2007, p.41).Segundo o autor, na posição pretônica, no entanto, há uma redução para cinco fonemas vocálicos, por meio de um processo de neutralização, desaparecendo a oposição entre 1º e 2º graus (conforme a denominação do autor), ou seja, entre as vogais médias-baixas e as vogais médias-altas, prevalecendo as vogais médias de 2º grau, as vogais médias-altas. Desse modo, segundo o autor, as vogais pretônicas podem ser representadas da seguinte forma (CÂMARA JÚNIOR, 2007, p.44): Diagrama 2 -Vogais pretônicas no PB fonte: Câmara Jr. (2007, p.44).Os fonemas referentes às vogais médias-altas em posição pretônica podem ser realizados foneticamente como vogais médias-altas, vogais altas ou, ainda, em determinadas regiões do Brasil, como vogais médias-baixas. De acordo com Câmara Jr. (2007), isso ocorre por conta de "uma assimilação aos traços dos outros 2 No presente artigo, por motivos de ordem prática, as vogais médias-baixas anterior e posterior são representadas como, respectivamente, /E/ e /O/.
Neste artigo, estabelecemos relações entre o emprego de vírgula em textos de alunos concluintes do Ensino Fundamental e a organização prosódica do Português Brasileiro. Por meio da análise realizada, mostramos que, embora a convenção para o uso da vírgula seja prioritariamente de base sintática, os usos encontrados apresentam regularidades prosódicas que, ao mesmo tempo, organizam a segmentação do enunciado e contribuem para a constituição dos sentidos dos textos. Do ponto de vista teórico, defendemos, por um lado, que a prosódia atua como estrutura significante na escrita e, desse modo, não é particularidade da fala e, por outro, que os usos de vírgula, ao marcar a estruturação prosódica da língua na escrita, faz remissão, por meio de um processo simbólico, ao modo como os fenômenos prosódicos produzem sentidos em diferentes enunciados no interior de práticas de oralidade. Como desdobramento da discussão teórica, propomos que, na prática didática, enfrentar a complexidade do emprego da vírgula poderia ser mais produtivo para o ensino do que considerá-lo em sua suposta homogeneidade sintática.
Neste ensaio, são relembradas atividades comemorativas dos 50 anos do Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo (GEL), ocorridas em julho de 2019. Três momentos são abordados: a abertura do 67º Seminário do GEL, o contexto histórico quando da criação da associação e o percurso acadêmico do presidente emérito do GEL. Por meio dessa retomada das atividades, destaca-se a importância da associação de Linguística no estado de São Paulo por ter promovido a divulgação de abordagens científicas sobre linguagem nos cursos de graduação e ter fomentado demandas por programas de pós-graduação em Linguística e Linguística Aplicada.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.