Nossa proposta nesse artigo é responder à convocação de Mabel Berezin (2005), em seu capítulo Emotions and Economy, na obra The Handbook of economic sociology, onde convida os sociólogos da economia a mensurarem o impacto das emoções na vida social, bem como nos fenômenos econômicos. Para isso, traremos duas possibilidades dentro do aparato teórico da atual geração da Sociologia Econômica. Primeiro, através da noção de prática dentro dos estudos de Pierre Bourdieu (1979; 1983; 1989; 2013; 2019). Segundo, através da noção de trabalho relacional de Viviana Zelizer (2009; 2011). Assim, devemos fornecer um aparato teórico e metodológico para que sociólogos da econômica possam mensurar empiricamente o impacto das emoções na vida econômica e social.
Considerando a centralidade da experiência amorosa na vivência do indivíduo moderno (Martuccelli, 2016), buscamos identificar as crenças sobre o amor no contexto da música sertaneja universitária, vertente que agrega grandes cifras no mercado fonográfico brasileiro. A partir da sociologia econômica e da vertente que tem reivindicado a centralidade das emoções para explicar o funcionamento de um mercado, buscamos cruzar a economia e a emoção, especialmente a do amor. A partir da seleção de 20 músicas do gênero, realizamos uma lexicografia das letras de músicas e demonstramos o “amor” como categoria central a ser produzida e consumida nesse mercado. Conclui-se que a crença do amor gere o mercado do sertanejo universitário. A análise em três eixos temáticos (conquista, traição e término) nos levaram a crenças duais em relação ao amor, sobretudo o eixo da traição, nos forneceu crenças divididas entre sagradas e profanas – na qual, pelo antagonismo expresso nas crenças, tratam-se de experiências inconciliáveis.
O “lugar” do liberalismo no Brasil do século XIX é alvo de grandes debates na filosofia política (RICUPERO, 2007). Assim, temos como objetivo mapear esse debate e fornecer uma síntese dessas posições. Para isso, faremos, primeiro, um retorno ao contexto de surgimento do liberalismo na Inglaterra e, posteriormente, avançaremos para seus princípios filosóficos em John Locke. Em seguida, demonstraremos como esses princípios filosóficos foram interpretados no Brasil em três posições: primeiro como “ideia fora do lugar” (SCHWARZ, 2000; NOGUEIRA, 1976), segundo como “uma ideia tende a encontrar seu lugar” (COUTINHO, 2000) e terceiro como uma “ideia que está em seu devido lugar” (FRANCO, 1976; BOSI, 2010).
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