resumo introdução: Para avaliar a qualidade dos serviços de saúde mental, medidas de resultados relatados pelos próprios usuários têm sido destacadas e, mais recentemente, a percepção de mudanças. O objetivo desta pesquisa foi realizar a adaptação transcultural para o Brasil da escala canadense Questionnaire of Perceived Change, obtendo-se a Escala de Mudança Percebida (EMP), em duas versões: a dos pacientes e a dos familiares. método: Participaram da pesquisa 20 familiares e 23 pacientes psiquiátricos de um serviço de saúde mental de uma cidade de porte médio de Minas Gerais. A escala foi submetida aos procedimentos de adaptação transcultural: tradução, retradução, análise por comissão de especialistas, estudo piloto. A escala original possui 20 itens que avaliam a mudança percebida em quatro dimensões da vida dos pacientes. As alternativas de resposta estão dispostas em escala tipo Likert de 4 pontos. resultados: Foram feitas modificações, incluindo: uma nova forma de aplicação por um entrevistador, número balanceado de alternativas de resposta resultando em três opções, redação dos itens em linguagem simples, eliminação de um item, uso de exemplos e inclusão de duas perguntas abertas. A escala mostrou-se de fácil compreensão pelos usuários. Conclusão: As duas versões da escala EMP estão adaptadas ao contexto brasileiro e apresentam equivalência semântica com a escala original. Elas servirão para avaliar os resultados do tratamento, na percepção dos seus usuários.
resumo objetivo: Investigar os fatores associados à qualidade de vida (QV) em pacientes com esquizofrenia, em particular a percepção de mudanças pelo próprio paciente, em função do tratamento recebido em serviços de saúde mental. método: O estudo foi conduzido em Divinópolis (MG), com pacientes atendidos no Serviço de Referência em Saúde Mental. Foram realizadas entrevistas individuais estruturadas com a aplicação da Escala de Qualidade de Vida (QLS-BR), Escala de Mudança Percebida (EMP) e questionário sociodemográfico e clínico. Foram conduzidas três análises de regressão linear múltipla, para determinar a importância relativa dos fatores preditores da QV. resultados: Participaram deste estudo 72 pacientes, sendo a maioria do sexo masculino (59,7%), com diagnóstico de esquizofrenia paranoide (87,5%). A QV dos pacientes enquadrou-se na categoria de considerável prejuízo, com um escore médio global de 3,64. A média global das mudanças percebidas pelos pacientes foi de 2,46. Os principais preditores de melhor QV foram: em primeiro lugar, o escore global de mudança percebida e os escores das subescalas "Aspectos psicológicos e sono" e "Ocupação e saúde física". Outros três preditores foram: estar trabalhando, tomar a medicação sozinho e fazer uso de medicação apenas do tipo oral. conclusão: A percepção de mudanças pelo próprio paciente, em função do tratamento, é um fator preditivo importante da QV. abstractObjective: To investigate the factors associated to the quality of life (QOL) of patients with schizophrenia, specially their own perception of changes as a result of treatment received in mental health services. Method: The study was conducted in Divinópolis (MG), with patients attending the Reference Service for Mental Health. Individual structured interviews were conducted in order to apply the Quality of Life Scale (QLS-BR), the Scale of Perceived Change (EMP) and socio-demographic and clinical questionnaire. Three multiple linear regression analysis were performed in order to determine the relative contributions of differents predictors of QOL. Results: Participated in this study 72 patients, mostly males (59.7%), diagnosed with paranoid schizophrenia (87.5%). The patients' QOL fitted into the category of considerable damage, with a global average score of 3.64. The global average score of perceived chan-
OBJECTIVE: This study aimed to validate the Perception of Change Scale - Family Version, which evaluates the perception of family caregivers in regard to the treatment outcomes of psychiatric patients in mental health services. METHOD: Family caregivers (N = 300) of psychiatric patients attending mental health services completed the Perception of Change Scale - Family Version. The scale has 19 items rated in a three-point Likert scale that evaluate changes perceived in the patient's life as a result of treatment. RESULTS: The factorial analysis revealed a four-factor structure, with the following dimensions: 1) occupation, 2) psychological factors, 3) relationships, and 4) physical health. In the internal consistency analysis, Cronbach's alpha coefficient was 0.85. The test-retest temporal stability analysis yielded a significant intraclass correlation coefficient (r = 0.96; p < 0.005). The convergent validity analysis revealed a positive significant correlation with another scale evaluating a distinct but theoretically related construct of family satisfaction with services (r = 0.41; p < 0.05). CONCLUSION: The Perception of Change Scale - Family Version has adequate reliability and construct and convergent validity. It can be used to evaluate treatment outcome in mental health services from the perspective of family caregivers, indicating targets to improve treatment.
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