Keywords► macrosomia ► prevalence ► trends ► epidemiology ► maternal health ► child health AbstractPurpose To describe the trends in the prevalence of macrosomia (birth weight ! 4,000 g) according to gestational age in Brazil in the periods of 2001-2010 and 2012-2014. Methods Ecological study with data from the Brazilian Live Birth Information System (SINASC, in the Portuguese acronym) regarding singleton live newborns born from 22 gestational weeks. The trends in Brazil as a whole and in each of its five regions were analyzed according to preterm (22-36 gestational weeks) and term (37-42 gestational weeks) strata. Annual Percent Changes (APCs) based on the Prais-Winsten method and their respective 95% confidence intervals (CIs) were used to verify statistically significant changes in 2001-2010. Results In Brazil, the prevalence of macrosomic births was of 5.3% (2001-2010) and 5.1% (2012-2014). The rates were systematically higher in the North and Northeast Regions both in the preterm and in term strata. In the preterm stratum, the North Region presented the highest variation in the prevalence of macrosomia (þ137.5%) when comparing 2001 (0.8%) to 2010 (1.9%). In the term stratum, downward trends were observed in Brazil as a whole and in every region. The trends for 2012-2014 were more heterogeneous, with the prevalence systematically higher than that observed for 2001-2010. The APC in the preterm stratum (2001)(2002)(2003)(2004)(2005)(2006)(2007)(2008)(2009)(2010) showed a statistically significant trend change in the North (APC: 15.4%; 95%CI: 0.6-32.3) and South (APC: 13.5%; 95%CI: 4.8-22.9) regions. In the term stratum, the change occurred only in the North region (APC:-1.5%; 95%CI: -2.5--0.5).
A doença renal crônica (DRC) representa um grave problema de saúde pública e sua prevalência tem um incremento anual de 8 a 16%. No Brasil, 10 milhões de indivíduos apresentam algum grau de alteração renal e mais de um milhão de pessoas morrem anualmente em todo o mundo devido a DRC terminal. Idosos, obesos, portadores de hipertensão arterial (HA) ou diabetes mellitus (DM), são os grupos mais propensos a problemas renais. Destaca-se que a DRC cursa de forma silenciosa e sua evolução depende da qualidade do atendimento ofertado muito antes da falência renal. Identificar a prevalência de DRC oculta por meio da estimativa da taxa de filtração glomerular (TFG) em portadores de HA cadastrados na atenção primária à saúde (APS) em um município do interior de Minas Gerais. Estudo transversal com os portadores de HA acompanhados pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Porto Firme, Minas Gerais, em 2012 e 2013. Participaram do estudo 293 indivíduos, correspondendo a 42% dos portadores de HA do município. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semiestruturadas, avaliações clínica (valores de pressão arterial sistólica e diastólica), antropométrica (peso, estatura, circunferência da cintura e índice de massa corporal) e bioquímica (creatinina sérica e relação albumina/creatinina urinária). Para a identificação da ocorrência de DRC, utilizou-se a fórmula CKD-EPI. Considerou-se portador de DRC os indivíduos com TFG < que 60 mL/min/1,73m². A maioria dos indivíduos avaliados era do sexo feminino (74%), idosos (69%), com baixa renda (90%), baixa escolaridade (84%) e com excesso de peso (66,9%). Encontrou-se prevalência de DRC de 38,6% (IC 95%: 33,0 – 44,2), sendo 33,1%; 4,1% e 1,4% classificados nos estágios 3A, 3B e 4, respectivamente. A TFG média foi 64,0 (dp=14,0) mL/min/1,73m², com mínimo de 15,6 e máximo de 106,7 mL/min/1,73m². O estudo revelou uma prevalência alarmante da DRC na população de estudo, demonstrando o papel significativo da APS no diagnóstico precoce por meio da inclusão rotineira do cálculo da TFG estimada como um dado complementar aos resultados das dosagens de creatinina sérica, a fim de diagnosticar a DRC nos seus estágios iniciais e evitar sua progressão, reduzir gastos no tratamento e melhorar a qualidade de vida da população. Por fim, enfatiza-se a necessidade de ações de prevenção de agravos e enfermidades e promoção da saúde.
