A governança do meio ambiente tem se tornado um tópico central na discussão sobre os impactos das atividades produtoras e da gestão socioambiental. Em um contexto de verificação de práticas ambientais proativas e reativas, os relatórios anuais de um grupo empresarial varejista foram analisados com o objetivo de identificar as práticas de sustentabilidade predominantes do grupo, ocorridas de 2010 a 2017. Os dados foram analisados longitudinalmente e de forma qualitativa, por meio de análise interpretativa de ações relacionadas ao consumo de energia e água, ao descarte de água, à emissão de gases do efeito estufa (GEE) e à gestão de resíduos. Observou-se a predominância de práticas proativas operacionais, a exemplo de projetos de eficiência energética, medidas para a redução no consumo de água, substituição do uso de GEE e gestão de resíduos, internos e externos, além do desenvolvimento de ações que buscam conformidade legal. De forma geral, este estudo contribui para a identificação das ações ambientais internas e externas à instituição, passíveis de serem implementadas pelo setor varejista para reduzir os custos de impactos ambientais causados por suas operações e aperfeiçoar a gestão ambiental.
RESUMO Este trabalho investiga qual teoria melhor explica a motivação das empresas para o disclosure ambiental: a teoria da imagem (proxy: adesão ao Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE) ou a teoria da legitimação (proxy: materialidade de provisões para danos ambientais no balanço - MatPA). São analisadas as empresas brasileiras não financeiras com Environmental Disclosure Score (EDS) disponível na Bloomberg no período 2010-2018. A análise de dados em painel indica que, entre empresas não potencialmente poluidoras, ISE é significativo para explicar o disclosure ambiental e MatPA não; já nas potencialmente poluidoras, MatPA é significativa, mas ISE não. Isso sugere a coexistência de duas motivações antagônicas para divulgar: entre empresas não potencialmente poluidoras prevalece a estratégia proativa de criar valor e diferenciação mediante disclosure ambiental (teoria da imagem); já nas potencialmente poluidoras, prevalece uma postura reativa de divulgar visando autolegitimação diante dos stakeholders, após danos provocados ao ambiente (teoria da legitimação).
This paper investigated which theory best explains companies’ motivation for environmental disclosure: the image theory (proxy: adherence to the Corporate Sustainability Index - ISE), or the legitimacy theory (proxy: materiality of provisions for environmental damage in the Balance Sheet - MatPA). Listed non-financial Brazilian companies with Environmental Disclosure Score (EDS) available on Bloomberg for the period 2010-2018 were analyzed. The panel data analysis indicated that among non-potentially polluting companies, ISE is significant to explain environmental disclosure and MatPA is not; among potentially polluting firms, MatPA is significant, but ISE is not. This suggests the coexistence of two antagonistic motivations for disclosure: the proactive strategy of creating value and differentiation through environmental disclosure prevails (image theory) in non-potentially polluting companies, whereas potentially polluters primarily adopt a reactive attitude toward disclosure, seeking self-legitimation with stakeholders after causing damage to the environment (legitimacy theory).
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