RESUMO: A Educação Especial, no Brasil e em outros lugares do mundo, ao longo de décadas, tem passado por muitas transformações, e novos paradigmas estão sendo criados, outros abandonados, porém muitas questões ainda continuam em aberto. Uma delas refere-se ao ensino na área das Ciências da Natureza para surdos. Com o objetivo de compreender como está ocorrendo o ensino em um dos importantes campos das Ciências Naturais, a Física, este artigo compôs o estado da arte de pesquisas sobre a educação de surdos, nessa área do conhecimento. Para tanto, esta pesquisa bibliográfica utilizou como suporte metodológico a análise de conteúdo de Bardin, com o intuito de identificar tendências em pesquisas que envolvam essa temática, e, como base de dados, foi usado o banco de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), e os diretórios Education Resources Information Center (ERIC), Scientific Electronic Library Online (SciELO), SciVerse Scopus e Google Acadêmico. Entretanto, foi encontrado um número pequeno de pesquisas em relação ao volume de produções acadêmicas consultadas, ressaltando que existe um grande déficit a ser sanado. Além disso, a maioria das pesquisas encontradas, apesar de apresentarem estratégias de ensino relevantes, não utilizam satisfatoriamente os diferentes níveis de representação de fenômenos físicos, algo que pode eventualmente causar obstáculos de natureza epistemológica e visões inadequadas para os modelos desses fenômenos.
Este artigo aborda o uso de recursos digitais de Tecnologia Assistiva (TA) como um mediador hipercultural no processo de ensino e aprendizagem de Física para estudantes surdos. Para tanto, utiliza-se a Teoria da Mediação Cognitiva (TMC) como suporte teórico, visando explicar os impactos da introdução de tecnologias da informação e comunicação (TIC’s), na cognição humana, e como estas têm influenciado a forma como interagimos, socializamos e produzimos novos conhecimentos. Inicialmente é discutido alguns aspectos centrais da Teoria da Mediação Cognitiva (TMC), para situar o leitor, no que diz respeito a apresentar essa teoria Psicológica aplicada à educação, e principalmente, relatar o desenvolvimento de uma nova forma de processamento de informações por parte dos seres humanos, a mediação Hipercultural. Posteriormente são apresentados alguns recursos de Tecnologia Assistiva (TA) que foram desenvolvidos para surdos e, em seguida, como alguns desses recursos já foram utilizados no processo de ensino e de aprendizagem de estudantes surdos em diversos contextos educacionais. Por fim, ressalta-se algumas possibilidades de aplicações de recursos digitais de Tecnologia Assistiva (TA) conjecturadas pelos autores para o ensino de Física e como esses recursos fazem parte de uma abordagem pedagógica desenvolvida e aplicada em uma Escola Especial para surdos da cidade de Porto Alegre – RS.
A pandemia de Covid-19 afetou bilhões de pessoas e ceifou a vida de milhões em todo o mundo, causando transformações profundas e dolorosas. Essa pandemia tem impactado vários setores da atividade humana, expondo inúmeras fragilidades e agravando problemas sociais e econômicos cronicamente negligenciados. Entre essas atividades, a educação foi uma das mais afetadas. Assim, neste artigo, é abordada a educação Especial, e mais especificamente a educação de surdos neste período de pandemia, a partir do relato de um professor de física de uma escola especial da rede estadual da cidade de Porto Alegre - RS. A análise dos dados foi realizada na perspectiva da Pesquisa Social Interpretativa e é apresentado neste artigo como esse professor tem vivenciado essa mudança inesperada no ensino, bem como o que ele vivenciou até agora, segundo as suas próprias perspectivas e o que considera mais relevante neste contexto. É traçado um paralelo entre essa realidade local e outros contextos educacionais disponíveis na literatura, tanto no país como no exterior. Apresentam-se também relatos sobre os desafios e adversidades encontradas, as soluções implementadas e as perspectivas desses profissionais, pais e alunos, sobre o ensino a distância de surdos. As melhores práticas, lições importantes sobre resiliência, adaptação e superação desses obstáculos e as perspectivas futuras para o ensino a distância desses alunos também são destacadas. Com este artigo, pretende-se auxiliar alunos e professores neste momento desafiador de distanciamento físico, ensino remoto e/ou híbrido.
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