A vigilância das doenças crônicas e agravos não transmissíveis (DANT), um dos eixos do Plano de Ações Estratégicas Para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, no Brasil, 2011-2022, concebido pelo Ministério da Saúde, tem sido muito discutida, tornando importante sua inserção em disciplinas de graduação para a formação de profissionais mais preparados a atuarem no atual cenário da saúde. Trata-se de uma ação abrangente, com metas estabelecidas e tem o intuito de conter a epidemia dessas doenças no país. Além disso, cabe destacar seu papel em outros setores da sociedade, como na Educação. O objetivo deste estudo é descrever o modelo de ensino-aprendizagem adotado na disciplina Epidemiologia IV, oferecida à estudantes do oitavo período do curso de medicina, em um Instituto de Saúde Coletiva de uma instituição federal. A disciplina Epidemiologia IV é ministrada com a participação de monitores. É estruturada em dois módulos, um dedicado às doenças transmissíveis e o outro à doenças e agravos não transmissíveis (Módulo de DANT). O foco do Módulo de DANT é principalmente a divulgação do Plano de Enfrentamento e a formação de médicos mais conscientes e ativos no que concerne a produção de informação e ao desenvolvimento de atividades de promoção e prevenção das DANTs. O conteúdo é trabalhado em cinco aulas que contemplam: (i) Vigilância das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil - apresentação do Plano de Enfrentamento, (ii) Vigilância dos fatores de risco de doenças crônicas no Brasil - com enfoque na obesidade e inatividade física, (iii) Vigilância do tabagismo - com enfoque no método cognitivo comportamental para cessação do tabagismo, (iv) Rastreamento e vigilância do câncer - com enfoque no câncer do colo do útero e no câncer de mama, (v) Vigilância das causas externas - com enfoque na redução do consumo abusivo de álcool, nas quedas e acidentes. A exposição do conteúdo teórico pelo docente e monitores evolui concorrentemente à elaboração de exercícios denominados de norteadores, elaborados pelos alunos no decorrer da aula, de forma interativa. A aula termina com a elaboração de exercícios denominados de finalizadores. Estes são baseados em casos clínicos que reproduzem cenários reais e contemplam o conteúdo da aula, aos quais são atribuídos valores. São feitos em pequenos grupos de alunos e são corrigidos pelo monitor e docente responsável. A estruturação das aulas baseadas em exercícios norteadores tem incrementado a interação discente-docente-monitor e criado um cenário facilitador à divulgação do Plano de Enfrentamento. Embora tenha a limitação de estar em fase incipiente, a expectativa é que a dinâmica da aula também favoreça à formação de profissionais potencialmente envolvidos com o controle das DANTs no Brasil.
A depressão é um transtorno mental que frequentemente coexiste com a doença arterial coronariana (DAC) e outras doenças cardiovasculares (DCV), sendo uma patologia com alta incidência e associada a níveis significativos de incapacidade e sofrimento. Estudos epidemiológicos indicam que a depressão é desproporcionalmente mais comum em pacientes portadores de DAC, com uma prevalência estimada entre 20% e 40%. O objetivo deste trabalho é avaliar o risco de depressão através da Escala de Afetos Positivos e Negativos (PANAS) em pacientes submetidos à cintilografia de perfusão miocárdica em um hospital universitário. Foram selecionados aleatoriamente 98 pacientes que se submeteram à cintilografia de perfusão miocárdica no período de julho a dezembro de 2015 em um hospital universitário do Rio de Janeiro. Antes da realização do exame, os pacientes responderam um questionário contendo a Escala de Afetos Positivos e Negativos (PANAS), validada em muitos estudos epidemiológicos para rastreio de depressão. Essa escala é composta por 10 afetos positivos e 10 afetos negativos, e cada item pode ser pontuado de 1 a 5, o que determina um escore de 10 a 50 pontos para a escala de afetos positivos e para a escala de afetos negativos. Esse mesmo teste foi aplicado no mesmo período a um grupo controle constituído por 80 doadores de sangue saudáveis, sem relato de doenças cardiovasculares. Foram calculadas as médias dos escores de afetos positivos e de afetos negativos dos pacientes submetidos à cintilografia miocárdica e do grupo controle, sendo comparadas posteriormente por análise estatística. A média do escore de afetos positivos dos pacientes submetidos à cintilografia de perfusão miocárdica foi de 25,15 e a média do escore de afetos negativos foi de 26,66. A média do escore de afetos positivos no grupo controle foi de 25,95, enquanto a média do escore de afetos negativos nesse grupo foi de 15,15. A comparação entre as médias dos escores de afetos negativos entre os dois grupos apresentou significância estatística (p<0,001). Esses dados evidenciam que, embora as médias dos escores de afetos positivos tenham sido semelhantes e sem valor estatístico entre os dois grupos, as médias dos escores de afetos negativos divergiram com bastante significância entre os pacientes submetidos à cintilografia e o grupo controle (p<0,001). Esse resultado expressa que os afetos negativos estão presentes com maior intensidade nos pacientes com queixas cardiovasculares e com indicação de exame de cintilografia do que naqueles sem doenças cardíacas. A depressão é uma condição clínica muito prevalente e que apresenta importante relação fisiopatológica com as doenças cardiovasculares, sobretudo a DAC. Desse modo, o diagnóstico precoce dessas comorbidades, a abordagem multiprofissional e o tratamento adequado representam grande benefício na atenção a esses pacientes, visando à redução de morbimortalidade e ao incremento de qualidade de vida.
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